Cinema com Rapadura

Colunas   sexta-feira, 01 de maio de 2020

[LISTA] 8 indicações do Cinema Com Rapadura para aproveitar o feriado

Oito indicações de filmes especiais para um dia de cinema em casa.

Já chegamos em maio de 2020! Para onde esse tempo todo foi? Em época de isolamento social, em que os dias parecem os mesmos, fazemos o possível para não deixar nosso tempo em casa entediante. Se você passou a semana inteira trabalhando em home office, chegou o momento de aproveitar o feriado com um filme gostoso de assistir, e o Cinema Com Rapadura vem oferecer opções tiradas diretamente da nossa Cinelist disponível no Telecine. Se você ainda não acessou nossa seleção especial com 60 filmes, acesse à lista aqui. Mas abaixo seguem oito indicações especialmente selecionadas para se assistir em um dia aconchegante de cinema em casa.

A Vida Secreta de Walter Mitty (2013)

Alguém mais ficou surpreso quando Ben Stiller brilhou em um filme que não é de comédia? É válido dizer que o ator e diretor já havia feito papéis fora dos estereótipos cômicos pelo que ficou conhecido, mas “Walter Mitty” foi um marco em sua carreira. O ator, conhecido por “Entrando Numa Fria”, “Quem Vai Ficar Com Mary?” e “Zoolander”, apresentou uma nova faceta de sua carreira, e um filme inspirador, ao estrelar e dirigir “A Vida Secreta de Walter Mitty”.

No filme, Walter é o responsável pelo departamento de fotografias da revista Life. Ele leva uma vida simples, mas sempre se perde em meio a seus devaneios altamente realistas. Um dia, ao receber um pacote com negativos do fotógrafo Sean O’Connell (Sean Penn), ele percebe que a foto mais importante está faltando, e ele tem de partir em uma jornada a fim de recuperar à imagem. O filme também conta com Kristen Wiig como Cheryl, por quem Walter se apaixona.

Ao nos prendermos à mesma rotina, podemos achar que a vida não tem nada mais a oferecer. Nossos sonhos parecem distantes, e viver se torna quase automático. Mas “Walter Mitty” nos traz duas importantes lições: sonhos podem ser realizados, e a vida, com todos os seus minuciosos e maravilhosos detalhes, vale a pena ser vivida. Como diz o personagem de Sean Penn no filme, em uma das melhores citações: “Coisas belas não clamam por atenção”.

Wall-E (2008)

Esta que é inquestionavelmente uma das melhores animações da Pixar é uma opção ideal para quem busca algo emocionante e revigorante. Com uma história bem construída, personagens cativantes, visual deslumbrante e trilha sonora linda, “Wall-E” merece ser visto e revisto!

O filme se passa em um futuro talvez-não-tão-distante em que os seres humanos transformaram a Terra em um lixão inabitável e foram morar em uma estação espacial gigante. O planeta é habitado apenas por robôs cuja função é limpar o lixo, mas até eles foram destruídos com o tempo, sobrando apenas um, o querido Wall-E, que segue cumprindo sua função. Um dia, uma nave pousa na Terra trazendo um robô moderno, e para Wall-E, apaixonante, chamado Eva, cuja função é detectar se o planeta pode ser habitado novamente. A trama segue o casal em uma aventura a fim de garantir a sobrevivência humana e a sustentabilidade do planeta. Lindo e educativo!

Sigo procurando mais adjetivos para dar a este filme tão adorável e brilhante. O diretor Andrew Stanton, que já havia ganhado o Oscar por “Procurando Nemo”, também levou a estatueta de Melhor Animação por “Wall-E”, merecidamente. A jornada do pequeno robô catador de lixo segue marcada nos corações de todos os amantes de cinema, e se você ainda não assistiu, já passou da hora!

Fora de Série (2019)

A atriz Olivia Wilde fez sua estreia na direção com uma comédia coming-of-age deliciosa, que certamente merece ser mais reconhecida. O filme teve um lançamento tímido mundialmente, e sua estreia na Netflix da França pouquíssimo tempo depois de chegar aos cinemas não ajudou à bilheteria total da produção, que acabou ficando esquecida meio aos blockbusters da vida. Mas por que este filme merece ser assistido?

