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Notícias   sexta-feira, 09 de fevereiro de 2018

The Cloverfield Paradox | J.J. Abrams comenta inesperado lançamento e teorias sobre o longa

Juntamente com a Paramount, produtor tentou pensar no melhor jeito de lançar o filme como uma surpresa.

The Cloverfield Paradox | J.J. Abrams comenta inesperado lançamento e teorias sobre o longa>

Após o susto inicial do lançamento de ”The Cloverfield Paradox” na madrugada do último domingo, durante o Super Bowl LII, surgiram as primeiras críticas, opiniões e especulações sobre o futuro da franquia. No entanto, o inesperado marketing do longa impossibilitou entrevistas com diretor, roteirista ou elenco, antes da estreia da produção. Todos foram pegos de surpresa! E recentemente, o diretor e produtor J.J. Abrams (“Star Wars: O Despertar da Força”), presidente da Bad Robot, que também produz a franquia, explicou a ideia do projeto durante um Q&A no Facebook, além comentar algumas teorias. Veja parte da entrevista, separada pelo Collider, abaixo:

Sobre a negociação entra a Netflix e a Paramount, Abrams comentou:

”Estávamos conversando com a Paramount e a grande verdade é que estávamos tentando descobrir a forma mais divertida de lançar o filme, literalmente a ideia veio desse papo. De certa forma, as pessoas sabiam desse filme, sabiam que ele seria um Cloverfield, e como a franquia fala muito sobre surpresa, conversamos sobre o que poderia surpreender as pessoas… pensamos sobre como, quando e se poderíamos fazer no prazo. Digo, de seis à sete semanas, logo ‘Me pergunto se poderíamos fazer isso’ tornou-se ‘Estamos fazendo isso, está acontecendo”’.

Abrams também comentou a teoria da conexão entre “Cloverfield: Monstro” e “The Cloverfield Paradox”, em que, ao sincronizar os filmes, aos exatos 18 minutos e 20 segundos, a trama dos dois longas se amarram. Em “Monstro”, uma enorme explosão causa um apagão na cidade, e o personagem Rob vai à sacada do prédio para ver o que o que está acontecendo. Em “Paradox”, por outro lado, no mesmo minuto, o acelerador de partículas da nave da Cloverfield Station começa a apresentar problemas, causando estragos de grande profundidade no passado, presente e futuro, o que de certa forma, justificaria o tal monstro do primeiro longa. Sobre a teoria, o produtor apenas falou:

“É uma coincidência bizarra”.

David Oyelowo (“Rainha de Katwe”), que interpreta o personagem Kiel na produção, declarou:

”Fiquei surpreendido pela quantidade de pessoas que viram quase instantaneamente. Nunca, em minha carreira, fiz um filme o qual tantas pessoas viram nas primeiras 24 horas”.

O produtor também esclareceu o envolvimento de “Paradox” com “God Particle”, que até então, seria o título provisório do terceiro longa da franquia:

“Originalmente o filme foi escrito por Oren Uziel, que fez o esboço. Foi o que se manteve por um tempo, até que a Bad Robot obteve o roteiro e começamos a pensar em uma forma de encaixá-lo em nosso mundo. Então, mesmo quando havíamos começado a filmar o longa, isso foi algo que continuava em nossa cabeça. Acredito que a ideia da franquia Cloverfield não seja sobre uma narrativa linear, mas sobre cada uma dessas histórias como algo único, divertido, e que tenha uma conexão, de certa forma. Assim como ‘Twilight Zone’, que inclusive é minha série de TV favorita, ou a atual ‘Black Mirror’“.

O presidente da produtora Bad Robot continuou:

“A ideia desse capítulo foi introduzir um novo gênero, e conforme estávamos filmando, fizemos alguns ajustes. Existem estúdios que fazem filmes que têm diversas mudanças durante o processo de filmagens, coisa que não havíamos feito antes, ainda assim, o entreguei a Julius (diretor do longa). E conforme mostrávamos a história às pessoas, elas diziam ‘O que está acontecendo na Terra? Eu preciso saber.’ Logo, a ideia de expandir o universo veio por causa disso. As pessoas diziam ‘ Nós queremos ver mais sobre a Terra’. Então, começamos a explorar e acabamos escrevendo e filmando a sequência também. Esse foi o processo, de certa forma interativo, que a Paramount nos permitiu fazer”.

Por fim, Abrams comentou sobre um possível crossover entre “Rua Cloverfield, 10” e “Paradox”:

“Tivemos diversas conversas sobre o assunto. Quando fizemos ‘Rua Cloverfield 10’, pensamos no quão poderosa era a história de Michelle (interpretada pela atriz Mary Elizabeth Winstead, da série ‘Fargo’). Acredito que seja realmente uma bela heroína. A ideia seria cruzar sua história com a de Hamilton (Gugu Mbatha-Raw de ‘A Bela e A Fera’). ‘E se’, era o que pensávamos. São divertidas teorias que não foram filmadas”.

Dirigido por Julis Onah (“The Girl is In Trouble”), “The Cloverfield Paradox”, ainda conta com Elizabeth Debicki (“Guardiões da Galáxia Vol. 2”), Chris O’Dowd (“A Grande Jogada”), e Daniel Brühl (“Capitão América: Guerra Civil”) no elenco. O filme já está disponível na Netflix.

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Raife Sales
@raife_sales

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