Roman Polanski processa a Academia em busca de reintegração
Cineasta foi expulso há um ano quando Harvey Weinstein foi preso por abuso sexual.
O diretor polonês Roman Polanski foi expulso da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas em maio de 2018, junto ao comediante Bill Cosby, após o escândalo de abuso sexual em Hollywood envolvendo o produtor Harvey Weinstein e está agora processando a Academia e exigindo seu retorno. A fonte é o Hollywood Reporter.
O advogado Harland Braun apresentou uma petição na última sexta pedindo a um juiz de Los Angeles a forçar a Academia que reintegre o cineasta como um membro, argumentando que embora a Academia tenha deixado Polanski requerer uma reconsideração, ela não deu a ele uma oportunidade de ser ouvido sobre o assunto, o que ele alega ser uma violação de suas políticas.
“A Academia cometeu um abuso de discricionariedade prejudicial na medida em que a Academia falhou em proceder da maneira exigida pela lei, a decisão de expulsão da Academia não é suportada pelos resultados, e os resultados da Academia não são suportadas pela evidência”, escreve Braun.
Foi anexado ainda uma carta datada de dezembro de 1968 enviada pelo então presidente da Academia, Gregory Peck, sendo convidado para integrar a Academia e uma carta de maio de 2018 que o informava de sua expulsão.
Polanski fugiu dos Estados Unidos após ser condenado por abuso sexual de uma menina de 13 anos em março de 1977, alegando que fugiu pois o juiz que cuidava do caso na época teria prometido a ele 90 dias de tratamento psiquiátrico mas que em vez disso o sentenciou a 50 anos de prisão. O cineasta se refugiou na França, onde possui cidadania e nunca mais voltou a América, evitando ser preso. Em 2017 novas acusações de assedio sexual surgiram.
Em resposta ao processo, a Academia respondeu: “Os procedimentos tomados para expulsar o Sr. Polanski eram justos e razoáveis. A Academia matem sua decisão que julga apropriada”.
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