Como explicar o sucesso de Sex and the City no cinema?
Carrie, Samantha, Charlotte e Miranda anunciam nova febre nos cinemas.
Existe um fator crucial para a produção incessante de séries e filmes: sempre terá público. O mesmo não se pode falar acerca das bilheterias: ainda continua um mistério sobre o que dá dinheiro versus o que realmente é bom como produção audiovisual em si. “Sex and the City” fez uma trajetória que conquistou não só a televisão e o cinema. Nascida de uma coluna de jornal e formatada para uma obra literária, “Sex and the City” chegou em 2008 ao canal HBO e se estabeleceu como uma das séries mais aclamadas da tevê.
Com o fim da série em 2004, os fãs ficaram órfãos das quatro mulheres-maravilhas que protagonizaram as seis temporadas. A ambição financeira da indústria cinematográfica trouxe, ano passado, uma versão para os cinemas que foi bem aceita pelo público em geral (exceto os ainda-conservadores ou anti-mulherzinhas) e por parte da crítica. Com isso, o anúncio de que Carrie, Samantha, Charlotte e Miranda poderiam estrelar uma trilogia no cinema logo foi feito. Esta semana, o segundo trailer de “Sex and the City 2” foi divulgado e aumentou a expectativa para a nova trama, anunciando que um novo sucesso está por vir.
Entre caretas e sorrisos do público, o fato é que o maior trunfo do filme é trazer novos conflitos com a originalidade dos primeiros episódios da série. O retorno de Michael Patrick King, com seu tato para conduzir as histórias das amigas fashionistas de Nova York, foi essencial para que o filme “Sex and the City” voltasse com força total às conversas não só de comadres, mas de cinéfilos que se apaixonaram agora (ou sempre foram apaixonados) pelas protagonistas.
O sucesso da série no cinema acontece não só pelos fiéis seguidores das protagonistas. Não que o primeiro filme seja um exemplo de cinema, em termos de estética e linguagem, mas o que justifica tanto burburinho é justamente pelo remember que é ver as quatro atrizes juntas novamente, sem prejudicar a história contada na série, muito menos a literatura da qual surgiu. Requinte cinematográfico também não deve ser esperado do segundo filme. O único motivo que faz com que haja a expectativa para o longa é apenas saber que elas voltam, mais uma vez, para conquistar os corações do mundo.
Se depender do trailer, muita surpresa pode acontecer na vida das protagonistas. Em crise no casamento com Mr. Big, Carrie agora se depara, em pleno Marrocos, com Aidan, uma de suas paixões mais avassaladoras que teve durante a série, considerado o homem perfeito. Miranda vive a estabilidade com Steve e seu filho crescido. Samantha tenta manter a libido e se entrega aos prazeres sexuais que a vida ainda tem a proporcionar, enquanto Charlotte vê que a tão sonhada vida de mãe não é fácil. Bem, que elas venham com todo o gás! Esperamos por mais discussões de relacionamento, situações-clichês, moda, risos e loucuras que só elas são capazes de proporcionar.
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[Too bad] E Sigourney Weaver veio plantar árvores no Brasil com James Cameron e acabou se posicionando contra a premiação de “Guerra ao Terror” no Oscar. A atriz falou que, se fosse há alguns anos, “Avatar” teria ganho facilmente. Pode até ser, mas o que incomodou foi o comentário retrógrado de que Kathryn Bigelow venceu apenas por “ter seios”. Uma atriz do peso de Weaver comentar com recalque a perda de “Avatar” no Oscar já é altamente frustrante, ainda mais se posicionando de uma forma inadequada. A notícia tomou a imprensa mundial e causou, mais uma vez, mal estar em um assunto que já deu o que tinha que dar.
[Fera do cinema] A jornalista e crítica de cinema Ana Maria Bahiana já está em Fortaleza (CE) para ministrar o curso “Como ver um filme: introdução à apreciação cinematográfica”, de hoje (15) a sábado (17) na Cecomil MegaStore. Em seguida, Ana Maria tira um recesso na praia e volta para a festa Cine Locomotiva, que será realizada na terça-feira (20), véspera de feriado, no Mucuripe Club, onde a música, as imagens e os personagens das telas do cinema invadem a pista de dança! Detalhes aqui.
[Nova dimensão] O UCI Ribeiro do Shopping Iguatemi de Fortaleza (CE) ganhou, semana passada, sua primeira sala com projeção em 3D, com a exibição de “Como Treinar o Seu Dragão”. O UCI se prepara também para a chegada de “Alice no País das Maravilhas”, que provavelmente (além da concorrência com outro shopping que já possuía sala em 3D) deve ter sido o principal motivo para a compra dos projetores tridimensionais. Palmas pela iniciativa e os cinéfilos agradecem!
[Moda] Neste sábado (17), das 15h às 18h, acontece na Saraiva MegaStore de Fortaleza (CE) a primeira edição do ciclo de debates Moda em Pauta, tendo o Jornalismo de Moda como tema. O evento deve reunir mensalmente pesquisadores e profissionais da moda cearense promovendo a discussão de temas relevantes no mercado local. Nesta edição, esse papel cabe à jornalista e publicitária Márcia Travessoni.
– RÁPIDAS
[Novo Chico] As filmagens de “As Mães de Chico Xavier”, dirigido por Glauber Filho e Halder Gomes, começaram no Ceará. Embarcando na onda dos filmes espíritas, este abordará a vida de mães que receberam cartas psicografadas dos filhos. No elenco estão Nelson Xavier, Herson Capri, Vanessa Gerbelli, Caio Blat, Daniel Dias, entre outros.
[Medo] Robert Pattinson foi cotado para interpretar Kurt Cobain nos cinemas. É até compreensível a fama que o ator ganhou com a saga “Crepúsculo”, mas ao mesmo tempo o põe em uma situação delicada quando o assunto é um filme direcionado a um público adulto e exigente.
[Cinebiografia] Depois da história de Zezé di Camargo e Luciano contada em “2 Filhos de Francisco” e do filme ainda inédito sobre o cantor Frank Aguiar, foi anunciado que a dupla Leandro e Leonardo também será mostrada no cinema. O que esperar?
[Só no Brasil] “I Love You, Phillip Morris” virou “O Golpista do Ano” no Brasil. O bom senso, mais uma vez, sai de cartaz para dar espaço a mais um título ridículo no Brasil. Acorda, distribuidora!
[CCR] A coluna do Cinema com Rapadura no caderno Zoeira, do jornal Diário do Nordeste, de Fortaleza (CE), agora sairá às segundas-feiras, não mais às terças.
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