Cinema com Rapadura

Colunas   sábado, 11 de junho de 2016

Dia dos Namorados: Um lado diferente dos relacionamentos de Hollywood

Falamos sobre filmes emocionantes e bonitos que mostram o outro lado do "felizes para sempre".

O mês dos apaixonados enfim chegou, e para aqueles casais que em vez de saírem para comemorar preferem ficar em casa, aproveitando apenas a companhia um do outro e de um bom filme, essa lista pode ajudar na escolha de uma história especial para acompanhá-los nesta noite romântica!

Nesta época do ano, costumam ser lançados comédias românticas ou filmes açucarados feitos com a mesma fórmula já bastante conhecida de duas pessoas que se conhecem, se apaixonam, passam por ótimos momentos, passam por um rompimento momentâneo e depois se reconciliam e vivem felizes para sempre. Porém, nesta coluna, o Cinema com Rapadura lista filmes com algum diferencial, que fogem do clichê e acabam apresentando uma verdadeira experiência de vida e de amor, mesmo que às vezes não seja tão romântica.

Harry & Sally – Feitos um Para o Outro (When Harry Met Sally…, 1989)

Harry Burns (Billy Crystal) namora a amiga de Sally Albright (Meg Ryan), e quando os dois se formam na universidade, Harry e Sally dirigem juntos até Nova York. No caminho, os dois conversam sobre diversos assuntos, e acabam chegando a uma questão importante: homens e mulheres podem ser verdadeiramente amigos sem que um deles esteja atraído pelo outro? Sally acha que sim, mas Harry acha que isso não é possível.

 

Quando chegam em Nova York, os dois se despedem, mas anos depois eles se reencontram e começam a desenvolver uma grande amizade, compartilhando problemas da vida e de relacionamentos ao longos dos anos. Mas as coisas começam a ficar um pouco complicadas quando os dois percebem que se importam um com o outro muito mais do que pensavam.

Com roteiro escrito pela talentosa Nora Ephron, responsável por criar tantas figuras femininas fortes, o filme é considerado como um dos predecessores das comédias românticas que conhecemos hoje. Meg Ryan e Billy Crystal apresentam uma grande química na tela, e muitas cenas que cativaram com a espontaneidade dos dois foi justamente resultado de um bom improviso.

A trilha sonora, feita pelo cantor de jazz Harry Connick Jr., também colabora com a atmosfera leve do filme. No final das contas, Harry podia até ter razão sobre homens e mulheres não poderem ser amigos sem que um deles esteja atraído pelo outro, mas o que Harry e Sally realmente provaram foi que um relacionamento não pode funcionar sem a amizade.

“É tão bom quando você pode sentar com alguém e não ter que falar nada”.

Um Dia (One Day, 2011)

Na história de “Um Dia”, baseado no livro homônimo escrito por David Nicholls, Dexter (Jim Sturgess) e Emma (Anne Hathaway) se encontram por acaso na faculdade em 1988, onde eles têm uma noite de romance um tanto influenciado pelo álcool. Na manhã seguinte, os dois se despedem e decidem seguir a vida como amigos. Então, todo ano os dois combinam de se encontrarem no mesmo dia, independente de onde estiverem ou do que estiverem fazendo, para celebrar a amizade e compartilharem o dia juntos.

Os anos passam, e Dexter e Emma arranjam novos empregos, mudam de cidade, começam e terminam relacionamentos, e apesar de continuarem amigos, as coisas começam a mudar entre eles. Dexter começa a ficar muito ambicioso e a se envolver com as pessoas erradas, o que acaba fazendo com que Emma se afaste dele. Depois de muito caminho trilhado pelos dois, Dexter e Emma retomam a amizade e decidem recuperar o tempo perdido, despertando novamente o sentimento que brotou naquela noite de 1988.

Assim como em “Harry & Sally”, “Um Dia” mostra o desenvolvimento da amizade dos protagonistas, que lidam com problemas da vida e muitas vezes recorrem um ao outro quando não sabem o que fazer. Uma lição importante que o filme passa é de que o tempo não perdoa. Ele passa, mesmo sem você notar, e se não aproveitarmos o agora, podemos nunca mais ter chance de desfrutarmos da felicidade que se pode ter com quem realmente amamos.

“O que quer que aconteça amanhã, nós tivemos o hoje”.

