O diretor e roteirista Tobe Hooper faleceu no último sábado (26/08), aos 74 anos, em sua casa na Califórnia. Hooper ficou conhecido por dirigir “O Massacre da Serra Elétrica” (1974), um dos maiores clássicos do cinema de terror. A causa da morte não foi confirmada.

Hooper nasceu em Austin, no Texas, em 1943. Seus pais se divorciaram quando ele tinha oito anos, fazendo-o passar sua infância sozinho, lendo histórias em quadrinhos, enquanto sua mãe viajava trabalhando como atriz. Frequentou a Universidade do Texas, porém abandonou os estudos para dirigir comerciais para a TV. Foi dessa forma que Hooper dirigiu um documentário que acompanhava um médico no centro de urgência de um hospital. Numa das imagens registradas, o diretor filmou uma cirurgia que tentava curar um ferido com uma bala na cabeça, mas que não resistiu ao ferimento. Tempos depois Hooper disse:

“Nesse registro através da lente [da câmera] aconteceu algo se separando de mim, num sentido cínico”

E, de certa forma, havia muito cinismo no cinema de Hooper. O diretor redefiniu o gênero de terror, ao elevar a violência. Porém nada era gratuito em seus filmes. Com tramas que, mesmo simples, conseguiam demonstrar um sentimento de exclusão. Seu cinema tratava daqueles que não tinham mais espaço na sociedade e passaram a vivenciar suas próprias experiências, fugindo do mundo. Assim, cada uma das mortes mostradas nos seus filmes (e não foram poucas) eram iniciadas por eventos motivados pelas próprias vítimas. São pessoas que invadem o local onde a maldade impera. Nenhum deles foi convidado, eles optaram por chegar até lá.

Hooper também comandou outro grande clássico de terror, o filme “Poltergeist – O Fenômeno” (1982). Produzido e roteirizado por Steven Spielberg (“O Bom Gigante Amigo”), recentemente começou a correr um boato que este teria sido o verdadeiro diretor por trás do longa.

Tobe Hooper é o segundo diretor a trabalhar com filmes de terror violentos, que nos deixa em 2017. Em julho, Geroge A. Romero faleceu em sua casa. Seu último trabalho para o cinema foi o filme “Djinn” (2013). Ele deixa dois filhos.

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