O advogado do diretor Roman Polanski (“Baseado em Fatos Reais”), Harland Braun, enviou uma carta para o presidente da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, John Bailey, ameaçando mover uma ação legal na justiça estadunidense, depois da expulsão do cineasta da Academia, tirando dele o poder votar e/ou participar como membro (via The Wrap). Veja alguns trechos do documento abaixo:

“Estou escrevendo esta carta a você para evitar litígios desnecessários. O Sr. Polanski tem o direito de ir a tribunal e exige que a sua organização siga os seus próprios procedimentos, bem como a lei da Califórnia.”

“A única solução adequada seria a sua organização rescindir a expulsão ilegal do Sr. Polanski e seguir seu próprio Padrão de Conduta, dando ao Sr. Polanski notificação razoável das acusações contra ele e uma audiência justa para apresentar sua posição com respeito a qualquer expulsão proposta.”

Em uma declaração ao The Wrap, Braun ainda disse:

“Planejamos pedir à Academia que siga suas próprias regras, que é dar a Roman 10 dias para apresentar seu lado. Nós estávamos preparados, mas fomos surpreendidos pela violação de seus próprios padrões. O que os 56 membros revisaram?”

A Academia, quando realizou a expulsão, revelou que usou uma cláusula no estatuto que permite expulsar qualquer membro dela por “justa causa”, com uma votação de pelo menos dois terços de seus membros. Com essa medida, era cabível a retirada do diretor, de acordo com os membros da mesma.

Roman Polanski foi acusado pela ex-atriz alemã Renate Langer de a ter estuprado com ela tinha 15 anos. O ato teria ocorrido em uma casa em Gstaad, em fevereiro de 1972. Langer é a quarta pessoa a acusar o diretor de cometer esse crime. Segundo o relatório, Harland Braun, advogado da Polanski, recusou-se a comentar as acusações. O diretor vencedor do Oscar já se declarou culpado em 1977 por ter relações sexuais ilegais com Samantha Geimer, que tinha 13 anos na época. Ele fugiu do país em 1978 após sua sentença no caso e vive no exílio desde então.

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