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Colunas   terça-feira, 08 de dezembro de 2020

[Lista] 7 filmes disponíveis no catálogo do Disney Plus que são verdadeiras pérolas

Além dos títulos mais populares, o serviço de streaming do estúdio chega ao Brasil com longas fora do comum e até raros de encontrar.

Quando o assunto é streaming, é possível dizer que o lançamento do Disney Plus no Brasil foi um dos mais aguardados, e não por menos: antes com parte do seu catálogo dissipado em outras plataformas como Netflix e Amazon Prime Video, agora a Disney reuniu todos os seus títulos mais célebres em um só lugar, o que fez com que fãs de longas do Marvel Studios e da Pixar, que fazem parte da gigante de entretenimento, ficassem ansiosos para ter acesso ao conteúdo.

Porém, ao fazer um mergulho na lista completa de filmes disponíveis no Disney Plus, é possível encontrar muito mais do que todos os capítulos da saga “Vingadores”, musicais famosos comoHamilton ou todas as continuações existentes dos longas das princesas clássicas do estúdio. O serviço de streaming também possui uma variedade de filmes difíceis de encontrar por aí, alguns até mesmo com temáticas menos abordadas pelo estúdio, como obras de terror infantil e paródias de faroestes.

Por isso, listamos aqui sete produções disponíveis no Disney Plus que podem ser consideradas verdadeiras “pérolas” da Disney. Veja a lista abaixo.

O Computador de Tênis (1969)

Kurt Russell é mais conhecido por protagonizar longas de ação, mas nem todo mundo sabe que ele começou sua carreira nos estúdios Disney e era um dos queridinhos de Walt Disney – sustentando até uma lenda de que as últimas palavras do chefão do estúdio antes de morrer foram o nome do ator. Sendo verdade ou não, isso não muda o fato de que Russell participou de vários filmes de comédia familiar na sua adolescência e começo da vida adulta, sendo um deles “O Computador de Tênis”, de 1969, que faz parte do catálogo do Disney Plus.

No filme, Russell interpreta um adolescente chamado Dexter Riley que, ao trabalhar com um computador doado por um líder de um ramo ilegal de apostas, leva um choque durante uma tempestade e praticamente se torna um “computador humano”: ele adquire uma capacidade absurda de resolver problemas matemáticos, se torna fluente em qualquer língua que queira num piscar de olhos e aprende a decorar enciclopédias inteiras.

20.000 Léguas Submarinas (1954)

A obra clássica do autor Julio Verne já havia sido adaptado outras duas vezes antes da versão da Disney (a primeira, inclusive, foi em 1907 pelo célebre Georges Méliès), mas em 1954 foi lançada uma versão para os cinemas produzida pelo próprio Walt Disney e estrelada por Kirk Douglas e James Mason. O filme de Richard Fleischer foi elogiado por críticos pelos efeitos especiais e por ser uma das adaptações mais fiéis ao livro de Verne na época.

“20.000 Léguas Submarinas” se passa em 1866 e acompanha a expedição do professor Pierre M. Aronnax (Paul Lukas) e de seu assistente Conseil (Peter Lorre) em busca de um monstro marinho gigante que está atacando navios no Oceano Pacífico. Durante a jornada, eles e o arpoador Ned Land (Douglas) são lançados ao mar durante um ataque, e descobrem que o suposto monstro é na verdade um submarino pilotado pelo peculiar Capitão Nemo (Mason).

A Noiva de Boogedy (1987)

Agora entramos no rol de títulos mais “estranhos” que entraram no país. Apesar de ter chegado no Brasil com um grande catálogo, ainda há diferenças entre as obras disponíveis em território nacional e nos Estados Unidos. Uma delas é que “Mr. Boogedy”, filme de terror infantil feito pela Disney para a TV em 1987, não entrou para o streaming brasileiro. Entretanto, a continuação “A Noiva de Boogedy” está no nosso Disney Plus.

Se o primeiro filme trata de um espírito do mal que perturba a paz da família Davis, “A Noiva de Boogedy” mostra que a entidade não está pronta para desistir de aterrorizar os moradores da casa que ele assombrava, e Boogedy coloca um feitiço no patriarca da família. Para quem não está acostumado a associar Disney com terror, o longa segue o padrão “comédia familiar” que permeia as produções do estúdio, mas com um leve toque de fantasia e monstros que é interessante de se ver de vez em quando, para variar.

