Em entrevista para o Collider, os diretores Ryan Fleck e Anna Boden (“Parceiros de Jogo”) revelaram quais são os longas que mais influenciaram “Capitã Marvel”, além de comentaram sobre as características que super heroína irá ter em seu primeiro filme solo do Marvel Studios.

A trama do filme se passará na década de 90 e já foi afirmado que seu tom será semelhante ao dos filmes de ação dos anos 90. Por isso, os diretores citaram que obras como“Exterminador do Futuro 2: O Julgamento Final”, “Operação França” e “RoboCop – O Policial do Futuro” foram algumas que influenciaram a realização da obra. Sobre a relação e influência desse último, Boden comentou:

“Vai existir humor [no filme]. Não é um filme sombrio como ‘RoboCop’. Eu acho que o emocionante para nós, sobre RoboCop, é a ideia do personagem que está encontrando a si mesmo, e descobrindo seu passado, e muito embora seja um filme sombrio, ele é também bastante emotivo nesse sentido. Sabe aquela cena dele caminhando em sua própria casa? E lembrando daqueles momentos de sua vida passada e lembrando de quem ele era, quer dizer, isso é muito impactante. E essa foi um dos principais tópicos que nós conversamos com a Marvel sobre essa personagem, sobre a ideia de auto descoberta e reconectar e redescobrir sua humanidade, e como isso era é uma grande parte do filme.”

Fleck também contou que, após analisarem as diversas encarnações da Capitã Marvel nos quadrinhos, acabaram se apaixonando pelo atual arco da personagem, roteirizado por Kelly Sue DeConnick, que participou do processo de produção do longa. Sobre a importância da presença de Sue, Boden comentou:

“Antes de tudo, nós a conhecemos. E ela é maravilhosa, e foi incrível conhecê-la pela primeira vez, tendo lido todas as suas HQ’s e todo o seu arco com a Capitã Marvel, além de realmente se apaixonar pela personagem por meio de seus quadrinhos. Muitas de nossas referências e ideias de quem era essa pessoa e as coisas que nós tínhamos defendido em uma sala com o pessoal da Marvel, com o Kevin Feige, sobre o que pensávamos que essa personagem era, eram semelhantes às referências e entendimentos de Kelly Sue. E isso só serve para mostrar que escritora maravilhosa ela é, que ela foi capaz de expressar tanto isso musicalmente, mesmo por meio dos quadrinhos, e que parecia que, não sei, nós realmente nos conectamos com ela. Ela é tão tão articulada e inteligente, e uma pessoa divertida.”

Por fim, Boden falou sobre a sua visão de quem é a heroína no filme:

“Bom, essa é a descoberta do filme, e para nós, eu penso que é também o que faz com que amemos contar essa história. É que como uma personagem, como uma super-heroína, conforme ela se conecta mais e mais com sua própria humanidade – não é como se ela percebesse, como Thor, que era uma deusa e sempre foi uma deusa – mas é como ela vem mais e mais em contato com sua própria humanidade, é quando ela se torna mais poderosa. Ela tem a sua própria auto descoberta, que é quando ela se torna tão poderosa quanto pode ser, e é uma história tão legal de contar e uma personagem interessante para passar por isso.”

Em “Capitã Marvel”, Carol Danvers (Brie Larson) é uma piloto da Força Aérea que já possui seus poderes, e deixou a vida na Terra para se juntar a uma elite militar Kree, chamada Starforce, liderada pelo comandante interpretado por Jude Law. Mas, algo traz Carol de volta para a Terra, com perguntas sobre seu passado. Além disso, ela tem de lutar contra os Skrulls, criaturas capazes de mudar de forma. Ben Mendelsohn interpreta o líder da raça, Talos, que comandará uma invasão à Terra.

O elenco do filme conta ainda com Clark Gregg (da série “Agents of S.H.I.E.L.D”), Samuel L. Jackson (“Vingadores: Guerra Infinita”), Ana Ayora (da série “Banshee”), Lashana Lynch (“Brotherhood”), Lee Pace e Djimon Hounsou (ambos de “Guardiões da Galáxia“). O roteiro é de Geneva Robertson-Dworet (“Tomb Rider: A Origem”).

“Capitã Marvel” estreia no dia 7 de março no Brasil.

Saiba Mais: Anna Boden, Capitã Marvel, Ryan Fleck