Feito na mesma plataforma do aclamado Call of Duty 4: Modern Warfare, Quantum of Solace é um game que possui bastante ação e pouco tempo pra conversa fiada, fazendo com que os jogadores que não assistiram ao filme boiem um pouco na história, pois o game só traz citações dela nos briefings das missões e nas cenas não-interativas em CG, que servem apenas para a introdução das fases.

Como foi desenvolvido junto ao filme, mas sem a presença dos produtores do game nos sets de filmagens, essas cenas são reinterpretações do roteiro e, consequentemente, não são apresentadas da mesma forma que na versão cinematográfica, sendo algumas até mais bacanas no jogo do que no filme, como a primeira fase, que serve de introdução e funciona melhor como prólogo do que a perseguição de carros da versão das telonas, mostrando inclusive o tradicional gun barel, sempre visto na abertura, mas que ficou no final do filme.

O jogo segue os eventos de Quantum of Solace (QOS) até o ponto em que Camille (Olga Kurylenko) fala para Bond (Daniel Craig) o motivo pelo qual ela quer se vingar do general Medrano (Joaquín Cosio), com isso entra um flashback cuja intenção é mostrar o motivo pelo qual 007 também quer sua vingança, aí você começa a jogar os acontecimentos de Cassino Royale, desde a perseguição do fabricante de bombas na África, até o desmoronamento da casa em Viena para, aí sim, voltar aos eventos de QOS.

No PS2, o game se passa inteiro com visão em terceira pessoa (estilo Tomb Raider ou os últimos games do 007), porém nos consoles “next gen” (Xbox 360 e PS3), é sempre em primeira (como Doom ou Halo), com exceção de quando você se protege atrás de paredes, mesas, colunas ou qualquer objeto (tal como em Gears of War), ou quando se deve passar por alguma plataforma estreita, onde algumas vezes entra um sistema de picture in picture mostrando a posição dos oponentes para ser possível saber o melhor momento de passar por uma janela ou vão.

As partes de stealth são poucas e não obrigatórias, já que você pode simplesmente dar uma de Rambo e mandar bala em todo mundo. Existem também lutas mano-a-mano, onde é preciso apertar sequências de botões que aparecem na tela, tal como em Bourne Conspiracy.

Infelizmente, Quantum of Solace não possui multiplayer offline, que fez tanto sucesso lá no GoldenEye do Nintendo 64, restando a opção de se jogar online, onde o game flui bem, sem slowdowns e com partidas bem disputadas.

A trilha sonora usada no game é a mesma dos filmes, e a dublagem das falas foi feita pelos próprios atores, e suas faces também estão lá. Os efeitos sonoros, como explosões, tiros e coisas quebrando são muito competentes, produzindo uma boa sensação de imersão nos tiroteios. Os gráficos não contam com o mesmo nível de detalhes de Call of Duty 4: Modern Warfare, mas traz os cenários dos filmes muito bem reproduzidos.

A Activision prometeu que Quantum of Solace seria o melhor jogo da série desde GoldenEye, do falecido Nintendo 64. Não chega a tanto, mas o game não deixa de ser um dos melhores títulos do agente britânico, garantindo o segundo posto na peleja.

PRÓS
– 007 é sempre bom
– Ação de bom nível
– Vozes e faces originais
– Olga Kurylenko (Oh Lord!)

CONTRAS
– Curto
– Sem multiplayer offline