A trama segue Amy (Kaytlin Dever) e Molly (Beanie Feldstein), duas melhores amigas que estão prestes a concluir o Ensino Médio, mas percebem que nunca se divertiram de verdade durante todo esse período de suas vidas. Elas são o chamado “booksmart” (título original), ou seja, pessoas que têm todo o estudo dos livros, mas que na prática não sabem muita coisa. Faltando poucos dias para a formatura, elas decidem ter todo o divertimento de que se privaram por 4 anos durante uma noite.

Hoje em dia mal temos chance de encontrar um filme como este nos cinemas, mas é ao assistir algo assim que é notável o quanto Hollywood precisa deste tipo de produção. Obras que refletem a realidade de forma descontraída e nos fazem rir ao nos reconhecermos em tela. “Fora de Série” é divertido e mostra uma amizade inspiradora entre Amy e Molly. O longa trouxe suas protagonistas à atenção do público e mostrou que Olivia Wilde é uma diretora para se prestar atenção.

Antes do Amanhecer (1995)

Ah, o amor! Vários filmes de Hollywood tentam explorar este sentimento, mas eles raramente chegam perto de serem tão apaixonantes como este. Primeiro capítulo da trilogia do Amanhecer – composta também por “Antes do Por-do-Sol” e “Antes da Meia-Noite”, o filme de Richard Linklater é obrigatório para aqueles que amam cinema, romance, e a junção perfeita dos dois.

Jesse (Ethan Hawke), um jovem americano, e Celine (Julie Delpy), uma jovem francesa, se conhecem em um trem rumo a Viena, e começam a conversar. Ela irá para Paris e ele voltará aos Estados Unidos, mas eles decidem desembarcar em Viena e passar o dia juntos, envolvidos apenas na companhia um do outro, deixando florescer uma paixão que chegou para ficar.

Um dos elementos que torna este filme tão especial é o fato dele ser 1 hora e 41 minutos de puro diálogo genuíno entre os personagens. Os atores não parecem ser atores, eles parecem ser verdadeiramente Jesse e Celine, que se encontraram naquele momento e tiveram seu dia especial para sempre registrado em câmera. Mas o fato é que o roteiro do cineasta Richard Linklater é o grande responsável por este feito, junto ao carisma dos protagonistas, construindo personagens tão reais e ao mesmo tempo tão poéticos. Pois a vida real também pode ser poesia, e é melhor aproveitarmos antes que acabe o dia… Viram o que eu fiz aí?

Bastardos Inglórios (2009)

Pausa nos filmes fofos e românticos para um written and directed by Quentin Tarantino. Afinal, a violência catártica do diretor também pode ser exatamente o que você precisa para relaxar. Esta marca registrada do cineasta fez sucesso em “Pulp Fiction”, “Kill Bill” e até no recente “Era Uma Vez Em Hollywood”. Mas “Bastardos Inglórios” oferece uma recompensa narrativa que, pelo rumo da nossa História, será sempre atemporal.

A trama nos leva de volta à Segunda Guerra Mundial, em uma França ocupada pelos nazistas. Aldo Raine (Brad Pitt) lidera um pelotão de soldados judeus cujo objetivo é capturar e matar o maior número possível de nazistas. Enquanto isso, Shosanna (Mélanie Laurent) é a única sobrevivente depois que o coronel alemão Hans Landa (Christoph Waltz) assassinou toda sua família. Ela então foge para Paris e lá começa a planejar sua vingança.

O filme é essencialmente sobre vingança, uma que a versão real desse terrível momento da História não proporcionou. Mas em meio a todo sangue em tela, o roteiro de Tarantino é também bem cômico, criando uma combinação harmônica que só ele consegue entregar. O longa recebeu oito indicações ao Oscar, consagrando Christoph Waltz com a estatueta na categoria de Melhor Ator Coadjuvante. “Era Uma Vez Em Hollywood” pode ter oferecido uma realidade alternativa semelhante, mas “Bastardos Inglórios” fez primeiro (e melhor).

