Cinema com Rapadura

Colunas   quarta-feira, 10 de fevereiro de 2021

[Lista] 9 ideias de séries para expandir o universo de Harry Potter

Apesar de não estarem (oficialmente) em desenvolvimento, produções do Mundo Mágico para o HBO Max poderiam expandir a franquia de inúmeras maneiras.

Escrito por Luís Gustavo e Giovanni Mosena

Os fãs da franquia “Harry Potter” entraram em euforia quando, no fim de janeiro, foi noticiado que uma série da franquia estaria em estágio inicial de desenvolvimento pelo HBO Max. A informação não foi confirmada por representantes do streaming e, dias depois, foi negada pela própria J.K. Rowling, autora dos livros e uma das produtoras das obras audiovisuais envolvendo a saga.

Mesmo com a negativa, a notícia serviu para lembrar o potencial de expansão existente na franquia, semelhante a de outras grandes propriedades, como “Star Wars” e a Marvel – que estão se aventurando no mundo das séries atualmente e colhendo bons frutos. Portanto, por que o mesmo não poderia acontecer com o universo bruxo? Indo além do trabalho que está sendo desenvolvido no spin-off  “Animais Fantásticos“, que terá o seu próximo capítulo lançado apenas em meados de 2022.

O Cinema com Rapadura já debateu algumas das possibilidades que poderiam ser trilhadas neste vídeo, mas abaixo, apresenta uma lista com mais ideias que certamente mostrariam o universo criado por Rowling de uma maneira que os fãs nunca viram antes.

Marotos

Uma das sugestões mais comuns para expandir o universo é contar mais da história do quarteto de amigos Tiago Potter, Sirius Black, Remus Lupin e Pedro Pettigrew, os marotos. Uma produção focada neles não apenas trabalharia personagens que são tão queridos como também ofereceria ao público a oportunidade de voltar ao dia a dia dos estudantes em Hogwarts, um dos aspectos mais apreciados pelos fãs.

A série ainda contaria com a participação de outros personagens relevantes da franquia, como Lilian Potter e Severo Snape. Isso sem descartar as eventuais participações de nomes como Dumbledore, McGonagall e Hagrid. O tom da produção poderia se inspirar tanto na atmosfera dos primeiros filmes como nos clássicos dos anos 80 do diretor John Hughes – caminho que foi adotado, por exemplo, na versão do Homem-Aranha do MCU em “Homem-Aranha: De Volta ao Lar”.

Primeira Grande Guerra Bruxa e a Ordem da Fênix original

A Primeira Grande Guerra Bruxa, na qual Voldemort surgiu pela primeira vez e que se encerrou abruptamente com o seu desaparecimento, é bastante mencionada nos livros e filmes. Os traumas por ela causados estão bastante presentes no mundo bruxo, mesmo que a trama se passe mais de dez anos depois de seu fim. Além disso, a formação original da Ordem da Fênix, com os pais de Harry e de Neville, além dos Weasley e Sirius, dentre outros, possui personagens bastante icônicos e alguns não tão explorados na franquia até então.

Uma eventual série sobre esse período poderia ter uma pegada mais adulta, inspirada em obras do período da Guerra Fria, misturando elementos de política, espionagem e ação. Além disso, a série poderia explorar tramas de personagens “menores” afetados pela guerra, assim como alguns membros da formação original da Ordem da Fênix, que também tiveram papel fundamental nesse evento. O maior problema a ser resolvido seria a ausência de expectativa sobre o final da guerra e de alguns personagens, uma vez que os fatos são de amplo conhecimento entre o público.

Personagens clássicos

Uma das possibilidades que provavelmente mais teriam chances de serem aprovadas pelos executivos é seguir o mesmo caminho que já foi utilizado por outras franquias, como é o caso de “Star Wars“. Que caminho seria esse? Utilizar personagens clássicos da saga em novas produções, explorando a sua trajetória em momentos diferentes do que foram vistos até então – além de tentar responder a perguntas que ninguém jamais fez.

Entre as possibilidades, a produção poderia mostrar mais da vida de Dumbledore e as razões que o fazem ser considerado o maior bruxo de todos os tempos. Outro caminho é mostrar o futuro de personagens secundários mas que tem apelo com o público, como Neville e Luna. 

Aurores

Outra opção que atiça os fãs da franquia é uma série focada nos aurores, uma das profissões bruxas a que o público mais se afeiçoou. Uma série acompanhando novos personagens serviria para expandir o universo, sem a necessidade de se atrelar a histórias já definidas.

O grande potencial dessa ideia é que ela pode ser contada por mais de um viés, já que o público que gosta da franquia é bem diverso, atingindo diferentes idades. Um deles seria uma série de atmosfera mais adulta e séria, com um teor que remeteria aos suspenses investigativos do diretor David Fincher, como “Seven” e a série “Mindhunter”.

