Harvey Weinstein propõe acordo de US$ 44 milhões com mulheres que o acusam de abuso sexual
Se for aprovado, o valor indenizará as acusadoras e cobrirá o valor devido aos credores da The Weinstein Company, produtora do ex-magnata do cinema, que declarou falência em 2018.
De acordo com o “The Hollywood Reporter”, os advogados do ex-produtor Harvey Weinstein chegaram a um acordo no valor de US$ 44 milhões com as mulheres que acusam formalmente o ex-magnata do cinema norte-americano de assédio, abuso e violência sexual há mais de um ano. O acordo também envolve os credores da antiga produtora The Weinstein Company, que declarou falência em março de 2018.
O acordo proposto, que ainda não foi finalizado, determina que US$ 30 milhões seriam destinados às acusadoras, credores não-garantidos e ex-funcionários da TWC, conforme apuração do The New York Times. Os US$ 14 milhões restantes seriam usados para pagar as custas dos processos legais. O Times também afirma que as apólices de seguro cobririam os US$ 44 milhões se o acordo for aprovado pelos conselheiros encarregados do processo de falência da antiga companhia de Weinstein.
O acordo com o procurador-geral de Nova York está relacionado ao processo judicial movido em fevereiro de 2018 contra Harvey e seu irmão e parceiro comercial, Bob Weinstein, por violação das leis estaduais e municipais sobre assédio sexual, abuso sexual, coerção e discriminação de gênero. Caso o acordo seja aprovado, a expectativa dos advogados dos réus é de cobrir todos os processos pendentes contra o produtor e seus associados comerciais.
Os processos surgiram após reportagem do NYT publicada em outubro de 2017, que escancarou dezenas de denúncias de estupro e abuso sexual, crimes que teriam sido cometidos por Weinstein durante anos. Diversas atrizes de Hollywood expuseram suas histórias e relataram que o ex-produtor teria ameaçado acabar com suas carreiras caso não fizessem o que ele queria. Em setembro de 2018, Weinstein foi a julgamento em Nova York após ter sido acusado de estuprar uma mulher não identificada em seu quarto de hotel em Manhattan, em 2013, e de ter forçado um ato sexual em outra mulher, em 2006. Após o escândalo vir à tona, mulheres da indústria cinematográfica criaram as campanhas “#MeToo” e “Time’s Up” para lutar contra a violência sexual no meio.
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