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Notícias   sábado, 10 de março de 2018

Estilista Haley Camille Freedman acusa ator Ed Westwick de estupro e cárcere privado

Crimes teriam ocorrido em 2014 na residência do ator de "Gossip Girl". Essa é a quarta acusação de assédio sexual contra ele, todas de mulheres diferentes.

Estilista Haley Camille Freedman acusa ator Ed Westwick de estupro e cárcere privado>

Atenção: o relato da notícia pode ser um gatilho emocional para pessoas que vivenciaram traumas semelhantes.

A estilista Haley Camille Freedman, que trabalhou na revista de moda Kat & Bare, acusou o ator Ed Westwick (da série “Gossip Girl”) de mantê-la sob cárcere privado por dois dias em sua residência e estuprá-la repetidas vezes, tendo os crimes ocorrido em 2014.

As informações foram obtidas pelo Daily Mail, que teve acesso ao processo movido por Freedman contra seus ex-sócios da revista,  na qual ela afirma que foi demitida em razão de ter revelado os crimes praticados pelo ator. Na petição, de 129 páginas, os advogados da estilista descrevem Westwick como “monstruoso“, “estuprador recorrente“, e “alcóolico, louco e abusivo“.

Segundo consta no documento, Freedman e Westwick se conheceram em uma festa, ocorrida no dia 05 de agosto de 2014, na qual ambos demonstraram interesse mútuo, e passaram a flertar, posteriormente trocando beijos. Os dois, então, deixaram a festa juntos e se dirigiram para a residência do ator, na qual praticaram sexo consensual.

A vítima relata que, durante o ato sexual, Westwick se tornou violento e agressivo, exigindo que ela o estrangulasse e batesse em seu rosto. Freedman afirma que se recusou e que, após isso, passou a ser enforcada e surrada pelo ator, que também teria cuspido em seu rosto. Segundo o documento, tudo foi feito contra a vontade de Freedman, que expressou vocalmente seu desconforto.

Após o ato sexual, a petição relata que Freedman queria somente ir para casa. Porém, ao notar que não possuía sinal ou internet em seu celular, ficou impossibilitada de pedir carona. Ao pedir para Westwick levá-la, ele teria concordado, entretanto, passou a adiar cada vez mais a ida.

Durante todo esse período, Westwick continuava avançando sexualmente contra a vítima, mesmo com ela deixando claro que não tinha mais interesse e vontade de fazer sexo com ele.

Freedman afirma que Westwick passou a ficar “cada vez mais assustador, perturbado e irritado“, chegando a tirar suas roupas a força e estuprando-a repetidamente, além de praticar ameaças verbais e físicas, e impossibilitar que a vítima deixasse o local ou contatasse outra pessoa, chegando a afirmar que não a deixaria ir embora “até que terminasse de estuprá-la e se desse por satisfeito”. Segundo os documentos, o ator ainda aparentava distúrbios mentais, pois “teria momentos onde ia para próximo à uma parede do quarto no escuro, sussurando incoerências raivosas sozinho.

Após cerca de dois dias de repetidos abusos e ser mantida refém, Freedman foi finalmente levada por Westwick de volta para o seu carro no dia 07 de agosto. Em seguida, a vítima realizou uma consulta junto a sua ginecologista e um exame de corpo de delito no dia 13 de agosto, o qual concluiu que ela ainda “estava fisicamente lesionada, sangrando internamente e com infecções e rupturas em sua área genital”.

A vítima relatou o ocorrido para alguns familiares, contudo, não reportou o incidente para a polícia, em razão de ter a sua carreira prejudicada, como usualmente acontece com as vítimas de assédio sexual. Freedman, então, se fechou ao seu trauma e passou a tentar se concentrar em seu trabalho.

O documento relata, ainda, que em 2017 – cerca de três anos após os crimes – ela se encontrou novamente com Westwick, que estava namorando uma das modelos com quem Freedman trabalhava. Ela alertou a modelo para tomar cuidado com o comportamento agressivo do ator, e ainda foi ameaçada por Westwick a manter silêncio.

Freedman afirma que, quando diversas denúncias de assédio em Hollywood vieram à tona no último ano, incluindo contra Westwick, ela se sentiu forte o suficiente para revelar o ocorrido, decidindo recontar a história. Contudo, afirma que em razão de sua denúncia, foi afastada da revista Kat & Bare por seus sócios e teve a sua carreira prejudicada, assim como temia à época dos crimes.

O ano de 2017 foi marcado por uma série de denúncias de assédio na indústria cinematográfica. Em resposta a essas denúncias, foram criados movimentos como “Time’s Up” e “#MeToo“, que propõe um plano de ação para combater os assédios morais e sexuais sistêmicos que assolam a indústria e áreas de trabalho envolvendo habilidades manuais, como a construção.

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Giovanni Mosena
@giovannimosena

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