Segundo o IndieWire, uma coalizão entre sindicatos de Hollywood, que incluem o SAG-AFTRA, Sindicato dos Atores, e o DGA , Sindicato dos Diretores, divulgaram um documento com diretrizes a serem seguidas para que as filmagens possam retornar após a pandemia do novo coronavírus.

Intitulado “The Safe Way Forward” (“O jeito seguro de seguir em frente”, em tradução livre), o documento de 37 páginas lista uma série de protocolos sugeridos para que os riscos de um eventual contágio ou nova onda de transmissão do COVID-19 sejam minimizados. A principal sugestão que permeia o documento é a testagem frequente de todos os membros das equipes de produção audiovisual, e também a separação da equipe em grupos, ou “zonas”, como consta no documento.

Cada zona agrupa pessoas da equipe de filmagens que compartilham a mesma rotina de contato com outras pessoas e com objetos vindos de fora ou lugares diferentes. Por exemplo, eles definem a Zona A como “uma bolha que envolve artistas que trabalham no set sem distanciamento social ou EPI [Equipamento de Proteção Individual], junto com a equipe examinada de perto, que deve trabalhar em estreita proximidade” – neste caso, atores e atrizes seriam considerados membros da Zona A, e a sugestão é de que sejam testados, pelo menos, três vezes por semana. As outras zonas, compostas por pessoas que não trocam tanto contato físico ou têm a possibilidade de usar equipamentos de proteção (como máscaras, luvas e escudos faciais), poderão ser testadas com menos frequência. Há também protocolos orientando a higienização de sets, locações e hotéis compartilhados pela equipe de filmagem.

Duncan Crabtree-Ireland, COO do SAG, deu uma declaração ao IndieWire sobre a publicação:

“Essas diretrizes foram escritas para serem aplicadas em todo o país e para garantir que o elenco e a equipe desfrutem do mesmo tipo de precauções de segurança, independentemente de onde possam trabalhar. Os protocolos deste documento devem ser ajustados às realidades da produção de cada conjunto em uma conversa entre o produtor e os sindicatos que representam o elenco e a equipe, mantendo sempre os princípios fundamentais refletidos no documento”.

Sobre o investimento que as produções terão de fazer para testar todos os membros da equipe e com a frequência sugerida, Crabtree-Ireland afirma que “de um modo geral, acreditamos, e nossos especialistas confirmaram nossas crenças, de que agora há capacidade de teste suficiente nos principais centros de produção nos EUA”.

O governo da Califórnia já havia permitido que as produções no estado retornem à ativa desde esta sexta (12), e a Aliança dos Produtores de Cinema e Televisão já havia divulgado sua proposta de diretrizes de segurança para o novo cenário do entretenimento.

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