Atenção: essa notícia contém spoilers sobre “Capitã Marvel”.

Em entrevista ao ET, a editora de “Capitã Marvel“, Debbie Berman, revelou que sugeriu alterações no final do filme, assim como fez em outros filmes da Marvel que editou, como “Homem-Aranha: De Volta ao Lar” e “Pantera Negra”. Na entrevista, Berman foi perguntada sobre a sugestão que deu para o final do longa de 2018. Ela inspirou Ryan Coogler, diretor do filme, a criar a cena final, em que T’Challa e Shuri visitam Oakland e conversam com alguns garotos na mesma quadra de basquete em que o filme tem início.

Perguntada se também deu sugestões em “Capitã Marvel”, Berman explicou como seria o final original e o que foi adicionado a seu pedido:

“Na verdade, eu sugeri sim alguns ajustes no final do filme. Terminava com ela voando sozinha rumo ao espaço e achei isso meio dissonante. Tipo, onde exatamente ela estava indo? E o que estava fazendo? Parecia que a gente precisava de um visual mais poderoso pra ter uma justificativa mais específica pra ela partir e desaparecer por tantos anos. Então, adicionamos Talos e sua família esperando por ela, e todos vão embora juntos. Isso deu a ela mais que um senso de propósito e tornou mais fácil acreditar que ela deixou sua recém descoberta nova vida na Terra porque ela estava com um amigo com quem sabíamos que se importava, e para uma missão mais específica. Deu mais ressonância e fechamento para o seu momento final no filme.”

Berman falou ainda sobre outras mudanças que propôs enquanto editava a obra:

“Eu lembro quando cheguei na fala em que ela diz ‘Meu nome é Carol’, e tinha um take em que uma lágrima escorria pela sua bochecha. E eu tinha um monte de outros takes dessa fala em que ela dizia isso de um jeito estoico, de um jeito durão. E eu estava propensa a usar esse tipo de take, porque era o que eu vinha observando na personagem. De alguma forma, fui programada pra sentir que ela sendo forte e sem emoção era a pegada certa. E todos os takes traziam grande interpretação, você podia sentir o poder dela. Mas então, eu pensei: ‘Eu nunca vi um super-herói chorar dizendo essas frases tão duronas’. E, honestamente, se eu tivesse passado por tudo que ela passou, não importa o quão forte eu estivesse me sentindo naquele momento, acho que estaria tendo uma variedade de experiências emocionais simultaneamente. Então, eu escolhi o take ‘durona, mas chorando’. E, de novo, eu estava esperando que haveria resistência a essa ideia, mas fiquei surpresa e encantada quando vi que todo mundo adorou. É um dos momentos mais poderosos do filme. É algo novo e inesperado, e Brie [Larson] realmente o interpretou muito bem. E eu usei, porque foi algo que pareceu real pra mim.”

Em “Capitã Marvel”, Carol Danvers (Brie Larson) é uma guerreira de uma elite militar da raça alienígena Kree, chamada Starforce, liderada pelo comandante interpretado por Jude Law. Mas algo traz Carol à Terra, e isso desperta perguntas sobre seu passado. Além disso, ela tem de lutar contra os Skrulls, criaturas capazes de mudar de forma.

O elenco ainda conta com Samuel L. Jackson e Clark Gregg, que retornam aos papéis de Nick Fury e Phil Coulson, respectivamente; e com Lee Pace e Djimon Hounsou, que reprisam seus papéis de “Guardiões da Galáxia“. A produção também é estrelada por Ben Mendelsohn (“Jogador N°1”), Ana Ayora (da série “Banshee”), Lashana Lynch (“Brotherhood”), Annette Bening (“A Vida em Si”) e Gemma Chan (“Podres de Rico”). O roteiro é de Geneva Robertson-Dworet (“Tomb Rider: A Origem”) e a direção fica por conta de Ryan Fleck e Anna Boden (“Parceiros de Jogo”).

“Capitã Marvel” está em cartaz nos cinemas brasileiros.

Saiba Mais: Capitã Marvel, Debbie Berman