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Notícias   segunda-feira, 26 de agosto de 2019

Novo teaser de Star Wars: A Ascensão Skywalker – Rey é um clone?

De frotas escondidas a droides assassinos, o novo teaser esconde diversas referências para os fãs da saga.

Novo teaser de Star Wars: A Ascensão Skywalker – Rey é um clone?>

Na última semana, a D23 Expo trouxe ao público diversas novidades sobre o futuro do universo de “Star Wars“. O teaser divulgado de “The Mandalorian“, série do Disney+, animou muitos fãs, e a confirmação de uma série sobre Obi-Wan Kenobi quase fez o Hall D23 vir abaixo. Mas a grande surpresa foi o novo teaser de “Star Wars: A Ascensão Skywalker“, divulgado nesta segunda-feira (26) para o público em geral.

Apesar de curto, o vídeo é emocionante para os fãs, relembrando os principais momentos de cada um dos oito filmes da Saga Skywalker que antecedem “Episódio IX”. A fala de Luke Skywalker ouvida no primeiro trailer – “Te passamos tudo que sabemos. Mil gerações vivem em você agora” – reforça o sentimento de conclusão para toda a jornada, que agora já dura décadas e envolve diversas gerações de fãs fora das telonas.

Mas muitas das cenas carregam um significado diferente e podem trazer surpresas para o conflito final entre a Primeira Ordem e a Resistência, entre o Lado Negro e a Luz. Para organizar estas novas referências e de onde elas podem ter vindo, vamos dar uma olhada nas histórias que ajudaram a compor esta galáxia muito, muito distante antes de “A Ascensão Skywalker”. A Força está conosco!

A velha frota rebelde em ação de novo?

Assim como “O Despertar da Força” emulou “Uma Nova Esperança” e “Os Últimos Jedi” se inspirou em “O Império Contra-Ataca“, a expectativa é que “A Ascensão Skywalker” pegue emprestado muito do que vimos em “O Retorno de Jedi“. A imagem acima representa bem esta ideia: a frota da Resistência chegando em peso para uma batalha decisiva contra a Primeira Ordem, assim como a frota Rebelde em Endor para destruir a segunda Estrela da Morte.

O que chama atenção aqui, no entanto, não é nem o referido “peso” da frota – já que a Resistência quase foi dizimada em “Os Últimos Jedi“, é de se esperar que esse peso seja bem leve, e não hajam tantas naves assim. Mas a constituição dessa nova frota é algo a se considerar. Se no filme anterior a Resistência usou os bombardeiros StarFortress para destruir o Dreadnought da Primeira Ordem durante a evacuação de D’Qar, aqui os antigos bombardeiros Y-Wing estão de volta.

Ausentes da frota da Nova República/Resistência desde após o fim do Império na Batalha de Jakku, sua volta pode indicar o desespero da Resistência para engrossar seu contingente. Já na era da Rebelião, as Y-Wings eram tidas como caças lentos e obsoletos, sendo mantidos na ativa justamente por sua capacidade como bombardeiros. Naquela época, a grande maioria das que estavam na frota rebelde foram, na verdade, roubadas do Império, que as iria destruir por sua obsolescência como caças remanescentes das Guerras Clônicas. Ou seja, estamos falando de tecnologia com pelo menos 60 anos de defasagem. A menos, claro, que as presentes no trailer sejam novas versões.

Além das Y-Wings, os caças B-Wing também estão de volta e, a menos que também sejam versões atualizadas, têm os mesmos problemas de obsolescência. Outro ponto a se destacar é a heterogeneidade da frota, com cargueiros e até um possível retorno da nave diplomática Tantive IV, famosa por carregar os planos da Estrela da Morte em “Uma Nova Esperança“. Mas contra um inimigo tão poderoso quanto a Primeira Ordem, toda ajuda, por mais antiga que seja, é bem vinda, não?

A velha frota imperial em ação de novo?

Se o trailer mostrou velhas naves do contingente militar da Aliança Rebelde, há também o retorno dos clássicos Star Destroyers do Império. Em uma breve cena com Finn (John Boyega) e Jannah (Naomi Ackie) abordo da Millennium Falcon, ambos parecem olhar confusos para toda uma frota das velhas naves, aparentemente inoperantes. Talvez seja um achado que possa equilibrar as chances?

A ideia de utilizar uma frota escondida não é nova. Ela apareceu pela primeira vez no romance “Star Wars: A Ascensão da Força Sombria“, segundo capítulo da famosa Trilogia Thrawn de Timothy Zahn, publicado em 1992. Nela, as forças remanescentes do Império, sob o comando do Grande Almirante Thrawn, e a Nova República correm para se apropriar de uma frota de naves da Velha República antigas escondida nas Regiões Desconhecidas, a Frota Katana (também conhecida como Força Sombria). Por mais que ainda não saibamos onde estão estes novos Star Destroyers, a referência está presente.

