[LISTA] Críticas de (quase) todos os longas-metragens indicados ao #Oscar2019
Preparamos um post especial para você ficar bem informado sobre os concorrentes de todas as categorias deste Oscar 2019.
Todos sabemos que é muito difícil para uma pessoa só encontrar disponibilidade para assistir todos os filmes concorrendo a alguma categoria do Oscar, especialmente devido ao tempo curto entre a divulgação dos indicados e a entrega dos prêmios. Sabendo disso, o Cinema com Rapadura preparou este post especial com as nossas críticas de todos* os longas-metragens que estarão presentes na cerimônia do Oscar 2019. Aproveite pra preencher o seu bolão ou conversar sobre os ganhadores depois da premiação!
*Os longas “Hale County This Morning, This Evening” e “Kinder des Kalifats” (ambos concorrendo a Melhor Documentário) e “Nunca Deixe de Lembrar” (Melhor Fotografia e Melhor Filme Estrangeiro) não foram divulgados em nenhum meio, portanto sendo impossível escrever críticas sobre eles.
A Favorita – 10 indicações, incluindo Melhor Filme
Dito como o filme “mais normal” de [Yorgos] Lanthimos, “A Favorita” […] prepondera novamente com uma trama complexa sobre o relacionamento lésbico entre mulheres poderosas e suas consequências. O poder […] é o foco, seja ele no amor, na politica ou na guerra – Rodrigo Miguel
[CRÍTICA] A Favorita (2018): as formas de poder por Yorgos Lanthimos
Roma – 10 indicações, incluindo Melhor Filme
Uma história simples, de cunho pessoal, verdadeira e que, acima de tudo, é um conto de relações e uma coleção de momentos inesquecíveis. Uma carta de amor de seu diretor ao cinema e ao público que está sempre pronto para ser cativado – Renato Caliman
[CRÍTICA] Roma (Netflix, 2018): com amor, Alfonso Cuarón
Nasce Uma Estrela – 8 indicações, incluindo Melhor Filme
Esse é talvez o grande mérito de “Nasce Uma Estrela”: mostrar o amor como um catalisador do melhor e do pior de cada um, assim como as consequências disso no outro e no ambiente em volta. E por mais que apresente clichês […], não é neles onde reside o poder da história. […] esta é uma obra que, assim como dito de sua protagonista, tem algo a mais a dizer – Martinho Neto
[CRÍTICA] Nasce Uma Estrela (2018): sobre estrelas cadentes e decadentes
Vice – 8 indicações, incluindo Melhor Filme
Adam McKay novamente satiriza a história recente dos EUA, agora voltando seu olhar irônico e mordaz para Dick Cheney, o vice-presidente do governo George W. Bush. […] Apesar de ser expositivo em excesso na construção do humor e de criar um retrato passivo da população norte-americana […], “Vice” tem seus méritos – Ygor Pires
[CRÍTICA] Vice (2018): a comédia do patético
Pantera Negra – 7 indicações, incluindo Melhor Filme
Apostando bem menos no humor do que os últimos filmes do estúdio e trazendo humanidade e representatividade, sem revanchismos baratos, o blockbuster de ação já nasce como uma bela ferramenta de inclusão, além de ser também um ótimo e divertido passatempo. Algo que não pode ser abalado apenas por meia dúzia de efeitos ruins – Rogério Montanare
[CRÍTICA] Pantera Negra (2018): o herói que o mundo precisa
Infiltrado na Klan – 6 indicações, incluindo Melhor Filme
“Infiltrado na Klan” é uma obra importantíssima no momento atual, onde toda e qualquer ideia de superioridade de raças deve ser imediatamente refutada. Retratar uma história ocorrida há tanto tempo, mas mais presente do que nunca em todo o mundo, é a prova viva de que a História nunca deve ser apagada, para que grandes erros não voltem a se repetir – Martinho Neto
[CRÍTICA] Infiltrado na Klan (2018): todo o poder para todo o povo
Bohemian Rhapsody – 5 indicações, incluindo Melhor Filme
Do início ao fim de uma das maiores bandas do rock. Essa é a proposta deste filme, que acerta e falha ao mesmo tempo nesta missão. Para quem for fã da banda, deve se emocionar em diversos momentos. Porém, o restante do público não deve sentir o mesmo impacto – Robinson Samulak Alves
[CRÍTICA] Bohemian Rhapsody (2018): um presente para os fãs da majestade do rock
Green Book – O Guia – 5 indicações, incluindo Melhor Filme
