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Notícias   quinta-feira, 06 de dezembro de 2012

Peter Jackson rebate as primeiras críticas de O Hobbit: Uma Jornada Inesperada

Exibições iniciais são marcadas por reclamações e realismo excessivo.

As primeiras exibições de “O Hobbit: Uma Jornada Inesperada” não foram tão bem recebidas pela crítica. O maior ponto de discussão é justamente a técnica de projeção adotada pelo cineasta Peter Jackson (“Um Olhar do Paraíso”), 48 quadros por segundo, para o seu novo filme, comparado ao “Benny Hill Show” (segundo a crítica de Jordan Hoffman, do ScreenCrush).

Conversando com o SuperHeroHype, Jackson revelou que não está nem um pouco incomodado com o que está sendo dito, pelo contrário, gosta de saber a opinião e a reação das pessoas diante do seu trabalho. Para ele, a tecnologia avançada em filmes é apenas um atrativo.

“Eu sou fascinado por reações. Eu tendo a prestar atenção nas pessoas que estão na casa 20 anos ou menos, que realmente não se importam com isso, e simplesmente pensam que parece algo legal, não que eles entendam disso, mas  apenas porque o 3D , de fato, parece ser muito mais legal. Acredito que o 3D a 24fps é interessante, mas é em 48fps que o 3D atinge quase o máximo do seu potencial, isso porque a fadiga ocular é menor, e você cria uma imagem mais nítida do mundo tridimensional”, comentou.

Mesmo diante das reações não tão favoráveis assim, o diretor garante que tem o aval da Warner Bros., apesar de algumas ressalvas feitas pelo estúdio logo no início da produção.

A Warner Bros. foi muito favorável. Eles queriam nos provar que a versão em 24 quadros seria o normal de se ver, mas eles já estavam satisfeitos quando, no primeiro dia, apertamos o botão que dizia  ’48 fps’. Mesmo filmando assim desde o primeiro dia, você poderia supor que não haveria um único cinema que iria exibir o filme dessa forma. Foi um grande salto de fé”, falou Jackson.

Para finalizar, o cineasta não acredita que está lançando uma nova tendência, mas apenas seguindo uma outra alternativa de se fazer filmes.

“A grande coisa a entender é que não se trata de uma tentativa de mudar a indústria do cinema, é apenas outra opção. Os projetores ou podem rodar a 48 quadros, ou podem rodar a 24 quadros… e não se trata de ter que ser uma coisa ou outra. Você pode gravar em 24 fps e ter sequências de 48 ou 60 fps dentro do corpo do filme…Isso não necessariamente significa  mudar a forma como os filmes vão ser feitos. É outra escolha a que os cineastas tem direito, e para mim, dá a sensação de realidade que eu amo no cinema”, concluiu.

A história de “O Hobbit” narra a aventura de Bilbo Bolseiro na época em que conhece o mago Gandalf, o Cinzento (Ian McKellen, o Magneto da trilogia “X-Men”). Acompanhado pelo anão Thorin Escudo de Carvalho (Richard Armitage, de “Capitão América: O Primeiro Vingador”) e mais doze companheiros, o mago pede ajuda a Bilbo (Martin Freeman, o Dr. Watson da série “Sherlock”) para invadir a toca do perigoso dragão Smaug (Benedict Cumberbatch, de “O Espião Que Sabia Demais”) e recuperar um tesouro valioso da família de Thorin. Durante essa aventura, Bilbo encontrará um anel, cujo poder ele ainda desconhece.

O elenco do filme traz ainda muitos outros atores egressos da trilogia “O Senhor dos Anéis”, caso de  McKellen, Cate Blanchett (“O Curioso Caso de Benjamin Button”), Andy Serkis (“Planeta dos Macacos: A Origem”), Orlando Bloom (“Cruzadas”), Hugo Weaving (“O Lobisomem”), Christopher Lee (“Sombras da Noite”), entre outros.

“O Hobbit: Uma Jornada Inesperada” vai estrear no dia 14 de dezembro no Brasil. A continuação, “O Hobbit: A Desolação de Smaug” chega aos cinemas em 13 de dezembro de 2013. O último filme da trilogia, “O Hobbit: Lá de Volta Outra Vez”, chegará aos cinemas entre junho e agosto de 2014.

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Artur Lopes
@thelopesid

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