Michael Caine afirma que não trabalhará novamente com Woody Allen
Ator se diz "atordoado" com as denúncias feitas contra o diretor.
A colaboração do ator Michael Caine (“Despedida em Grande Estilo“) com o diretor Woody Allen (“Roda Gigante“) no filme “Hannah e suas Irmãs“, de 1986, rendeu muitos frutos ao astro britânico, incluindo o Oscar de Melhor Ator Coadjuvante. Entretanto, no que depender da vontade de Caine, essa é uma parceria que dificilmente se repetirá.
Em entrevista concedida ao jornal britânico The Guardian, o ator afirmou não se arrepender de ter trabalhado com Allen no passado, mas disse que as acusações de que o diretor teria abusado sexualmente de Dylan Farrow, sua filha adotiva, quando esta era apenas uma criança, o levaram a tomar a decisão de não trabalhar novamente com ele:
“Eu fiquei tão atordoado. Eu sou um patrono da NSPCC [Sociedade Nacional Para a Prevenção da Crueldade Contra Crianças] e tenho opiniões muito fortes sobre pedofilia. É difícil aceitar isso, porque eu amava Woody e vivi um período maravilhoso trabalhando com ele. Eu até mesmo o apresentei à Mia [Farrow, mãe de Dylan]. Eu não me arrependo de ter trabalhado com ele, o que fiz em completa inocência; mas eu não trabalharia novamente com ele, não.”
Caine não é o primeiro nome da indústria cinematográfica a se pronunciar acerca da polêmica envolvendo Woody Allen, com muitos atores e atrizes se posicionando tanto favoravelmente como contra o diretor. Alguns dos artistas, inclusive, resolveram doar o cachê recebido em produções recentes de Allen para organizações como a “Time’s Up”, como foi o caso do jovem ator Timothée Chalamet (“Me Chame Pelo Seu Nome”).
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