Harvey Weinstein é expulso do sindicato de produtores dos EUA
O produtor de cinema recebeu diversas acusações de assédio sexual ao longo do último mês.
O sindicato dos produtores cinematográficos dos Estados Unidos anunciou na última segunda-feira (30/10) a expulsão do produtor de cinema Harvey Weinstein, afirmando que atos de assédio sexual não serão tolerados na organização.
“Diante da conduta amplamente informada do senhor Weinstein, a junta nacional do sindicato dos produtores aprovou, por unanimidade, impor a proibição vitalícia ao senhor Weinstein, expulsando-o de maneira definitiva”, disse o conselho dirigente do órgão em nota.
Tudo começou com a publicação de uma reportagem do The New York Times no início de outubro, que apontava que Weinstein era o responsável por três estupros e vários casos de assédio sexual. Atrizes como Ashley Judd (“A Série Divergente: Convergente“), Lena Headey (da série “Game of Thrones“), Léa Seydoux (“007 Contra Spectre”), Sean Young (“Blade Runner”), Rose McGowan (“Planeta Terror”), Gwyneth Paltrow (“Homem-Aranha: De Volta ao Lar”) e Angelina Jolie (“Malévola”) foram algumas das que relataram casos de assédio por parte do produtor e novas denúncias continuam surgindo.
Após as acusações, Weinstein foi demitido da The Weinstein Company, empresa fundada por ele em 2005. Além disso, o produtor também teve sua parceria com a Disney desfeita e foi expulso da Academia de Ciências e Artes Cinematográficas dos EUA e da Academia Britânica de Cinema e Televisão, responsáveis pelas premiações do Oscar e BAFTA, respectivamente.
Weinstein declarou ao The New York Times:
“Entendo que a forma como me comportei com colegas no passado causou muita dor e sinceramente me desculpo por isso. Embora eu esteja tentando melhorar, sei que tenho um longo caminho pela frente. Esse é meu compromisso. Minha jornada agora será aprender sobre mim mesmo e vencer meus demônios”.
As denúncias estão sendo investigadas pelos departamentos de polícia de Nova York e Los Angeles. Segundo especialistas consultados pelo The Guardian, Weinstein pode cumprir uma pena de até 25 anos de prisão.
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