Descubra nove curiosidades sobre a categoria Melhor Filme Estrangeiro do Oscar
Mesmo não contando com o apelo do grande público, os filmes presentes nesta categoria costumam se equiparar - ou até mesmo ultrapassar - à qualidade dos longas hollywoodianos.
Dentre as categorias da premiação do Oscar, a de Melhor Filme Estrangeiro é uma das menos apelativa para público, mas que acaba trazendo os longas mais aclamados pela crítica mundialmente e vencedores de premiação nos grandes festivais mundo à fora. Com a estreia dos indicados “Sem Amor” (Rússia) e “O Insulto” (Líbano), o Cinema Com Rapadura listou nove curiosidades diferentes e bem intrigantes sobre a categoria, que está dentre as mais históricas da Academia.
Era um prêmio honorário
A categoria acabou adentrando na maior premiação da sétima arte apenas no ano de 1948, quando o filme italiano “Sciuscià“ venceu. Antes disso, essa condecoração era apenas honorária, já que não existia uma disputa verdadeira na categoria. Nesse início, apenas películas feitas na Itália, França e Japão venceram. O último longa a conquistar sem uma disputa real foi o japonês “Samurai: O Guerreiro Dominante“, em 1956. A partir daí, a categoria passou a ser disputada sempre por cinco obras.
A premiação é para o país de origem do filme
Quando algum longa é considerado o Melhor Filme Estrangeiro do ano, não é o seu produtor que é convidado a receber a estatueta, mas sim o diretor da obra, que representa todo o país. Diferente das demais, essa categoria premia não uma pessoa especificamente, mas sim a produção cinematográfica daquele país vitorioso.
Itália é a maior vencedora
Dentro das indicações, há sempre uma extrema predominância do cinema europeu, continente com o maior número de vitórias (56 conquistas de 68 disputas). Dentre todos os países, a Itália é a maior vencedora, com 11 estatuetas de 28 indicações ao longo de toda a história do troféu. O diretor mais premiado é também é do país europeu, já que Frederico Fellini já venceu a categoria com quatro de suas obras: “A Estrada da Vida“ (1954), “Noites de Cabíria” (1957), “Oito e Meio” (1963) e “Amarcord“ (1973).
Únicas vitórias da África com filmes
Mesmo sendo o continente com menor relevância cinematográfica mundialmente, a África teve suas únicas vitórias com filmes aqui, quando três produções se tornaram vencedoras. A primeira foi o argelino “Z“ (1969), depois veio “Preto e Branco em Cores” (1976), representando a Costa do Marfim, e a última veio com o sul-africano “Infância Roubada“ (2005).
América do Sul tem apenas duas estatuetas
A América do Sul é um dos continentes com o menor contingente de prêmios nessa categoria, com apenas dois êxitos, ambos obtidos pela Argentina. Os vencedores foram “A História Oficial“ (1985) e “O Segredo dos Seus Olhos“ (2009). Além disso, o país acumula sete indicações ao prêmio – o recordista do continente -, sendo a última delas em 2015, com “Relatos Selvagens”.
Brasil já teve quatro indicações
Apesar de já ter sido lembrado em outras situações nas demais categorias, na de Melhor Filme Estrangeiro o país tupiniquim foi lembrado apenas quatro vezes em sua história, com “O Pagador de Promessas“ (1962), “O Quatrilho“ (1995), “O que é isso, Companheiro?“ (1997) e “Central do Brasil“ (1998).
Poucas indicações simultâneas para Melhor Filme e Melhor Filme Estrangeiro
Apenas cinco vezes na história da Academia houve um filme indicado para a categoria de Melhor Filme e Melhor Filme Estrangeiro, mas nenhum deles chegou a vencer na principal condecoração. São eles: “Z“ (1969), “Os Emigrantes“ (1971), “A Vida é Bela” (1998), “O Tigre e o Dragão” (2000) e “Amor“ (2013). Destes, apenas “Os Emigrantes” também não venceu na categoria de fora do circuito hollywoodiano.
Apenas 6 obras ganharam em mais de uma categoria, além de Melhor Filme Estrangeiro
Dentre as obras que venceram o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, apenas seis também foram vencedores em outras categorias – excluindo aqui a principal, já citada no item anterior. São eles: “Oito e Meio” (1963), que venceu também Melhor Figurino; “Um Homem, Uma Mulher“ (1966), que também faturou Melhor Roteiro Original; “Z” (1969), que também venceu como Melhor Edição; “Fanny e Alexander“ (1983), que levou em Melhor Fotografia, Melhor Figurino e Melhor Design de Produção; “A Vida é Bela” (1998), que faturou também como Melhor Ator e Melhor Trilha Sonora Original; e “O Tigre e o Dragão“ (2000), que conseguiu conquistar Melhor Fotografia, Melhor Design de Produção e Melhor Trilha Sonora.
Um dos filmes mais longos a ganhar um Oscar saiu dessa categoria
Um dos filmes mais longos de todos os 89 anos da Academia a ganhar um Oscar foi “Guerra e Paz“ (1966), vencedor do Melhor Filme Estrangeiro no ano de 1969. Com 7 horas e 7 minutos de duração, a obra só foi ultrapassada em 2017, quando “O.J.: Made in America” (2016) venceu como Melhor Documentário, com suas 7 horas e 47 minutos.
Qual destas curiosidades mais chamou sua atenção? Conhece algum dos filmes citados? Qual a sua aposta para este ano na categoria Melhor Filme Estrangeiro? Deixe um comentário para nós!