Orgulho e Preconceito (Pride & Prejudice, 2005)

Baseado no romance homônimo escrito por Jane Austen, “Orgulho e Preconceito” conta a história da família Bennet, simples, que mora no interior da Inglaterra, onde pouco acontece. Tudo muda quando o rico Sr. Bingley decide passar um tempo na região, ao lado de seu amigo Sr. Darcy (Matthew Macfadyen). A Sra. Bennet logo decide que sua filha mais velha, Jane, deve se aproximar do Sr. Bingley, para casar-se. Enquanto isso, a segunda filha mais velha, Elizabeth (Keira Knightley), não se vê nada inclinada a cumprir com a obrigação feminina da época, afirmando que pretende casar-se apenas por amor profundo.

 

Elizabeth Bennet e o Sr. Darcy logo começam a se odiar, principalmente pela aparência arrogante e orgulhosa do rico senhor, que por sua vez acha Elizabeth uma garota muito simples e sem atrativos para ele. Os dois seguem cegos a seus próprios defeitos até que veem que aquilo que mais os afasta são suas semelhanças.

Com uma trilha sonora belíssima misturada com os lindos campos ingleses, o filme possui uma atmosfera doce, sem abusar do sentimentalismo de romances de época. O roteiro capta a essência do livro escrito tão esplendorosamente por Jane Austen em 1813. Os elementos principais do filme são Elizabeth e o Sr. Darcy,  que insistem na teimosia e no orgulho, e acabam se odiando por características que eles mesmos têm. Quantas vezes isso já não aconteceu na vida real, onde nos convencemos que odiamos alguém, sem perceber que nos vemos refletidos naquela pessoa?

“Ele tem sido um tolo sobre tantas coisas, mas eu também tenho sido. Sabe, nós somos tão parecidos, ele e eu”.

O Primeiro Amor (Flipped, 2010)

“O Primeiro Amor” conta a história de Juli (Madeline Carroll) e Bryce (Callan McAuliffe), dois adolescentes que passam a morar na mesma rua quando crianças e iniciam uma história de amor um tanto desequilibrada. Isso porque Juli se apaixona perdidamente por Bryce e por seus olhos incríveis, como ela costuma dizer, assim que eles se conhecem. Já Bryce acha Juli extremamente chata e irritante, e não vê a hora de se livrar dela. Enquanto Juli acredita ingenuamente no amor que sente, Bryce a desmerece e acha que existem meninas muito mais interessantes do que ela.

 

Juli é uma garota bem decidida e espirituosa e, com o tempo, acaba vendo que Bryce não merece sua atenção. Por sua vez, Bryce percebe o que estava perdendo esse tempo todo e se torna o apaixonado da história. O filme intercala as visões de Juli e Bryce sobre os mesmos fatos da vida dos dois, mostrando a perspectiva que cada um tem. Podemos ver como Juli exalta qualidade que Bryce nem mesmo tem, e como o garoto, tão preocupado com a pressão da família e dos amigos, acaba ficando cego à beleza de Juli.

Assim como o filme listado acima, “O Primeiro Amor” mostra o preconceito que surge em relação a uma pessoa, se não pela própria ignorância, mas também pela pressão daqueles que nos rodeiam, que nos convencem que há alguém melhor por aí. O filme traz a simplicidade de um amor jovem e conquista com os desencontros emocionais que os protagonistas experimentam. Enquanto Juli gosta de Bryce, ele não gosta dela, e vice-versa. Será que os dois se encontram no meio do caminho?

“De vez em quando encontramos alguém irradiante”

500 Dias com Ela (500 Days of Summer, 2009)

Tom (Joseph Gordon-Levitt) trabalha como escritor de cartões comemorativos, vive uma vida simples e sem emoções, até que conhece Summer (Zooey Deschanel) e se apaixona perdidamente por ela. Tom é um romântico perdido, que acredita no amor e aprecia cada detalhe de Summer, cada sutileza, cada mania. Summer, por sua vez, é bem prática. Ela não acredita no amor e prefere não rotular o relacionamento que eles têm.

O filme segue 500 dias no relacionamento dos dois, cobrindo os altos e baixos, fazendo um paralelo com as estações do ano. O filme também relaciona períodos da relação em que os dois estão bem e momentos que não estão, mostrando como Tom lida com seus sentimentos, sendo um romântico perdido do jeito que é.

