Segundo a Variety, a Village Roadshow, co-financiadora de “Matrix Resurrections”, processou a Warner Bros. por conta do lançamento híbrido do filme, o que supostamente viola termos de contrato. A produtora alega que a disponibilização simultânea do longa nos cinemas e na HBO Max foi uma estratégia para atrair assinantes para o streaming. Além disso, a decisão facilitou a pirataria, reduzindo ainda mais o potencial de receita do filme.

A Warner anunciou para a imprensa, ainda em 2020, que todas os seus projetos teriam lançamento simultâneo em 2021, incluindo grandes produções como “Godzilla vs Kong”, “Mulher-Maravilha 1984” e “Duna”. No entanto, a Village Roadshow argumenta que não foi consultada ou notificada sobre isso formalmente, e sequer recebeu compensação por perda financeira, ao contrário do que aconteceu com outros colaboradores.

Até o momento, o quarto filme da franquia “Matrix” arrecadou US$ 148 milhões em bilheteria doméstica, o que representa apenas uma fração do total arrecadado pelos três filmes anteriores. Por conta do fraco desempenho comercial, a Village Roadshow afirma não ter como fazer seu pagamento obrigatório à Warner, colocando em risco a manutenção dos direitos do filme. A produtora afirma também que está havendo uma tentativa de impedir o envolvimento da empresa em futuros filmes e séries de televisão baseados em personagens e propriedades intelectuais nas quais tem participação acionária, como é o caso de “A Fantástica Fábrica de Chocolate” e “No Limite do Amanhã”.

Em um comunicado, a Warner declarou que pretende resolver a situação de maneira privada, com acordo entre as partes, em vez de ir ao tribunal.

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