Apenas dois dias depois da estreia de “Mulher-Maravilha 1984” nos Estados Unidos, a Warner já oficializou o desenvolvimento de “Mulher-Maravilha 3”, com o retorno de Patty Jenkins na direção e no roteiro, assim como Gal Gadot no papel da protagonista (via Variety).

O chefe da Warner Bros. Pictures, Toby Emmerich, ofereceu uma declaração:

“Enquanto fãs ao redor do mundo continuam a aceitar Diana Prince, resultando em uma forte performance na bilheteria de abertura de ‘Mulher-Maravilha 1984’, nós estamos animados em poder continuar sua história com nossas Mulheres Maravilha da vida real – Gal e Patty – que retornarão para concluir a tão planejada trilogia nos cinemas”.

“Mulher-Maravilha 1984” foi o primeiro filme da Warner a fazer parte da estratégia de lançamento simultâneo nos cinemas e no HBO Max. O longa está em exibição nas telonas nos territórios que tiveram uma reabertura segura das salas, e também foi lançado no streaming exclusivamente nos Estados Unidos no dia de Natal. Mesmo com poucos cinemas abertos nos EUA, o longa ainda conseguiu arrecadar US$ 16.7 milhões na abertura no mercado doméstico. Antes da estreia no dia 25, o filme já havia arrecadado US$ 38.2 milhões internacionalmente.

É interessante apontar a ênfase que Emmerich dá ao lançamento da “trilogia nos cinemas”, visto que Patty Jenkins é uma grande defensora da experiência, e estava hesitante sobre seu futuro na empresa caso o modelo de estreia em streaming fosse algo a continuar no futuro. Supõe-se que para o acordo ser fechado para um terceiro filme, a cineasta tenha feito alguma exigência de contrato que colocasse a vindoura sequência como exclusiva para os cinemas.

A Warner segue tendo que lidar com as consequências de sua ousada decisão, com grandes conflitos ainda pendentes, como com Denis Villeneuve sobre o lançamento de “Duna”, e a própria Legendary, produtora da adaptação, e também de “Godzilla vs. Kong”. Isso sem contar com a grande quantidade de talento que não tiveram seus contratos reelaborados para o novo modelo de streaming, e ainda têm de resolver a situação dos bônus de pagamentos que viriam diretamente da bilheteria dos cinemas. Jenkins e Gadot foram as únicas que receberam um bônus diretamente da Warner para que “Mulher-Maravilha 1984” pudesse ser o primeiro a ser lançado nesta estratégia.

Andy Forssell, chefe da divisão do conteúdo direto para consumidor da WarnerMedia, não ofereceu números do desempenho do filme no HBO Max, mas afirmou:

“‘Mulher-Maravilha 1984’ quebrou recordes e excedeu expectativas de exibição e métricas de assinantes nas suas primeiras 24 horas no serviço, e o interesse e momentum que estamos vendo indica que isso deve continuar bem além do fim de semana. Durante esses tempos tão difíceis, é bom dar às famílias a opção de aproveitar este filme inspirador em casa, onde ir aos cinemas não for uma opção”.

Não há mais detalhes sobre “Mulher-Maravilha 3”, mas o filme deve ser uma das prioridades da Warner. É possível, no entanto, que o longa demore alguns anos para ser feito, visto que Jenkins está por trás de um novo “Star Wars”, já marcado para dezembro de 2023.

“Mulher-Maravilha 1984” está em cartaz no Brasil.

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