“Green Book – O Guia” entrega uma forte mensagem por ótimas atuações e uma divertida história desviando de polêmicas e equilibrando humor e drama com excelência. […] Viggo Mortensen e Mahershala Ali lideram um road movie histórico e inspirador que desafia o caráter de seus personagens por uma região perigosa e hostil dos EUA – William Sousa
[CRÍTICA] Green Book – O Guia (2018): humor e drama em ótimo equilíbrio
O Retorno de Mary Poppins – 4 indicações, incluindo Melhor Trilha Sonora
É indiscutível sua qualidade técnica e a inventividade de seu elenco, mas a direção de [Rob] Marshall, mais uma vez, se mostra capenga, especialmente diante de todas as possibilidades de alguém que tem abraçado os musicais poderia fazer. […] Um grande momento nostálgico que não ficará na memória – Denis Le Senechal Klimiuc
[CRÍTICA] Crítica | O Retorno de Mary Poppins (2018): nostálgico, mas nem tão divertido
O Primeiro Homem – 4 indicações, incluindo Melhores Efeitos Visuais
Sem heroísmos exagerados na figura do protagonista, “O Primeiro Homem” acerta em mostrar um Neil Armstrong que comete tantos erros quanto acertos. Os dramas pessoais assumem um peso maior que os feitos profissionais e a mão de Damien Chazelle conduz tudo de forma delicada e absoluta – Robinson Samulak Alves
[CRÍTICA] O Primeiro Homem (2018): o primeiro grande voo de Damien Chazelle
Guerra Fria – 3 indicações, incluindo Melhor Diretor
“Guerra Fria” é uma obra visualmente espetacular desenhada sobre um roteiro incomum e desconcertante, e que solidifica a marca do diretor polonês [Pawel Pawlikowski] no cinema do século XXI – William Sousa
[CRÍTICA] Guerra Fria (2018): romântica jornada por tempos sombrios
Poderia Me Perdoar? – 3 indicações, incluindo Melhor Atriz
Com um roteiro desenhado para favorecer essa jornada pessoal no lugar de lançar fatos sobre a vida da autora [Lee Israel], o filme prende a atenção e confia na emoção da audiência. Depois de oferecer uma melhor compreensão de sua personagem principal, o coeso longa é até convidativo a rever e saborear novamente o trabalho excepcional da atriz norte-americana [Melissa McCarthy] – William Sousa
[CRÍTICA] Poderia Me Perdoar? (2018): inimaginável sem a maravilhosa Melissa McCarthy
Se a Rua Beale Falasse – 3 indicações, incluindo Melhor Atriz Coadjuvante
Mas é a poesia da forma como retrata a relação amorosa de Tish e Fonny que faz Jenkins transformar “Se a Rua Beale Falasse”, esse denso drama social escrito em 1974, em algo próximo a uma música. […] Da mesma forma aqui, mesmo que a história retratada seja repleta de descaminhos, tristezas e mal entendidos, em nenhum momento se recai no desespero, nem se perde a poesia de estar vivo e amar – Vinícius Volcof
[CRÍTICA] Se a Rua Beale Falasse (2018): sobre amor e compaixão
The Ballad of Buster Scruggs – 3 indicações, incluindo Melhor Roteiro Adaptado
Numa antologia de seis histórias, os irmãos Coen transitam entre gêneros cinematográficos distintos e discorrem sobre a humanidade durante a hostilidade e desamparo do faroeste. […] Terceiro filme dos irmãos Coen com temática ambientada no faroeste, “A Balada de Buster Scruggs” ilustra bem uma época que fascina, assusta e, hoje em dia, rende obras memoráveis, como as notas desta Balada – Bruno Passos
Duas Rainhas – Melhor Figurino e Melhor Maquiagem e Penteados
Com uma história conhecida e já retratada anteriormente, a obra não abre mão da liberdade de não seguir os fatos, focando em uma reconstituição que privilegie outros temas. Mas […] apesar de visualmente belo e com algumas atuações consistentes, não encontra equilíbrio com um roteiro fraco e uma edição descomedida – Martinho Neto
[CRÍTICA] Duas Rainhas (2018): só o visual não salva
Ilha dos Cachorros – Melhor Filme de Animação e Melhor Trilha Sonora
Assim, “Ilha dos Cachorros” é uma obra magistral de Wes Anderson. Utilizando-se da antropomorfização de animais para falar sobre a experiência humana, o filme consegue ser profundo sem alienar nenhuma parcela de sua audiência, e ainda presenteia seu público com um espetáculo visual – Erik Avilez
[CRÍTICA] Ilha dos Cachorros (2018): as muitas dimensões de um mundo cão
