Cinema com Rapadura

Colunas   quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

10 filmes na Netflix que ajudarão a quebrar a mesmice da última semana do ano

Uma lista com os longas mais diversos e inesperados, prontos para te fazer entrar em 2018 com otimismo e leveza... ou não.

É época de festas e muitos de nós fugimos da correria do nosso dia a dia para o conforto (ou nem tanto) dos lares de nossas famílias para comemorar o Natal e o Ano Novo. Mas enquanto 2018 não chega, temos uma semana de tédio para enfrentar. Pensando nisso, o Cinema Com Rapadura separou 10 filmes que estão na Netflix que podem te ajudar a sair do marasmo e quem sabe até levar uma mensagem positiva para o novo ano:

“Um Brinde À Amizade” (2013)

Kate (Olivia Wilde) e Luke (Jake Johnson) são funcionários de uma fábrica de cerveja, e ótimos amigos. Com gostos parecidos, os dois sempre flertaram um com o outro, mas nunca investiram em algo além de amizade, porque Luke está pensando em se casar com sua namorada, Jill (Anna Kendrick), e Kate namora um produtor musical, Chris (Ron Livingston).

Por que assistir? Dirigido por Joe Swanberg, também responsável pela série original NetflixEasy”, o filme possui apenas 1h13min e segue uma estrutura bem simples de narrativa, com um verdadeira vibe de filme feito com os amigos, com pouquíssimos gastos. Mas a obra tem sua mensagem central como destaque: a importância da amizade, acima das distrações do amor. Como já visto em filmes como “Harry & Sally – Feitos Um para o Outro”, uma amizade entre um homem e uma mulher pode ser confusa quando os sentimentos se misturam, mas nem sempre o romance acaba sendo o resultado final para todos, e isso não é algo ruim.

“Tudo Acontece Em Elizabethtown” (2005)

Drew (Orlando Bloom) acaba de perder seu emprego e sua namorada, ao mesmo tempo que recebe a notícia do falecimento de seu pai. Assim ele tem que voltar para a pequena cidade onde vivia, e é obrigado a aceitar seus defeitos como parte de quem ele é. E a aeromoça Claire (Kirsten Dunst), sua mais nova amiga, irá ajudá-lo nessa jornada.

Por que assistir? Cameron Crowe é conhecido por ter dado ao cinema obras feel-good com mensagens para levar para vida inteira, como “Quase Famosos” e “Compramos Um Zoológico”, e com “Tudo Acontece Em Elizabethtown” não é diferente. O personagem Drew está passando por perda depois de perda, e não sabe como lidar com o fracasso, até que é forçado a isso. Sem perder a leveza, este filme nos mostra que para descobrir quem somos verdadeiramente, temos que aceitar nossos defeitos e qualidades, sem também esquecer que nossa família tem grande parte no que nos tornamos.

“Alta Frequência” (2000)

John Sullivan (Jim Caviezel) se depara com uma oportunidade inesperada. Uma tempestade elétrica permite que ele tenha a chance de falar com seu falecido pai (Dennis Quaid), pelo mesmo rádio, na mesma casa, só que com 30 anos de distância entre eles. Assim, John terá a chance de salvar seu pai do fatídico acidente que o matou. Mas será que mudar esse acontecimento não irá acarretar em consequências piores?

Por que assistir? Com a ferramenta de viajar no tempo, mesmo que apenas pelas ondas de rádio, o filme apresenta uma problemática interessante. Se alguém mudasse um evento de sua vida que o afetou profundamente, como a morte do pai, podendo salvar sua vida e assim mudando também seu próprio futuro, o universo não teria que compensar pela mudança de alguma forma? Ao mesmo tempo que “Alta Frequência” aborda esse elemento, a obra também se mostra como um filme policial, de investigação, e acima de tudo, mostra a emocionante relação entre pai e filho.

“Ela” (2013)

Um belíssimo retrato da sociedade moderna, “Ela” não poderia ser mais atual. O filme dirigido por Spike Jonze consegue ser tão original quanto charmoso, mesmo abordando o tema mais batido do cinema: os relacionamentos. Para isso, Jonze se utiliza de uma capa de ficção científica para mostrar como as relações de amor e amizade são cada vez mais finitas conforme a tecnologia evolui.

Por que assistir? Em “Ela”, nós somos brindados com as atuações maravilhosas de Joaquim Phoenix e Scarlett Johansson. Enquanto um consegue passar toda a melancolia de um escritor em crise após a separação, a outra, utilizando apenas a voz, mostra uma naturalidade tão convincente que chega a ser inacreditável ela não ser humana. Muito emocionante, não há como não se identificar em algum momento com a relação entre os protagonistas. Mas é aquele filme que te faz sentir muito bem no final.

“Lilo & Stitch” (2002)

Mais de quinze anos depois do lançamento, ainda é impossível não se encantar com a história de amizade entre a garotinha Lilo e seu “cachorrinho” alienígena Stitch.