Levado por uma boa dose de The Smiths, o filme parece seguir a mesma história em que um casal se apaixona, fica junto, passa por problemas, fica separado, são reconciliados e ficam juntos novamente. Mas não é bem assim. 500 Dias com Ela mostra a realidade do que acontece quando uma das pessoas na relação se entrega mais do que a outra ao relacionamento. Podemos até odiar Summer, mas temos que lembrar: nós já fomos ou ainda seremos uma Summer para alguém.

“Essa é a história de um garoto que conhece uma garota, mas você deve saber, isso não é uma história de amor”.

Loucamente Apaixonados (Like Crazy, 2011)

Anna (Felicity Jones) e Jacob (Anton Yelchin) se conhecem na faculdade em Los Angeles e logo se apaixonam. Os dois começam a namorar e passam ótimos momentos juntos. O problema é que Anna é inglesa, e assim que seu curso termina, o visto estudantil expira, e os dois têm de arranjar alguma alternativa para manterem o relacionamento mesmo com a distância. A situação não é fácil, e com a distância surgem os ciúmes e as desconfianças, e quando a dificuldade aperta, os dois decidem tentar esquecer um do outro.

 

Anna e Jacob conhecem outras pessoas, tentam a vida com elas, mas o sentimento que sentem um pelo outro nunca acaba, e eles se mantêm em um constante série de idas e vindas, términos e reconciliações, ao passo que tentam resolver o problema do visto de Anna, para que eles possam ficar juntos nos Estados Unidos. O filme segue a história dos dois com uma trilha sonora feita essencialmente com o piano, e mostra enquadramentos bem diferentes da maioria dos filmes românticos com que estamos acostumados. Até mesmo o posicionamento dos atores denota uma representação mais artística na tela.

Apesar de ser um título que leva o espectador a esperar um filme mais alegre, “Loucamente Apaixonados” realmente expressa a realidade dos protagonistas. Os dois se apaixonam loucamente, e mesmo sendo um sentimento forte esse que eles têm um pelo outro, não é o suficiente para manter o casal junto. É preciso perseverança e paciência, principalmente para lidar com um relacionamento onde a distância é um problema. Os dois passam por problemas, têm outros amores, e até tentam viver longe um do outro, mas nada supera um amor louco.

“Aquilo que temos um com o outro, eu não tenho com mais ninguém, com nenhum outro ser humano, a não ser você”.

Namorados Para Sempre (Blue Valentine, 2010)

Casados há vários anos e com uma filha, Cindy (Michelle Williams) e Dean (Ryan Gosling) passam por um momento de crise, vendo o relacionamento ser contaminado por uma série de incertezas. Dispostos a seguir em frente, os dois tentam superar os problemas, buscando no passado e no presente os motivos que o mantiveram unidos até este momento e os fizeram se apaixonar um pelo outro.

 

Assim como o que acontece em “500 Dias Com Ela”, a trama da obra intercala momentos do passado e presente do casal, passando pelos bons momentos, aqueles que colocaram um sorriso de canto de boca no espectador, e aqueles que mostram o quão duro um relacionamento pode ser.

A obra venceu inúmeros prêmios quando lançada, inclusive o de melhor roteiro em alguns festivais, já as performances de Williams e Gosling são espetaculares e trazem todo o impacto necessário para os momentos mais importantes do longa, mesclando drama e felicidade.

“Namorados Para Sempre” é um filme que talvez não combine tanto com a data, aliás é um verdadeiro tapa na cara das comédias românticas que visam o “felizes para sempre”, um longa pesado, denso, mas acima de tudo, honesto, desses filmes que ficam na cabeça por dias, e que você quer compartilhar como todo o mundo. (JÁ ESTAMOS AVISANDO QUE É TRISTE VIU!)

Você sempre machuca aqueles que ama, aqueles que não deveria machucar...”.

Ela (Her, 2013)

A trama de “Ela” é focada em Theodore (Joaquin Phoenix) um escritor solitário, que acaba de comprar um novo sistema operacional para seu computador chamada Samantha (voz de Scarlett Johansson). Para a sua surpresa, ele acaba se apaixonando pela personalidade deste programa, dando início a uma relação amorosa entre ambos.

A obra foca no relacionamento de Theodore e Sam de uma maneira tão natural, que faz com que o espectador acredite na história, mesmo que ela pareça impossível, e entende que a relação está fadada ao fracasso (</3), o não que impede você de torcer por eles.

