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Notícias   quinta-feira, 24 de maio de 2018

GLAAD aponta queda em representatividade LGBT nos cinemas em 2017

Mesmo com filmes como "Me Chame Pelo Seu Nome" ganhando destaque no Oscar, representatividade LGBT é de apenas 12%

GLAAD aponta queda em representatividade LGBT nos cinemas em 2017>

A ONG estadunidense Aliança Gay e Lésbica Contra a Difamação (“GLAAD” em inglês), que reconhece e homenageia a representatividade da comunidade LGBT em diferentes setores do entretenimento, divulgou esta semana um relatório que estudou 109 filmes lançados em 2017 e  indicou queda na representatividade LGBT.

Por mais que “Me Chame Pelo Seu Nome” tenha ganhado grande destaque no Oscar, ao receber o prêmio de Melhor Roteiro Adaptado, a queda em representação de personagens gays, lésbicas, bissexuais, trans e não cis caiu de 18% em 2016 para 12% em 2017, sendo essa a porcentagem mais baixa desde que o GLAAD começou com seu relatório anual em 2012.

Dos 109 filmes analizados, o estudo apontou que apenas 14 continham personagens LGBT. O estudo mostrou também que metade das aparições de personagens LGBT tiveram menos de 5 minutos de tela.

Personagens gays não brancos representaram 16 dos 28 identificados nos filmes de 2017, indicando assim 57% dos personagens LGBT, sendo que no ano anterior o numero de papéis de outras etnicidades que não branca era de apenas 20%.

Juntamente com o estudo, a presidente e CEO do GLAAD Sarah Kate Ellis, solicitou para que os grandes estúdios procurem incluir pelo menos 20% de personagens LGBT até 2021 em seus filmes, e mantenham uma crescente até que se atinja 50% em 2024.

Outro dado interessante do estudo mostra que os homens são maioria dentre os personagens LGBT, completando um total de 64%. O estudo não aponta nenhum aumento de representação lésbica ou bissexual, e nenhum personagem trans foi representado em nenhuma etnicidade nos filmes analisados.

No final do estudo o GLAAD atribui notas aos estúdios dos filmes que tenham boa representação LGBT qualitativa. Pela queda de representação obviamente nenhum estúdio recebeu se quer uma nota de “boa representação”. A notas variaram entre “insuficiente” para “inexistente”.

Veja o relatório completo na integra em língua inglesa aqui.

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Luísa Maxwell
@lu_fachin

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