Cinema com Rapadura

Colunas   quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

O jogo da animação “Os Incríveis” peca, mas consegue divertir

Ele foi lançado em 2004 para PlayStation 2, Xbox, Nintendo GameCube, Game Boy Advance, PC, Macintosh e celulares.

O game da animação “Os Incríveis” não é uma reprodução lá muito fiel do que se viu nas telonas, pois acaba funcionando mais como uma extensão do filme, e, mesmo sendo simples, consegue divertir. Controlando todos os membros da família Pêra, o jogador passa por aventuras do Sr. Incrível e da Mulher Elástica ainda solteiros e, depois de quinze anos, um casamento e três filhos, apenas as do Sr. Incrível alguns quilos mais gordo, resgatando pessoas de incêndios ao lado do amigão Gelado, tal como no filme, pois os super-heróis foram obrigados a se aposentar por lei.

Num grande salto temporal, o jogador já se vê na ilha do vilão Síndrome, onde, além dos pais, se controla Violeta e Flecha. O game não oferece nenhuma novidade ou exclusividade na parte jogável, baseando-se apenas em plataformas 3D em que o jogador deve seguir um caminho linear. A jogabilidade é bem consistente e com poucos bugs, o que é raro em games que são lançados juntos com os respectivos filmes, e há desafios bem variados, com métodos de controles diferentes, o que colabora com o fator diversão, sendo a maior mancada a ausência de um multiplayer.

O visual é competente e bem próximo ao filme, com texturas um pouco genéricas, mas que dão conta do recado. A dublagem é feita pelos atores da versão americana, o que já é garantia de bom trabalho, e os efeitos sonoros estão na média da época.

Enfrentar os chefes das fases é bem desafiador, e as soluções encontradas para derrotá-los são bem criativas, muitas delas sendo verdadeiros puzzles que exigem um bom nível de raciocínio, o que não acontece com os inimigos comuns, que são dotados de uma inteligência artificial de dar inveja aos Lemmings (seres burros do famoso jogo de mesmo nome).

Como a jogabilidade é simples, The Incredibles é uma boa opção para passar o tempo com uma jogatina despretensiosa, e serve também para agradar a namorada que vive reclamando que você não compra jogos que ela goste.

PRÓS
– Divertido
– Bem ambientado
– Boas batalhas contra os chefes

CONTRAS
– Curto demais
– Sem multiplayer

Fernando Vivaldini
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