O filme conta com um elenco de coadjuvantes maravilhoso, com nomes como Amy Adams, Rooney Mara, Olivia Wilde  e Chris Pratt, dirigidos brilhantemente por Spike Jonze, vencedor do Oscar de melhor roteiro original. O longa ainda tem uma excelente trilha sonora e outros elementos que funcionam muito bem na história, como a tecnologia apresentada e ambientação.

“Ela” é um romance diferente, inteligente e sútil, capaz de fazer com que você acredite em um amor surreal, altamente recomendado para todos!

“O passado é uma história que nos contamos“.

Before We Go (Before We Go, 2015)

No filme que marca a estreia de Chris Evans na direção, encontramos Brooke (Alice Eve) sem ter para onde ir nas ruas de Nova York, depois que foi roubada e perdeu seu trem de volta para Boston. Ela, então, encontra Nick (Chris Evans), que oferece sua companhia e decide ajudá-la a chegar a seu destino antes de amanhecer, ou pelo menos, tenta ao máximo fazê-lo. Enquanto os dois andam por Nova York, aos poucos os segredos da vida dos dois vão sendo revelados, e eles acabam confiando um no outro para contar sobre seus problemas e dilemas pelos quais passam.

 

Tanto Brooke como Nick passam por decepções amorosas, que os atormentam, e encontram na companhia um do outro o conforto para desabafar a aprender a lidar com tantos sentimentos confusos. O filme tem um ar melancólico, e foca principalmente nos diálogos que os protagonistas levam através das ruas e edifícios de Nova York. A cidade, por sinal, torna-se também um personagem no filme, juntamente com a trilha sonora que está sempre remetendo ao jazz.

“Before We Go” passa a mensagem de que é importante enfrentar os problemas que a vida proporciona, é importante arriscar, mesmo que isso signifique perder. Nem sempre os relacionamentos são da forma que esperamos, e muitas vezes eles acabam causando feridas profundas. Se não lidarmos com isso, elas podem nunca cicatrizar. Apesar do ritmo um pouco lento, ao final do filme estamos cativados com a relação que Brooke e Nick acabam desenvolvendo, resultando em um final enigmático.

“Nós amamos quem amamos. É uma porcaria”.

Tudo Acontece em Elizabethtown (Elizabethtown, 2005)

Drew (Orlando Bloom) está passando por uma situação muito difícil em sua vida. A empresa para qual ele trabalhava passa por um prejuízo de quase 1 bilhão de dólares por sua causa, o que faz com que Drew fique sem emprego, sem namorada e sem motivações na vida. Além disso, ele recebe a notícia de que seu pai morreu e tem que lidar com as situações legais do velório na cidade de Elizabethtown, no Kentucky.

 

Na viagem, Drew conhece Claire (Kirsten Dunst), uma aeromoça muito peculiar que, no primeiro momento, parece bastante irritante. Ela passa seu telefone para Drew, e os dois passam horas conversando, e Drew é contagiado pelas vibrações positivas que Claire passa. Na realidade, ele está perdida e encontra em Claire uma alternativa, uma forma de lidar com seus problemas.

Durante as viagens de carro pelas estradas norte-americanas, somos apresentados a paisagens características da região, além de ícones da cultura dos Estados Unidos, misturados com uma trilha sonora fantástica composta por blues, rock e country. O filme fala também sobre aceitação, sobre aceitar quem nós somos, pois isso liberta.

“A tristeza é mais fácil porque é entrega”.

Trilogia: Antes do Amanhecer |  Antes do Pôr-do-Sol | Antes da Meia-Noite (Before Sunrise, 1995 | Before Sunset, 2004 | Before Midnight, 2013)

Em “Antes do Amanhecer”, Jesse (Ethan Hawke) e Celine (Julie Delpy) se conhecem em uma trem na Europa. Ele, americano, de passagem pelo continente, ela, francesa, voltando para Paris. Os dois sentem uma conexão imediata, e quando Jesse pede para Celine descer com ele na parada em Viena, ela aceita, e os dois tem até a manhã seguinte para explorar a beleza da cidade, e para se conhecerem melhor, até que dê a hora de Jesse pegar seu voo de volta para os Estados Unidos. Os dois sabem que provavelmente depois dessa noite eles nunca mais irão se ver, mas, apaixonados um pelo o outro, eles prometem se encontrar na mesma estação de trem em Viena seis meses depois.

