(Foto: Junior Aragão)

A cerimônia de abertura do 47º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro lotou o Cine Brasília na noite de terça-feira (16). O grande destaque foi a exibição da belíssima cópia restaurada de “Deus e o Diabo na Terra do Sol”, clássico de Glauber Rocha e divisor de águas na cinematografia brasileira. Lançado há exatos 50 anos, é irresistível perceber o quanto a obra ainda permanece atual e serviu de inspiração para o audiovisual após o turbulento ano de 64.

Emocionados ao lado de Hamilton Pereira, Secretário de Cultura do DF, Paloma Rocha e Henrique Cavalleiro, filhos de Glauber, subiram ao palco para representar a invejável carreira do cineasta. A Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Cláudio Santoro abrilhantou a cerimônia com um arranjo especial para a faixa “Perseguição”, de Sérgio Ricardo, parte da inesquecível trilha sonora de “Deus e o Diabo na Terra do Sol”.

As mostras competitivas começam hoje (17) com os curtas “Loja de Répteis”, de Pedro Severien (PE), e “Bashar”, de Diogo Faggiano (SP), e com o longa “Sem Pena”, de Eugênio Puppo (SP). O Festival de Brasília retorna ao formato original de exibição de dois curtas e um longa-metragem por noite, enxugando a programação e abrindo mais espaço para o debate e a reflexão. A partir desse ano, não haverá mais distinção entre ficções, documentários e animações, sendo assim, os filmes serão avaliados juntos, independente do formato.

Outro grande nome do cinema será lembrado durante o evento. O documentarista Eduardo Coutinho terá uma mostra especial com a exibição de “Santo Forte”, “As Canções”, “Jogo de Cena”, “Babilônia 2000”, “O Fim e o Princípio” e “Edifício Master”, além de “Cabra Marcado para Morrer”, que será projetado em cópia restaurada, para convidados, no encerramento do Festival, no dia 23 de setembro.

O Cinema com Rapadura está em Brasília a convite do Festival.

Saiba Mais: Eduardo Coutinho, Glauber Rocha