Cinemas em São Paulo estão autorizados a retomar atividades
Seis regiões do Estado tiveram permissão de liberar atividades culturais seguindo protocolos de higiene, limpeza e distanciamento social; salas de cinema da capital já anunciam as datas para a reabertura.
Durante coletiva de imprensa, o prefeito de São Paulo Bruno Covas e o Governador do Estado João Doria anunciaram que seis regiões, incluindo a capital, estão entrando na fase verde de flexibilização do Plano São Paulo, que determina quais serviços podem reabrir ou não enquanto a pandemia do coronavírus segue em curso. Na fase verde, as atividades culturais poderão ser retomadas, o que inclui salas de cinema, museus, teatros e casas de eventos e shows, mas com restrições e protocolos de segurança adaptados para cada atividade.
Em março, com o início da quarentena, São Paulo estava na fase vermelha, na qual somente serviços essenciais estavam autorizados a funcionar, ainda que com limitação de horário e de capacidade, além de regras para promover o distanciamento social dentro do estabelecimento. Agora, com a liberação das atividades culturais, fica determinado que os cinemas podem reabrir, desde que sigam determinados protocolos de segurança.
Regras para reabertura das salas de cinema
Em setembro, o prefeito Bruno Covas assinou o protocolo que definia as diretrizes para uma eventual reabertura dos centros culturais da cidade de são Paulo. Para que os cinemas possam retomar as atividades, a capacidade deve ser reduzida a 60% do público. Os cinemas só podem funcionar por até oito horas diárias. O uso de máscara é obrigatório dentro do estabelecimento e, principalmente, dentro das salas. Álcool gel deve estar à disposição em todos os lugares e a temperatura dos frequentadores será medida na entrada. As salas precisam ser devidamente higienizadas entre as sessões. E a regra mais importante é a obrigatoriedade do distanciamento social de, pelo menos, 1,5m dentro e fora dos cinemas – o que significa que haverão assentos bloqueados para uso dentro das salas e o estabelecimento fica responsável por evitar ao máximo a formação de filas na porta.
Funcionários de todos os centros culturais deverão passar por treinamento para aprenderem todos os protocolos de segurança necessários, e o cinema deve fazer triagens regulares para identificar possíveis casos de COVID-19 entre seus funcionários.
Cinemas que anunciaram a reabertura
Após a coletiva realizada pelo prefeito e pelo governador, alguns cinemas passaram a anunciar suas respectivas datas de reabertura na cidade de São Paulo (via Folha de S. Paulo).
A rede Cinemark afirmou que somente as salas do Shopping Market Place reabrirão a partir de 10 de outubro. Os outros cinemas vão anunciar a retomada do serviço progressivamente nas próximas semanas. O primeiro Cinemark a retornar foi em Mogi das Cruzes, em setembro. Outros dois cinemas que reabrirão no dia 10 são o Petra Belas Artes, na Rua da Consolação, e o Espaço Itaú de Cinema (que possui uma unidade na Rua Augusta e as demais dentro de shoppings da cidade).
Já as quatro unidades da Cinépolis (localizadas nos shoppings JK Iguatemi, Jardim Pamplona, Mais Shopping e Metrô Itaquera) irão reabrir a partir de 15 de outubro.
A rede Centerplex ainda não deu previsão de quando reabrirá, mas garantiu à Folha que deve permanecer fechado por, no mínimo, mais uma semana. O Cinesystem e o cinema de rua Cinesala, em Pinheiros, anunciaram que estão aderindo aos protocolos de segurança e devem anunciar a data de retorno em breve. As redes Playarte e UCI Cinemas ainda não se manifestaram sobre a retomada das atividades na cidade de São Paulo.
Cinema segue sendo local de alto risco de contaminação
Apesar da autorização da Prefeitura e do Governo do Estado, uma escala feita pela Associação Médica do Texas, nos Estados Unidos, estabelece que frequentar o cinema ainda é uma atividade de alto risco de contaminação pelo coronavírus por conta da permanência de muitas pessoas dentro de um ambiente fechado por horas. O biólogo Atila Iamarino fez uma live no início de outubro usando o gráfico da Associação como parâmetro para identificar os riscos da exposição ao vírus e à doença.
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