RBG – Melhor Documentário e Melhor Canção Original
“RBG” não deixa dúvidas sobre como Ruth [Bader Ginsburg] soube aproveitar os momentos históricos, seu talento e sua incrível devoção ao Direito para mudar a sociedade que vivemos, um passo de cada vez. Suas marcantes declarações públicas ajudaram a fortalecer a imagem de feroz defensora das mulheres e a propagar valores essenciais e importantes – William Sousa
[CRÍTICA] RBG (2018): a trajetória da juíza mais badass da história dos EUA
Free Solo – Melhor Documentário
Com vertiginosas imagens desconcertantes e uma narrativa limpa e envolvente, “Free Solo” é um impecável documentário, que só não é mais emocionante de acompanhar por causa da natural dificuldade de se criar empatia com um personagem com as condições psicológicas de Alex [Honnold] – William Sousa
[CRÍTICA] Free Solo (2018): proeza individual e audiovisual
Minding The Gap – Melhor Documentário
O espectador que decide ver “Minding the Gap” de peito aberto desprevenido, achando ser “só” um documentário sobre skatistas, encontra um excepcional flagrante de intimidade e vulnerabilidade capaz de arrancar lágrimas direto do coração, e também um impressionante resultado de perícia técnica e maestria pelo olhar exclusivo de um dedicado e promissor (e ridiculamente jovem) cineasta – William Sousa
[CRÍTICA] Minding the Gap (2018): simples proposta, potente documentário
Cafarnaum – Melhor Filme Estrangeiro
Difícil é não se deixar levar pela emoção até o final de “Cafarnaum”. Labaki escalou pessoas com histórico semelhante ao de seus personagens, e o que ela soube extrair dos atores de primeira viagem para as telas é nada menos que brilhante – William Sousa
[CRÍTICA] Cafarnaum (2018): poderosíssimo drama sobre excluídos
Assunto de Família – Melhor Filme Estrangeiro
Mesmo com os ingredientes usuais, o roteiro de Hirokazu monta um quebra-cabeça de intenções e intrigas misteriosas que se desenrolam de um jeito enredado e gratificante. […] A cada obra, o cinema de Hirokazu Kore-eda evolui extraordinariamente, e “Assunto de Família” simboliza um novo ápice para a sua filmografia – William Sousa
[CRÍTICA] Assunto de Família (2018): o primor do cinema de Hirokazu Kore-eda
Homem-Aranha no Aranhaverso – Melhor Filme de Animação
Mesmo com uma narrativa que eventualmente se beneficia de algumas coincidências, “Homem-Aranha no Aranhaverso” é uma das melhores adaptações que o cinema já fez das HQs. O longa prova que uma animação consegue ser tão atrativa quanto qualquer outro formato, desde que possua um bom roteiro – Robinson Samulak Alves
[CRÍTICA] Homem-Aranha no Aranhaverso (2018): os privilégios da animação
Mirai – Melhor Filme de Animação
A animação japonesa discute sobre família e aprendizados a partir da fantasia imaginativa de uma criança brigando pela atenção dos pais após ganhar uma irmãzinha. […] “Mirai” tem o cuidado de alternar essas perspectivas, como exercícios de empatia em processo de aprendizado – William Sousa
[CRÍTICA] Mirai (2018): lições mágicas de um pequeno menino
Os Incríveis 2 – Melhor Filme de Animação
Por se tratar de uma das poucas continuações da Pixar, “Os Incríveis 2” não precisa mais usar tantas referências do gênero de super-heróis, encontrando em seu próprio alicerce o material necessário para ser uma grande obra cinematográfica. De quebra, entretém tanto quanto instrui o público mais jovem e, claro, agrada demais os fãs que tanto aguardaram pela sequência – Martinho Neto
[CRÍTICA] Os Incríveis 2 (2018): familiar, representativo e incrível
WiFi Ralph: Quebrando a Internet – Melhor Filme de Animação
“WiFi Ralph: Quebrando a Internet” é um longa inventivo, bonito, divertido e melhor do que o primeiro. Fosse ele mais curto ou mais inteligente em seu epílogo, seria uma das melhores animações desde a já citada “Divertidamente”. […] o filme abraça a humanidade em suas qualidades e defeitos, dando espaço para uma reflexão de quem nós somos quando estamos “escondidos” dentro da rede – Rogério Montanare
[CRÍTICA] WiFi Ralph: Quebrando a Internet (2018): melhor que o original
A Esposa – Melhor Atriz (Glenn Close)
