Cinema com Rapadura

Colunas   terça-feira, 29 de junho de 2010

Entrelinhas. Afinal, muita coisa no cinema e nos cinéfilos é por aí…

Uma outra forma de gostar de cinema.

– Escreve um projeto.
(Como assim: “escreve um projeto”?)

Essa foi a resposta que recebi ao sugerir ao Diego Benevides que o Cinema com Rapadura tivesse alguém para falar de cinema como um simples e agradável lazer, ou um mero passatempo (os leitores desse portal vão me matar por eu ter dito isso?). Então, ao invés de fazer um projeto, resolvi logo escrever a primeira coluna, afinal, a audácia aqui bateu e ficou.

Eu adoro assistir filmes, novelas, desenhos… tudo que envolve edição de imagem. Já editei alguns vídeos caseiros na minha vida e descobri que a vida editada é bem mais divertida (pelo menos quando se quer que esse vídeo seja divertido). Porém, nunca tive interesse em aprofundar os meus conhecimentos cinematográficos. Por quê? Para mim, técnica demais tira a emoção e cinema tem que ter aquele frio na barriga no clímax, a sensação de se transportar para história como se fosse você que estivesse ali. Analisar o filme enquanto se assiste tira isso, pelo menos eu não consigo, ou eu entro na história ou analiso. Esse negócio de fazer tudo ao mesmo tempo eu deixo para os hiperativos de plantão.

A ideia dessa coluna é falar abertamente, sem influências de técnicas ou conhecimento histórico do cinema. Nada de análises de cortes, de roteiros, de fotografias, de atores e diretores premiados. Aqui, o que rola são bastidores. Por isso o nome Lanterna. Para quem não sabe, no passado (do qual eu não fiz parte) tinha uma figura dentro dos cinemas que se chamava Lanterninha. Ele não deixava ninguém namorar durante as exibições, nem colocar os pés na poltrona da frente, dentre outras coisas. Então, que fique bem claro… a intenção dessa coluna é falar de entrelinhas.

Oscar? Nem lembro se assisti algum na vida. Para mim, esse não passa de um evento com celebridades ousando nos looks, desfilando por um tapete vermelho e posando para fotos, que saem nas revistas de fofoca da semana seguinte. Não entendo nada do que os apresentadores da Globo comentam e me sinto um lixo quando todo mundo resolve comentar os vencedores no dia seguinte.

Essa coluna é para falar daquele ator lindo do filme, ou daquela atriz gostosa que você morre de inveja, ou daquele beijo que você sonha dar um dia, ou do baita susto que você levou com aquela cena, ou identificar traços na personalidade de alguns personagens, ou falar da emoção que sentiu, ou da emoção que a pessoa do seu lado sentiu, ou da falta de educação das pessoas na sala de cinema, ou dos aplausos que os filmes infantis tiram das crianças, ou dos encontros que as filas para a compra do ingresso proporcionam. São tantos “ou”, tantas possibilidades. A ideia é escrever de coração aberto, sem medo.

Karol Ximenes
@karolximenes

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