De acordo com a Folha de S. Paulo, o ministro da Cidadania Osmar Terra assinou, na última segunda-feira (6), a cota de tela, que obriga todos os cinemas do país a exibirem um determinado percentual de filmes nacionais durante o ano. A decisão veio após o longa “Vingadores: Ultimato” ter ocupado mais de 80% das salas brasileiras durante a semana de estreia, o que enfureceu cineastas e críticos.

Apesar de ter assinado a regra, a assessoria do ministro não especificou a porcentagem de produções nacionais que devem ser exibidas ao longo do ano. A Folha estima que a cota deve seguir o que já era proposto anteriormente: em 2018, o decreto dizia que os complexos de cinema com uma sala deveriam passar longas brasileiros por, pelo menos, 28 dias do ano. No caso de complexos com 16 salas ou mais, a quantidade de títulos nacionais a serem exibidos vai aumentando até chegar a 24.

Entretanto, em novembro do ano passado, a cota foi suspendida, o que permitiu que “Vingadores: Ultimato” pudesse ocupar tantas salas em sua estreia e fez com que “De Pernas pro Ar 3”, filme nacional da vez, perdesse espaço de exibição, mesmo tendo bom retorno nas bilheterias. A última vez em que isso aconteceu foi em 2014, quando “Jogos Vorazes: A Esperança – Parte 1” estreou em 1.300 das 2.400 salas de cinema do país – 46% do total. A partir daí, criou-se a cota de tela.

A decisão de Osmar Terra deve ser publicada no Diário Oficial da União ainda esta semana.