A franquia “A Era do Gelo” fez muito sucesso no início dos anos 2000. O primeiro longa foi indicado ao Oscar de Melhor Animação, perdendo para “A Viagem de Chihiro“, e ainda foram feitos mais cinco filmes, mas todos sem a mesma qualidade. Em 2022, o spin-off protagonizado por Buck Wild e os gambás Crash e Eddie, foi recebido com críticas negativas, principalmente relacionadas às texturas da animação e a saturação dos personagens com roteiros que cada vez mais fugiam da proposta inicial. Em pleno desgaste, surge um último trabalho para o Blue Sky Studios: “A Era do Gelo: Histórias do Scrat”.

Lançado direto no Disney Plus, trata-se de uma série de seis curtas-metragens, o projeto final do estúdio que fazia parte da 20th Century Fox, comprada pela Disney em 2019. A história de Scrat não tem muito segredo, sua busca eterna pela tão amada noz – a novidade é que o esquilo dente-de-sabre agora precisa enfrentar também os desafios da paternidade com o Bebê Scrat. É claro que o filhote também fica alucinado pela noz e os dois começam a competir pela posse do alimento/troféu.

Os episódios são bem curtos, com cerca de três a quatro minutos, mas com uma qualidade de animação muito superior ao spin-off de Buck Wild. O roteiro é extremamente simples, mistura momentos de aproximação entre pai e filho com momentos de confusão entre os dois protagonistas. A piada física continua sendo a estrela do negócio, são muitas quedas e machucados do persistente e praticamente indestrutível esquilo. A fofura do bebê e seus olhos gigantes e expressivos também trazem um ar fresco para a história.

“A Era do Gelo: Histórias do Scrat” agrada as crianças e os adultos nostálgicos, que desenvolveram tanto carinho pelos personagens da franquia. Sim, é um esquilo que quer comer uma noz, mas Scrat também é um exemplo de persistência em busca da felicidade. A paternidade foi uma boa saída para o esquilo dente-de-sabre que merecia um final. Agora é esperar e ver o que a Disney planeja para o legado do já saudoso Blue Sky.