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Notícias   segunda-feira, 01 de junho de 2020

“A História deixará de se repetir?” | Spike Lee publica curta denunciando assassinato de George Floyd

Em pouco mais de 90 segundos, o cineasta expõe a brutalidade policial contra negros nos EUA.

“A História deixará de se repetir?” | Spike Lee publica curta denunciando assassinato de George Floyd>

As circunstâncias do assassinato de George Floyd, um cidadão norte-americano negro de 46 anos, provocou uma onda de protestos nos EUA. Em meio às manifestações, Spike Lee divulgou em seu Twitter um curta intitulado “A História deixará de se repetir?”. Em pouco mais de 90 segundos, o cineasta expõe a brutalidade policial contra negros, intercalando trechos das mortes de George Floyd, Eric Garner e Radio Raheem (personagem de seu filme “Faça a Coisa Certa”). Veja abaixo (sem legendas).

ATENÇÃO: O conteúdo do vídeo é potencialmente sensível!

Floyd foi morto em 25 de maio deste ano, após ter o pescoço pressionado durante 8 minutos por um policial branco, identificado como Derek Chauvin. Algemado o tempo inteiro, Floyd dizia repetidamente: “Não consigo respirar”.

Garner foi morto em 2014, depois que um policial da cidade de Nova York o estrangulou. Por 11 vezes, Garner afirmou não conseguir respirar.

Já Raheem é um personagem de “Faça a Coisa Certa”, longa de Lee indicado ao Oscar em 1989. No filme, vários policiais chegam em uma pizzaria após uma briga, onde Raheem é subjugado e morto por um policial que se recusa a liberar seu estrangulamento.

Além de Lee, figuras de Hollywood como Ava Duvernay, John Boyega, Lupita Nyong’o, Olivia Wilde, Viola Davis, Dwayne Johnson, cantores como Rihanna, Beyoncé, Jay-Z, Cardi B, Lady Gaga, e várias outras celebridades também foram às redes sociais exigir justiça, não só por Floyd, mas por inúmeros outros norte-americanos negros que foram vítimas de assassinatos sem sentido devido ao racismo.

O movimento Black Lives Matter (Vidas Negras Importam, no Brasil), atuante desde 2014, também recebeu extenso apoio. O BLM converteu-se agora numa organização que se propõe a lutar não só contra a brutalidade policial, como também contra as condições econômicas, sociais e políticas que oprimem os negros dos EUA.

Enquanto isso, mais de 500 entidades e movimentos brasileiros têm mobilizado ações nas últimas semanas, em repúdio ao genocídio negro e ao recente assassinato de João Pedro, de 14 anos. O adolescente foi baleado, em casa, durante uma operação das polícias Federal e Civil no Rio de Janeiro. O corpo do menino foi levado sem aviso pela polícia, sendo localizado pela família somente no dia seguinte, numa unidade do IML.

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Flávila Santos
@rapadura

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