Segundo o THR, um júri composto de sete homens e cinco mulheres considerou Harvey Weinstein, ex-produtor de Hollywood, culpado de duas das cinco acusações criminais que enfrentou no estado de Nova York. Weinstein foi condenado por agressão sexual criminal em primeiro grau e estupro em terceiro grau. A pena de cada acusação é de cinco a 25 anos e 18 meses a quatro anos, respectivamente. O veredito foi anunciado após cinco dias de deliberação e Weinstein foi preso sob custódia contra os protestos de seus advogados, que citaram seu estado de saúde.

A condenação vem um ano e meio depois das alegações de assédio terem vindo à público. Em maio de 2018, o ex-magnata do cinema foi formalmente acusado e preso por estupro e pela prática de outros atos considerados como má conduta sexual. À época, ele respondeu o processo em liberdade, após pagamento de US$ 1 milhão em fiança e comprometimento em não viajar para fora de Nova York e Connecticut sem autorização prévia, além do uso de dispositivo de monitoramento.

Tais declarações acusatórias culminaram no surgimento das campanhas Me Too e Time’s Up, movimentos coletivos contra violações baseadas em gênero que ecoaram principalmente em Hollywood. O desfecho do caso Weinstein até o momento é considerado uma vitória parcial dessas ações e seus desdobramentos, com grande importância para todos os sobreviventes de assédio, abuso e agressão no trabalho, localizados numa estrutura de poder patriarcal que se mantém quase intacta.

A sentença final de Weinstein será definida, pela corte novaiorquina, em 11 de março. Ele ainda enfrenta quatro acusações similares no condado de Los Angeles.

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