Cinema com Rapadura

Colunas   quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Mystery White Boy: Jeff Buckley vai ganhar uma cinebiografia

Um dos ícones da música está prestes a ganhar uma cinebiografia.

Esses dias, voltei ao meu vício de ouvir Jeff Buckley e logo me questionei a quantas anda a cinebiografia deste músico incrível que marcou, em tão pouco tempo, uma geração. Falo da tão esperada cinebiografia, e não do documentário Amazing Grace (2005), que acredito nem ter chegado ao Brasil.

Em 2007, quando o cantor completou 10 anos de morte, os fãs esperaram que a indústria cinematográfica caísse em cima da história romântica e polêmica do filho de Tim Buckley. O fato é que o filme realmente foi planejado, mas desde então se manteve fora da mídia. A ideia que a mãe de Jeff tinha era se inspirar em obras como “Johnny e June” e “Ray”, que conquistaram sucesso de público e crítica, e ainda fizeram bonito em premiações como o Oscar.

Enquanto eu falava sobre como seria uma cinebiografia do Jeff com uma amiga que mora em Nova York, ela me contou que já se comenta por lá sobre o longa, que será protagonizado por James Franco (vencedor da disputa pelo papel contra Robert Pattinson). No IMDb, o filme “Mystery White Boy” está previsto para chegar aos cinemas (americanos) ainda este ano.

O nome do projeto é o mesmo do álbum de Jeff lançado em 2000 e que reúne músicas inesquecíveis como “Last Goodbye”, “Grace”, “Love You Should’ve Come Over”, “Lilac Wine” e “So Real”. Detalhes sobre o filme não foram revelados no site, mas o nome de James Franco está realmente relacionado à produção e com o status de “em desenvolvimento”.

Antes tarde do que nunca. Talvez os fãs mais conservadores não gostem da ideia de um filme sobre o astro, mas a voz de Jeff Buckley foi calada prematuramente e merece mais espaço. Com a magia do cinema (e uma equipe técnica competente), espera-se que um filme grandioso possa trazer de volta as memórias deixadas pelo compositor, e ensinar, àqueles que desconhecem sua história e canções, o poder dos sentimentos que foram eternizados em suas composições.

Escute aqui: Forget Her; Last Goodbye; So Real; Grace; Hallelujah.

+ MAIS

– O diário on-line de produção de “Área Q”, dirigido por Gerson Sanginitto e produzido por Halder Gomes, está sem atualizações. Depois de ter movimentado o interior cearense e Los Angeles com as filmagens que contaram com o astro Isaiah Washington (o Dr. Burke, de “Grey’s Anatomy”), o longa está em fase de pós-produção para chegar aos cinemas ainda este ano. Acompanhe aqui.

– Eles mandam: Os organizadores do Oscar resolveram que, este ano, os agradecimentos aos prêmios não devem durar mais do que 45 segundos, para evitar que a emoção prolongue e torne a cerimônia chata. Os premiados não devem mais citar nome de inúmeras pessoas durante a premiação. Para isso, quem receber a estatueta poderá gravar um vídeo nos bastidores para agradecer, em quanto tempo quiser, a todos. O vídeo será postado na internet.

– RÁPIDAS

– O cineasta cearense Karim Ainouz voltou à sua cidade natal, na sexta-feira, 19, para ministrar a aula inaugural do curso de Cinema e Audiovisual da Universidade Federal do Ceará (UFC), que recebe seus primeiros alunos este semestre.

– Continua em exibição na sessão de Arte do UCI Ribeiro de Fortaleza (CE) o filme “500 Dias com Ela”, que virou febre mundial. Confira detalhes aqui.

– Tão bom quanto o filme é o livro de “Preciosa”, escrito pela poetisa Sapphire, que foi professora no Harlem, onde se passa a história original. Mais gostoso ainda é sentir a presença de “A Cor Púrpura” em várias páginas da obra.

– Aos não-fãs de “Crepúsculo”, está em pré-venda a obra “Opúsculo: A Paródia”, de Harvard Lampoon. Quanto tempo vai durar para virar um longa-metragem de sátira? Façam as apostas!

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Diego Benevides
@DiegoBenevides

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