Por que assistir? A animação dos estúdios Disney cumpre um papel maravilhoso, pois diverte ao mesmo tempo que nos traz ensinamentos valiosos sobre quebra de barreiras, amor familiar (independente da configuração) e enxergar o melhor lado dos outros. Outro destaque vai para a trilha sonora encantadora composta por Alan Silvestri. Trazendo agradáveis músicas típicas do Havaí e a participação imprescindível do rei Elvis Presley, o filme é um pacote de diversão completo, perfeito para assistir com toda sua Ohana.

“Sr. e Sra. Smith” (2005)

Pegue um filme de ação onde praticamente todas as cenas são bem pouco plausíveis, até mesmo para esse gênero. Adicione a química sensacional entre Brad Pitt e Angelina Jolie, assassinos de aluguel capazes de nos fazer acreditar numa briga de casal onde ambos são treinados e capazes de matar. Apesar de John (Pitt) e Jane Smith (Jolie) trabalharem como matadores, ambos escondem suas ocupações um do outro. A situação do casal muda drasticamente quando cada um recebe uma nova tarefa de suas respectivas agências, o que faz com que eles acabem fazendo parte da mesma missão.

Por que assistir? Escrito por Simon Kinberg – especialista em pipocões (nem) sempre bons -, o longa é diversão garantida, ainda mais se a sala estiver lotada de gente concentrada em qualquer outra coisa aleatória! Junte bastante adrenalina, diálogos divertidos e muitos clichês e você terá “Sr. e Sra. Smith”, filme perfeito para animar esse fim de ano.

“Scott Pilgrim Contra o Mundo” (2010)

Scott Pilgrim (Michael Cera) é um jovem confuso, que acaba de sair de um relacionamento traumático e se apaixona perdidamente pela garota perfeita: Ramona Flowers (Mary Elizabeth Winstead). O problema é que ela possui sete namorados do mal que tentarão impedi-lo de atingir a total felicidade.

Por que assistir? Um filme pra cima, que mostra a superação gradual de alguém que parou de acreditar em si mesmo e que luta, literalmente, para conquistar a sua auto estima de volta. Quer uma lição melhor para levar adiante em 2018?!

“Frank” (2014)

John Burroughs (Domhnall Gleeson) sonha em ser tecladista e compositor de uma grande banda. Um dia, um acidente lhe fornece a oportunidade de tocar em um grupo, liderado por Frank (Michael Fassbender). John fica fascinado com este vocalista, ao mesmo tempo generoso e estranho, e marcado por uma peculiaridade: ele nunca retira a sua gigantesca cabeça artificial, nem mesmo para comer, tomar banho ou dormir.

Por que assistir? Será que as coisas que idealizamos são realmente do jeito que queremos? Frank é um filme independente, praticamente desconhecido, que responde com muito bom humor e uma trilha sonora incrível, essa pergunta que nos rodeia por boa parte da vida. Nada melhor do que testemunhar isso antes da virada do ano!

“O Troco” (1999)

Porter (Mel Gibson) é um criminoso que foi traído em um golpe e acaba preso. Após pagar sua pena, o bandido desafia a “Organização”, uma enorme, rigorosa e absurdamente armada corporação fora da lei, apenas para receber a sua parte roubada: 70 mil dólares.

Por que assistir? Este longa deveria se chamar: “Vingança – O Filme”! Mel Gibson arrebenta quase toda a cidade e mata todos que cruzam o seu caminho apenas por um objetivo: receber os seus 70 mil dólares de volta. Nem mais, nem menos. Assistir este filme agora, além de trazer aquela sensação de prazer que só os melhores filmes de vingança podem causar, pode ser um ótimo descarrego para todas as injustiças que presenciamos e vivenciamos este ano de 2017. Faça um exercício: coloque mentalmente um “vampiro”, infelizmente extremamente conhecido por nós brasileiros, no lugar de um dos capangas estraçalhados por Gibson no filme e seja feliz!

“Jumanji” (1995)

O jovem Alan Parrish descobre um jogo de tabuleiro chamado Jumanji, mas ele logo descobre que o jogo reserva uma surpresa sinistra para ele. Quando começa a jogar com sua amiga, Alan é engolido pelo jogo e é penalizado a ficar preso em uma floresta até que outra pessoa volte a jogar o temido Jumanji e tire um cinco ou oito nos dados. Sua amiga, atacada por morcegos, foge, e apenas 26 anos depois Alan, agora interpretado por Robin Williams, terá a chance de voltar à realidade e acabar de uma vez por todas essa temida partida.

Por que assistir? Além de relembrar do ator Robin Williams, que faleceu a três anos e que nos trouxe muitas alegrias e alguma tristeza com seus fantásticos filmes, você poderá se preparar para a ótima continuação/remake “Jumanji: Bem Vindo à Selva”, capitaneada por Dwayne “The Rock” Johnson, Jack Black, Kevin Hart e a talentosa Karen Gillan.

E você, quais são seus filmes favoritos da Netflix que te fazem sair da mesmice do fim de ano? Comente e monte a sua lista. Assim, além de expressar a sua opinião, você ajuda outros leitores a conhecer novas obras cinematográficas inesquecíveis.

Rogério Montanare
@rmontanare

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