La La Land – Cantando Estações (2016)

Hollywood adora colocar a própria Hollywood em destaque, não à toa este filme recebeu catorze indicações ao Oscar, saindo vencedor de seis. Depois de surpreender a todos com o excelente “Whiplash”, Damien Chazelle se propôs a colocar para frente o projeto com que sempre sonhou. Amante de jazz e do cinema, o cineasta juntou ambos em um romance musical irresistível, tornando-se o diretor mais jovem a ganhar o Oscar de Melhor Direção.

O filme segue Sebastian (Ryan Gosling), um pianista de jazz que luta para abrir seu próprio clube, e Mia (Emma Stone), uma atriz que luta para consegue papéis em Los Angeles. Os caminhos dos dois se cruzam, e ao passo que eles se envolvem em um lindo romance, suas carreiras começam a progredir, exigindo de ambos escolhas difíceis.

A essa altura, Ryan Gosling e Emma Stone já formam um casal fictício oficial de Hollywood, depois que “Caça aos Gângsteres” e “Amor à Toda Prova” provaram a química inegável dos dois. Este trunfo aliado a uma direção de arte e fotografia impecáveis, e uma trilha sonora com canções originais marcantes, garantiu que “La La Land” triunfasse meio a público e crítica. Uma verdadeira ode aos “tolos que sonham”.

Perdido em Marte (2015)

Temos aqui uma obra cinematográfica que pode não só nos entreter mas também oferecer ótimas lições para lidar com o isolamento social. Ridley Scott, dos clássicos “Alien – O Oitavo Passageiro” e “Blade Runner”, trouxe aos cinemas a adaptação do livro de Andy Weir, que é muito mais do que só mais uma história sobre o Espaço.

Na trama, uma equipe da NASA é enviada em uma missão a Marte, mas depois de uma tempestade perigosa, os astronautas são obrigados a deixar o planeta, abandonando Mark Watney (Matt Damon), inicialmente dado como morto, mas que sobrevive e acorda sozinho em Marte, com poucos suprimentos e sem ter como voltar para casa.

A sinopse pode dar a ideia de um filme sério, mas a leveza da obra é tanta que a categoria em que foi indicada no Globo de Ouro foi a de Comédia ou Musical. A verdade é que Mark tem de sobreviver como pode neste planeta nada acolhedor, e sua determinação é inspiradora. Como botânico formado, ele arranja um meio de cultivar batatas, e planeja um meio de alcançar o local onde a próxima tripulação deve pousar. Embasado na ciência e no improviso, Mark resiste, garantindo uma experiência gratificante ao público.

O Senhor dos Anéis – O Retorno do Rei (2003)

Para finalizar a lista, que tal o terceiro filme de uma das melhores trilogias já feita na história do cinema? Tanto “A Sociedade do Anel” quanto “As Duas Torres” servem como ótimas indicações, mas “O Retorno do Rei” oferece a mensagem certa para tudo que enfrentamos atualmente. Peter Jackson transformou a obra de J.R.R. Tolkien em um espetáculo cinematográfico vencedor de onze Oscars e merecedor de todo apreço dos fãs.

O filme traz ao fim a missão da Sociedade do Anel frente à ameaça de Sauron. Gandalf (Ian McKellen) lidera a resistência em Minas Tirith, capital de Gondor; Aragorn (Viggo Mortensen), Legolas (Orlando Bloom) e Gimli (John Rhys-Davies) buscam reforços para enfrentar as forças de Mordor; e Frodo (Elijah Wood) e seu fiel companheiro Sam (Sean Astin) seguem em direção à Montanha da Perdição, para destruir o Um Anel e acabar com a escuridão que domina a Terra-Média.

Nada menos que “épico” pode descrever o capítulo final de “O Senhor dos Anéis”. O mundo criado por Tolkien é de uma riqueza incomparável, e a história, embora marcada pela fantasia, é repleta de analogias a nossa realidade, fazendo com que esta obra sobreviva ao tempo.

“Um dia poderá vir em que a coragem dos homens falhe, em que abandonaremos os nossos amigos e quebraremos todos os nossos laços de união. Mas esse dia não é hoje”.

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Louise Alves
@louisemtm

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