Cinema com Rapadura

OPINIÃO   segunda-feira, 29 de agosto de 2005

Chave Mestra, A

Apesar de não ser "O" suspense, "A Chave Mestra" diverte e, até certo ponto, amedronta. Garanto que é melhor do que "Horror em Amityville" (uma bomba que está nos cinemas atuais).

Incontestavelmente, Kate Hudson é um pitéu. Depois que assisti a sua verdadeira epopéia em tentar acompanhar o dia-a-dia da banda fictícia Stillwater no maravilhoso “Quase Famosos”, me tornei fã dessa pequena Lolita de Hollywood. Logo depois, ela fez alguns filminhos bobos como “Como Perder um Homem em 10 Dias” e “À Francesa”, mas nada algo que venha corromper sua áurea de menina.

Então, fiquei feliz quando soube que esse novo filme com o roteiro assinado pelo roteirista de “O Chamado” iría ter como protagonista Kate Hudson. E, para os pessimistas quanto aos suspenses lançados ultimamente, o filme é muito legal. Não chega a ser um “Seven”, “Jogos Mortais”, “O Silêncio dos Inocentes” ou “O Sexto Sentido”, mas diverte pacas!

Kate faz o papel de Caroline, uma enfermeira que perdeu o pai e, após perceber que o hospital em que trabalha só liga para o dinheiro dos seus pacientes, resolve ganhar a vida como enfermeira particular. Procurando aquele lugar bacana para ganhar o pão de cada dia, Caroline vê em uma casa em pleno pântano de Louisiana a chance de ganhar bem e trabalhar no que gosta. Chegando no local, ela conhece os poucos habitantes de uma casa, diga-se de passagem, grande pra caramba (se o filme fosse produzido pelo Michael Bay, diria que tinha reaproveitado a casa do remake de “O Massacre da Serra Elétrica”; a casa é igualzinha por fora! O.o): Violet, a governanta altamente sinistra da casa e Ben, seu esposo que sofreu um derrame e está vegetando em uma cadeira de rodas. Após algumas recomendações, Caroline recebe a tal chave-mestra do título, ou seja, uma chave que abre todas as portas da casa (são mais de trinta (!)) e encontra um pequeno cômodo no sótão que a chave não abre. Pronto. Falei demais! Hehehe… brincadeira, não falei nada além do que está dito em todas as sinopses. :oP

Bom, apesar de não fazer com que você não precise dormir no quarto dos seus pais (:o|), o filme ainda dá alguns sustos e faz com que fique um clima tenso durante boa parte de projeção. Boa parte, porque o começo do filme é bem chatinho, mas depois engata. Então, eis que nos deparamos com o final do filme (calma, não irei falar como é), e, apesar dele ter se mostrado um pouco previsível, nunca imaginaria que ele seria mantido. Sabe quando você começa a pensar o que vai acontecer, mas fica achando que não irá porque no mundo Hollywoodiano isso não pode acontecer? Pois bem. Neste filme acontece.

Outra coisa louvável do filme é fazer com que ele faça com que tememos por algo que provavelmente vivemos. Calma, não digo que fui vitima de Voodoo ou algo do gênero, e sim que, ao ouvir alguém chamando “Caroline!”, foi impossível não lembrar da garotinha Carol Anne do maravilhoso “Poltergeist – O Fenômeno”. Logo, o medo atual se misturou à minha infância doentia assistindo toda vida que Poltergeist passava no Corujão ou na Sessão de Gala. :oD

No mais, “A Chave Mestra” é uma boa pedida para quem quer assistir a uma história interessante e, quem sabe, tomar alguns sustos interessantes. Ah! E logicamente limpar a vista vendo Kate Hudson tomando banho em uma seqüência um tanto quanto desnecessária para a história (algo como foi a que a Sarah Michelle toma banho no pavoroso – no mal sentido – “O Grito”).

Cinema com Rapadura Team
@rapadura

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