[LISTA] 10 filmes subestimados disponíveis no catálogo da Netflix
Separamos alguns filmes disponíveis no serviço de streaming que costumam ser esquecidos pelos algoritmos.
A maioria dos leitores do Cinema com Rapadura provavelmente se consideram cinéfilos, e acompanham notícias do mundo do cinema diariamente, estando sempre antenados nos grandes lançamentos. É provável também que este grupo de pessoas esteja ciente dos filmes menores, que passam despercebidos pelo grande público, e não costumam estar entre as sugestões da tela inicial de serviços de streaming.
Pensando nisso, resolvemos listar algumas sugestões de filmes subestimados disponíveis na Netflix. Esses longas normalmente possuem algumas características em comum: um consenso geral de aprovação da crítica especializada, uma baixa procura, e um carinho enorme daqueles que os assistiram.
No quesito animação, e para fugir um pouco da santíssima trindade Disney, Pixar e Ghibli, um destaque é “Klaus”, com produção própria da Netflix. Essa animação natalina possui uma trama sensível e tocante, além de incrivelmente inovar o já clichê tema da origem dessa data. Ok, não dá para se dizer que o filme passou batido, já que venceu o Annie Award e foi indicado ao Oscar, contudo, esse novo clássico de natal merece ser lembrado e revisto todos os anos.
Para quem gosta de filmes que puxam mais para o gênero de ação/suspense, dois membros relevantes do catálogo são “Nerve: Um Jogo sem Regras” e “O Homem nas Trevas”.
O primeiro traz um tipo de rede social nova, no qual os usuários são divididos em Jogadores ou Observadores, sendo que os Jogadores submetem-se a desafios propostos pelos colegas Observadores para ganhar dinheiro e seguidores. Com isso, os diretores Henry Joost e Ariel Schulman – que forem responsável pelo recente “Power” – se utilizam de uma estética diferente e uma paleta de cores neon, para tecer uma crítica social sobre os perigos das identidades que as pessoas assumem em suas vidas digitais.
Por sua vez, o segundo é uma produção menor de suspense que narra a história de três adolescentes que decidem assaltar a casa de um idoso cego. Contudo, reviravoltas levam a uma perseguição e a busca por sobrevivência. Extremamente bem-filmado, o longa se utiliza da característica física de seu antagonista para amplificar e subverter alguns momentos clássicos dos filmes de suspense, além de contar com alguns plot twists interessantes e um corajoso final.
Dentro do gênero de esportes, porém, dessa vez com uma temática um pouco mais dramática, vale lembrar de “Coach Carter – Treino para a Vida”. Esse longa baseado em fatos e estrelado por Samuel L. Jackson narra a história de um treinador de basquete que passa a trabalhar em sua antiga escola e entra em conflito com os funcionários e a comunidade local, por acreditar que o esporte e a educação devem caminhar juntos. Com um sutil, porém forte, teor de crítica racial e social, esse filme evidencia que constantemente o que diferencia o sucesso do fracasso é a existência de oportunidades e motivação.
Se você gosta de terror, existem duas opções um pouco diferentes entre si, entretanto igualmente competentes. “O Exorcismo de Emily Rose” se baseia na real história de um padre acusado de assassinato após a morte de Emily durante uma sessão de exorcismo. Ao mesclar o terror clássico com o drama de tribunal, o filme consegue assustar ao mesmo tempo em que questiona a existência de justiça quando se vai além da ciência.
Já “Invasão Zumbi” é um exemplar um pouco mais clássico do gênero de mortos-vivos. No entanto, esse longa sul-coreano se diferencia dos demais pela sua excelente abordagem técnica ao conseguir transmitir todo o desespero de um ataque dentro de um trem, bem como uma interessante crítica social entre as diferentes prioridades das classes sociais e um bom arco dramático de seu protagonista.
No caso da vontade ser de explodir a cabeça e ficar um pouco ressabiado com o que acabou de assistir, existe também a ficção científica misturada com terror “Aniquilação”. Dirigido e roteirizado por Alex Garland, aclamado diretor de “Ex_Machina: Instinto Artificial”, o longa mostra a personagem de Natalie Portman adentrando uma zona em quarentena após a queda de um objeto não identificado, em busca de seu marido que sumiu no local. Tratando sobre perda, depressão e luto, o filme possui cenas a princípio inexplicáveis e um final bastante aberto.
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Para quem quer dar uma respirada dos problemas da vida, também não faltam boas comédias no catálogo, o que, aliás, tem se tornado uma das especialidades da Netflix.
Dentro do clássico gênero de assalto, existe um belo exemplar pouco lembrado que é “Logan Lucky – Roubo em Família”. Com a direção do mestre Steven Soderbergh, da trilogia “Onze Homens e um Segredo”, a trama segue dois irmãos que bolam um engenhoso plano para realizar um assalto durante um corrida da NASCAR. Como sempre ocorre nesse tipo de filme, espere por várias reviravoltas de roteiro e personagens marcantes, porém, acompanhados por uma ótima direção e atuações consistentes de todo o elenco.
Já se você gosta de comédias românticas, vale lembrar de “Letra e Música”. Essa comédia esquecida mostra Hugh Grant como um músico pop dos anos 80, cuja carreira praticamente acabou após seu parceiro partir em carreira solo com suas composições. Fadado a viver do passado e tocar em pequenos eventos, tudo muda quando ele encontra a personagem vivida por Drew Barrymorre, que descobre ser uma ótima letrista. Com uma excelente trilha sonora e ótimas atuações, o filme não surpreende mas se mostra um ótimo feel good movie.
Parte do gênero coming of age, o filme “Quase 18” traz uma Hailee Steinfeld em uma atuação brilhante sobre as dificuldades da adolescência, que poderia muito bem ter sido dirigida pelo mestre John Hughes. Sua protagonista é uma típica jovem em momento delicado da vida: chata, arrogante, teimosa, com dificuldades de fazer amigos e uma relação complicada com a sua mãe e seu irmão quase perfeito. Destaque para os questionamentos bastante profundos da obra, embora contados com leveza, e para a atuação de Woody Harrelson como professor de Nadine.
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