No caminho inverso, poderia ser feita uma produção na linha do gênero buddy cop, apostando no humor para atrair o público. Ao invés de reproduzir a pegada desse estilo que se popularizou nos anos 80, os produtores poderiam se inspirar em obras mais modernas, como os “Anjos da Lei” feitos pela dupla Phill Lord e Chris Miller, ou o próprio “Chumbo Grosso” de Edgar Wright. Inclusive, apostar no clássico humor britânico seria uma maneira de tornar a produção ainda mais distinta e especial.

Fundadores de Hogwarts

Hogwarts é praticamente um personagem dentro da história. E de tanto Hermione falar sobre “Hogwarts: Uma História” ao longo da franquia, porque não realizar uma produção contando mais sobre seus fundadores? Uma série sobre eles poderia explorar como Godrico Grifinória, Rowena Corvinal, Helga Lufa-Lufa e Salazar Sonserina se uniram para tornar em realidade o sonho da criação de uma escola bruxa no Reino Unido.

Ao mesmo tempo, a produção teria a oportunidade de aprofundar as relações entre eles, mostrando tanto as ideias em que eles concordavam como suas desavenças, assim como isso repercutiu entre os primeiros estudantes de cada casa. Provavelmente, uma série que não teria a necessidade de se estender por várias temporadas, mas que exploraria um capítulo importante do mundo bruxo inglês.

Bruxos pelo mundo

Uma das promessas que se tinha da franquia “Animais Fantásticos” é que o público teria a oportunidade de conhecer outras culturas bruxas além da europeia. Tanto que os fãs vibraram quando foi anunciado escolas em outros cantos do planeta, como Ilvermorny, nos EUA, e Castelobruxo, no Brasil.

Enquanto os três filmes restantes da série de spin-off ainda devem mostrar mais dessas diferentes culturas, é mais provável que elas sejam apenas um pano de fundo para o enredo, que deve focar cada vez mais nos personagens de Newt, Dumbledore e Grindelwald. Por isso, uma produção que mostrasse mais de como os bruxos são em outras partes do globo seria uma excelente forma de expandir o universo e mostrar a sua diversidade como nunca antes.

Antologia de histórias em Hogwarts

Com 1000 anos de existência, são inúmeras as possibilidades de histórias que já ocorreram em Hogwarts, envolvendo estudantes e funcionários. Portanto, uma série formada por uma antologia de histórias seria perfeita para mostrar mais, tanto da escola como da comunidade bruxa ao longo dos séculos.

As histórias poderiam ser contadas por personagens que já habitam o lugar há muito tempo, como o fantasma Nick Quase sem Cabeça. Um dos diferenciais é que cada episódio poderia ter um gênero diferente: uma comédia romântica entre estudantes de casas rivais, um terror com as criaturas da Floresta Proibida ou uma trama de amadurecimento de algum nascido trouxa que deve se acostumar a esse novo universo.

Mocumentário

Apesar de estar presente nos livros e nos filmes (especialmente no sexto), o humor nunca foi um dos carros chefes da franquia “Harry Potter”. E uma série de caráter cômico seria uma excelente maneira de reverter isso e colocar o universo bruxo por uma ótica diferente. 

Portanto, por que não produzir uma série cômica na linguagem de mocumentário, espelhando-se em obras como “O Que Fazemos nas Sombras” e “The Office”? A trama poderia acompanhar um bruxo como Arthur Weasley, que seja fascinado pela tecnologia dos trouxas, mas que não sabe como interagir com tecnologias como o celular e a Internet e, claro, não pode revelar sua verdadeira identidade para os não-bruxos.

Série de esporte sobre Quadribol

Convenhamos, embora o Quadribol seja bastante presente na franquia, com exceção de “O Cálice de Fogo, nunca foi muito mostrado o esporte mais popular do mundo bruxo fora dos muros de Hogwarts. Considerando que a J.K. já confirmou que até Gina se tornou uma jogadora profissional, seria bastante interessante mostrar os desafios desse mundo mágico esportivo.

A série poderia ter uma pegada mais inspirada nos animes esportivos, como “Haikyuu!!” e “Kuroko no Basket”, já que as animações permitem partidas com um pouco menos de realismo, da mesma forma como seria um esporte no qual pessoas voam em vassouras. Seriam diversas as possibilidades, como focar em um novo personagem em sua busca de ser o melhor de sua posição, além de finalmente mostrar aspectos mais sombrios do Quadribol que foram mencionados nos livros, como partidas que duram semanas e pessoas que desaparecem. Da mesma forma, a produção teria a possibilidade ser mais séria e dramática ou até mesmo focada na comédia.

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Esses são alguns exemplos de como a franquia “Harry Potter” pode permanecer viva no audiovisual, conquistando novos fãs e agradando os velhos com informações e visões inéditas. A expectativa é que a Warner Bros. saiba explorar o potencial que tem em mãos.

Cinema com Rapadura Team
@rapadura

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