“Por que todos acham que conflitos são ruins? Muitas coisas boas surgem dos conflitos”.

“Antes do Pôr-do-Sol” se passa nove anos depois do primeiro filme. Jesse está divulgando seu livro em Paris e encontra com Celine por acaso. Eles se encontraram em Viena como combinado? O que aconteceu durante todo esse tempo que eles passaram sem se ver? Mais uma vez, os dois têm apenas uma tarde para andar pelas ruas parisienses e decidir se desta vez eles farão parte do futuro um do outro.

“Não se pode substituir ninguém, porque todo mundo é uma soma de pequenos e belos detalhes”.

Outros nove anos se passam desde o encontro de Jesse e Celine em Paris, dezoito anos depois daquele primeiro encontro no trem, e “Antes da Meia-Noite” mostra os dois explorando a Grécia, conversando sobre a vida e o caminho que trilharam até chegar onde chegaram.

Mas no fim do dia, não é o amor por outra pessoa que importa, mas sim o amor pela vida”.

Em todos os três filmes, o elemento principal é o diálogo. Ethan Hawke e Julie Delpy possuem uma química incrível, e conversam sobre questões filosóficas, transcendentais, falam sobre o amor, sobre a vida, sobre relacionamentos. Os dois representam personagens reais, tão reais que nem parecem estar atuando, e sim conversando naturalmente, com diálogos escritos pelo diretor Richard Linklater e pelos próprios atores. Jesse e Celine, quando andam por Viena, por Paris e pela Grécia, misturam-se aos cenários belíssimos da Europa, que fazem parte da narrativa, como um personagem a mais.

Em “Antes do Pôr-do-Sol”, podemos sentir a evolução dos personagens através do diálogo dos dois. Os problemas mudaram, algumas opiniões mudaram, mas os dois continuam os mesmos. Em “Antes da Meia-Noite”, o visual está cada vez mais lindo, e os personagens ainda mais reais, mais palpáveis. Os três filmes mostram isso, a vida como ela é, sem idealizações, apenas a realidade, e ao final do último filme, lembramos daquele primeiro momento, onde os dois se encontraram pela primeira vez, com uma sensação apaixonante no peito.

Brilho Eterno de uma Mente Sem Lembranças (Eternal Sunshine of the Spotless Mind, 2004)

Joel e Clementine se conhecem e se apaixonam, mas com o tempo, algo dá errado e os dois se separam. Joel descobre que Clementine contratou uma empresa especializada em apagar memórias da mente das pessoas para apagar Joel da sua vida. Ele, então, decide fazer o mesmo, para esquecer Clementine de uma vez.

Durante o processo para apagar as memórias, Joel começa a relembrar de várias situações que passou com Clementine, o que faz com que ele mude de ideia e queira mantê-la na sua mente. Joel começa a lutar contra o procedimento, fugindo através de um labirinto mental com a Clementine de suas memórias.

Este filme mostra situação de um término de namoro e o que ele pode causar com duas pessoas que antes se amavam, mas que agora só conseguem ver o que há de errado um com o outro. Você pode pensar, por que esse filme seria uma boa ideia para o Dia dos Namorados, então? Justamente por isso. Ao relembrar todas as coisas boas que passou com Clementine, Joel percebe que não quer esquecer, mesmo que isso lhe cause dor. “Brilho Eterno…” nos faz refletir sobre aquilo que temos hoje, e como é importante lembrar das coisas boas. Só assim podemos alcançar uma sensação de conclusão, sem sentir desprezo por alguém que já amamos.

“Eu estou exatamente onde deveria estar”

Todos os filmes listados passam uma boa mensagem para os casais apaixonados, seja ajudando a lembrar os motivos para gostar um do outro, ou ajudando a lidar com os problemas dos relacionamentos, e até passam uma mensagem sobre como aceitar a si mesmo e apreciar a vida. Então, escolha um filme da lista sem medo de errar  e aproveite o Dia dos Namorados com a pessoa que você ama.

Tem algum filme nesse estilo que você gosta e ficou fora da lista? Deixe nos cometários! E aproveite e nos diga o que achou das obras citadas, e qual é a sua favorita!

Louise Alves
@louisemtm

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