É um filme burocrático em muitos momentos, e quase didático em outros. Mas, ainda assim, é uma obra questionadora, necessária à inversão de papéis – mesmo que isso ainda seja algo ofuscado em diversos momentos, como a própria esposa do filme é. Uma vida bastante complicada, diga-se de passagem – Denis Le Senechal Klimiuc
[CRÍTICA] A Esposa (2018): uma mulher e seu grande sacrifício
No Portal da Eternidade – Melhor Ator (Willem Dafoe)
[…] Vincent Van Gogh tornou-se pintor por vocação e extrema necessidade. Apesar de permanentemente estar em nível de pobreza preocupante, não era isso que o tornava ávido por novos quadros. Mas sim a sua ânsia por se provar como pintor, ignorando quaisquer críticas ou lidando com elas de forma nem sempre equilibrada, como fica claro neste “No Portal da Eternidade” – Denis Le Senechal Klimiuc
[CRÍTICA] No Portal da Eternidade (2018): o gênio com índole duvidosa
No Coração da Escuridão – Melhor Roteiro Original
Conversar sobre religião já é delicado, imagine então inserir um padre com crises existenciais e que encontra-se em um visível desequilíbrio psicológico, alternando entre tentar transmitir esperança com suas palavras, enquanto por dentro o desespero o corrói vorazmente? “No Coração da Escuridão” é uma produção corajosa, gelada, pessimista na medida certa – Renato Caliman
[CRÍTICA] No Coração da Escuridão (2018): desespero e esperança
Um Lugar Silencioso – Melhor Edição de Som
“Um Lugar Silencioso” é uma verdadeira pérola do cinema. Trata-se de um terror que extrapola o próprio gênero, cria situações dramáticas críveis e sequências de tensão absolutamente angustiantes. Não é óbvio e oferece soluções plausíveis e inteligentes para o contexto apresentado – Robinson Samulak Alves
[CRÍTICA] Um Lugar Silencioso (2018): não faça barulho
Christopher Robin – Um Reencontro Inesquecível – Melhores Efeitos Visuais
“Christopher Robin: Um Reencontro Inesquecível” mostra que por melhor que tenha sido a sua infância, uma hora as responsabilidades vão chegar. Mas isso não significa que é preciso abandonar suas boas lembranças – Fábio Moura Rossini
Jogador N° 1 – Melhores Efeitos Visuais
Existem alguns pequenos problemas em “Jogador N° 1”, como o excesso de diálogos e narrações explicativas, assim como alterações no texto original do livro que deixam o plot e os vilões simplórios demais. […] Porém, são falhas muito pequenas perto da experiência sensorial e emotiva que o velho Steven e sua nova obra provocam – Rogério Montanare
[CRÍTICA] Jogador N° 1 (2018): Spielberg jogando com o coração
Han Solo: Uma História Star Wars – Melhores Efeitos Visuais
Ao fim da sessão de “Han Solo: Uma História Star Wars” fica a impressão de que este era realmente um filme que não precisava existir. Insosso e apático, o longa não causa a emoção e o divertimento que as melhores obras da saga oferecem, e mais, tem potencial para ser rapidamente esquecido – Rogério Montanare
[CRÍTICA] Han Solo: Uma História Star Wars (2018): cadê aquele cafajeste raiz que a gente ama?
Vingadores: Guerra Infinita – Melhores Efeitos Visuais
É desta forma que “Guerra Infinita” não se pretende um filme, mas um evento, sendo muito bem-sucedido em seu intento. Após uma jornada de bilhões de dólares investidos e muitos mais faturados, o universo Marvel encontra o seu fim – sendo este, claramente, apenas mais um começo – Erik Avilez
[CRÍTICA] Vingadores: Guerra Infinita (2018): o grandioso fim de todo um universo
Border – Melhor Maquiagem e Penteados
O realismo social por trás do sobrenatural em “Border” é dessa forma uma camada válida para reflexões. Porém, a atmosfera mítica criada e a repugnância potencializada pela impressionante maquiagem e interpretações dos atores podem afastar um público desinteressado em criar empatia ou compreender aspectos da cultura nórdica – William Sousa
[CRÍTICA] Border (2018): fantástica fábula nórdica
A lista completa de indicados ao Oscar 2019 separada por categorias pode ser vista aqui. Aproveite e ouça os RapaduraCasts comentando os palpites para a premiação e um especialmente dedicado à categoria de Melhor Filme.