Os Fantasmas de Buxley Hall (1980)

Outra obra que mistura fantasmas, comédia e até mesmo uma trama um pouco bizarra para os padrões contemporâneos é “Os Fantasmas de Buxley Hall”, lançado em 1980 primeiramente como uma minissérie em duas partes, mas adaptado para o formato de filme para TV no streaming,

Difícil de encontrar por aí, o filme se destaca pela trama que consegue misturar o progressismo com o reacionário: uma academia militar está a beira da falência e, na tentativa de não quebrar por completo, eles passam a admitir que meninas estudem lá. É aí que três fantasmas que habitam a escola entram em cena, tentando manter as tradições ao mesmo tempo em que evitam que o lugar seja desapropriado e demolido.

Pollyanna (1960)

Quem já ouviu falar na “síndrome de Pollyanna”, na qual uma pessoa é considerada otimista até demais? O termo surgiu a partir do livro  “Pollyanna”, de Eleanor H. Porter, que já foi adaptado várias vezes para os cinemas e para a televisão. Uma destas adaptações foi justamente feita pela Disney em 1960, com os atores Hayley Mills, Jane Wyman, Karl Malden e Richard Egan no elenco. Este, inclusive, foi o primeiro de seis filmes que Mills protagonizou para o estúdio.

O longa conta a história da garotinha Pollyanna (Mills), uma órfã de 12 anos que é muito extrovertida e que sempre vê o lado bom da vida, o que a faz colecionar amizades pela cidade, ainda que seja tratada com indiferença por sua tia Polly (Wyman). Mas após Pollyanna sofrer um acidente que a deixa paraplégica e a faz perder a alegria de viver, tia Polly repensa suas atitudes e tenta trazer o espírito otimista da sobrinha de volta.

Califórnia, Terra do Ouro (1967)

Meio faroeste e meio comédia flertando com a paródia, “Califórnia, Terra do Ouro” tinha vários fatores que poderiam ter feito dele um filme famoso do estúdio, mas por algum motivo acabou ganhando um certo status de raridade. O longa foi dirigido por James Neilson, responsável pela antologia “Walt Disney’s Wonderful World of Color” e por uma série de live-actions produzidos na mesma época; tinha um elenco já conhecido por outras produções de sucesso e sua trilha sonora foi assinada pelos irmãos Robert e Richard Sherman, que compuseram algumas das trilhas mais icônicas da Disney, como a de “Mary Poppins”.

A trama acompanha um jovem de Boston, Massachusetts, que segue para o oeste dos Estados Unidos para se juntar à corrida do ouro da Califórnia na esperança de sair da miséria e restaurar a fortuna perdida de sua família, mas seu mordomo dedicado sai para encontrá-lo e levá-lo de volta para casa. Vale alertar que, no Disney Plus, “Califórnia, Terra do Ouro” tem um aviso de conteúdo sensível no começo e junto à sinopse, alertando que certas representações na trama são preconceituosas ou debocham de determinadas culturas.

Splash – Uma Sereia em Minha Vida (1984)

Por último, o Disney Plus colocou um clássico da Sessão da Tarde em seu catálogo: “Splash – Uma Sereia em Minha Vida”. O filme não é exatamente raro, mas uma polêmica no início do ano atraiu certa atenção à comédia romântica estrelada por Tom Hanks e Daryl Hannah. Para que o filme não tivesse cenas de nudez e o streaming mantivesse sua fama de só conter “filmes família”, o estúdio alongou o cabelo de Hannah com computação gráfica para cobrir as nádegas dela em uma cena em que a personagem anda sem roupa em público – e os fãs não perdoaram nas redes sociais, dizendo até que seria a mesma tecnologia desastrosa usada na versão cinematográfica do musical “Cats”.

Em “Splash”, Hanks interpreta Allen Bauer, um homem viciado em trabalho que quando criança quase se afogou no mar e foi resgatado por uma sereia. Ao chegar à fase adulta, Allen encontra uma linda mulher a quem chama de Madison (Hannah), sem saber que ela é a sereia da sua infância.

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Embora seu maior atrativo seja as grandes produções Marvel, Lucasfilm, Pixar e até Disney Animation, o Disney Plus está repleto de títulos raros que vale a pena conferir, então aproveite as dicas desta lista!

Jacqueline Elise
@jacquelinelise

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