Em entrevista à edição polonesa da revista Newsweek (via The Hollywood Reporter), o diretor franco-polonês Roman Polanski (“Baseado em Fatos Reais”), disse que o movimento “#MeToo”, criado com o intuito de denunciar a má conduta sexual de homens poderosos em Hollywood, é uma “histeria coletiva”:

“[O ‘#MeToo’ é fruto de uma] histeria coletiva do tipo que às vezes acontece na sociedade. Todo mundo está tentando se inscrever, principalmente por medo.”

Ele chegou a comparar a adesão coletiva ao movimento com o processo de luto público que acontece na Coréia do Norte na ocasião da morte de um de seus líderes, quando “todos choram tanto que você não pode deixar de rir”. Ele ainda completou:

“Para mim, isso é uma total hipocrisia.” 

As declarações do cineasta foram dadas antes de a Academia de Hollywood tê-lo expulsado de seu rol de membros, depois de quase 50 anos como participante da instituição – o advogado do diretor ameaça recorrer da decisão.

Em 1977, Polanski, então famoso por filmes como “Repulsa ao Sexo” (1965), “O Bebê de Rosemary” (1968) e “Chinatown” (1974), se declarou culpado por ter mantido relações sexuais ilegais com Samantha Geimer, que tinha 13 anos na época. Ele fugiu dos EUA em 1978, após a promulgação de sua sentença no caso, e vive em exílio na Europa desde então. O cineasta foi vencedor do Oscar de Melhor Diretor por “O Pianista” (2002).

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