Outro ponto importante a se destacar é o Plano de Contingência do Imperador Palpatine para a queda do Império. Após a derrota imperial na Batalha de Jakku, praticamente toda sua força fugiu para as Regiões Desconhecidas, onde se reorganizou, modernizou e ressurgiu como a Primeira Ordem. Apesar de não se saber muito sobre a Contingência, uma das diversas teorias sobre é que Palpatine teria uma frota escondida para ajudar em seu retorno, fosse quando fosse. Se os Destroyers vistos no trailer são rejeitos da Primeira Ordem após sua modernização ou uma força escondida, o fato é que sua descoberta pode equilibrar a guerra para a Resistência – ou desequilibrar a ponto de causar sua aniquilação .

C-3PO e os receptores vermelhos

Durante a Star Wars Celebration no primeiro semestre deste ano, o intérprete de C-3PO Anthony Daniels avisou que “A Ascensão Skywalker” mostraria o droide de um jeito que os fãs nunca viram, e que ele teria um papel mais ativo na luta contra a Primeira Ordem. Até este momento da cronologia de “Star Wars”, C-3PO era bastante importante para a Resistência, coordenando boa parte da rede de inteligência (como visto nos quadrinhos da série “Poe Dameron“, publicada pela Marvel).

Mas esta nova imagem definitivamente não se encaixa com o robô educado e um pouco medroso que conhecemos e amamos, o que levanta questionamentos, principalmente por conta da cor vermelha de seus fotorreceptores. Se isso estranha em C-3PO, é algo normal para outro droide que os fãs já conhecem: 0-0-0, ou apenas Triplo Zero.

Ele foi resultado de um experimento anterior às Guerras Clônicas que resultou no surgimento da Matriz Triplo Zero, que continha uma personalidade robótica altamente perigosa para qualquer ser vivo, ainda que muito educada – como ele próprio diz, suas especialidades são “etiqueta, costumes, tradução e tortura“. Durante a série de quadrinhos “Doutora Aphra“, a arqueóloga descobre a matriz e a utiliza para ajudar Darth Vader em sua busca pelo piloto que destruiu a Estrela da Morte. O droide, no entanto, tenta trair todos diversas vezes, tentando ser livre a todo custo.

Raramente os acontecimentos dos livros e quadrinhos de “Star Wars” aparecem nos filmes da saga principal. Os olhos de C-3PO, no entanto, indicam que isso pode mudar no caso de Triplo Zero. Ou pode apenas ser uma configuração nova desenvolvida. De qualquer forma, há algo errado com nosso tradutor.

Rey e o Lado Negro

O grande momento do vídeo é justamente sua última cena: Rey (Daisy Ridley), vestida toda de preto, empunha um sabre de luz vermelho de lâmina dupla, tal qual Darth Maul em “A Ameaça Fantasma“. Totalmente sem expressão, ela não parece a heroína da nova trilogia. Muitos especulam que possa se tratar de uma visão de um futuro sombrio, algo como a caverna do Lado Negro em “Os Últimos Jedi“.

Uma das teorias mais aventadas sobre o passado de Rey, no entanto, falam sobre a possibilidade de ela ser um clone, uma criação de Palpatine. Líder supremo de um Império sem herdeiros, Palpatine sempre foi mau e ganancioso demais para deixar o que é seu para os outros. Surgiria aí o Plano de Contingência, que, além de restabelecer o Império, também resultaria em seu retorno. Durante seu reinado, ele instalou diversos centros de pesquisa sobre o Lado Negro galáxia afora, sendo o maior deles em Jakku. Por mais que a tecnologia de clones não tenha sido mencionada na trilogia nova, ela já foi usada por Palpatine antes, para criar um exército para a República e deflagrar as Guerras Clônicas. A finalidade destes clones seria servir como um corpo novo para o espírito de Darth Sidious, o que justificaria o poder de Rey na Força.

Se Rey de fato for um clone, de onde vieram as visões que ela teve em Takonada, durante “O Despertar da Força“? E qual seria o papel da misteriosa Zorri Bliss na trama, já que muitos acreditavam que ela poderia ter um papel importante nesse contexto? As respostas todas virão apenas em 19 de dezembro, quando “Star Wars: A Ascensão Skywalker” finalmente chegar aos cinemas. Até lá, fique ligado no Cinema Com Rapadura para não perder nada sobre a conclusão da Saga Skywalker!

Saiba Mais:

Julio Bardini
@juliob09

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