O contrato do diretor Woody Allen (“Roda Gigante”) com a Amazon Studios sofreu rescisão antes do previsto e acabou gerando um processo no qual Allen pede cerca de 68 milhões de dólares como indenização. Aproximadamente dois meses após o cineasta dar entrada no processo judicial, o estúdio se pronunciou sobre o assunto. Segundo uma nota oficial emitida pela empresa (via The Hollywood Reporter), a decisão de anular o contrato foi justificada devido a atos do próprio diretor. A Amazon argumenta que Allen, após alegações de abuso e assédio sexual contra si, fez uso do termo #MeToo de maneira irônica, impossibilitando o trabalho com ele; e acrescenta:

“Apesar do consenso imediato sobre a importância de reconhecer e abordar esta questão, Allen fez uma série de comentários públicos sugerindo que ele não conseguiu entender a gravidade dos problemas ou as implicações para sua própria carreira. Allen expressou simpatia por Weinstein, assim como por suas vítimas, descrevendo a situação como ‘muito triste para todos os envolvidos’. Então Allen acrescentou: ‘Você não quer que isso leve a uma atmosfera de caça às bruxas, uma atmosfera de Salem, onde todos os caras em um escritório que piscam para uma mulher de repente precisam chamar um advogado para se defender’.

O advogado da Amazon, Robert Klieger, não comentou publicamente sobre as alegações de violação de contratos de Allen para atingir suas outras alegações que diz serem “duplicatas de suas queixas centrais”. Por essa mesma razão, Klieger solicitou a remoção de quatro das oito acusações feitas. Uma das acusações atacadas dá conta de que a Amazon foi injustamente enriquecida pela publicidade de seu relacionamento com o cineasta. Em última análise, e encerrando o pronunciamento por agora, a companhia afirma que os demandantes não irão conseguir a compensação financeira que procuram.

Enquanto o processo continua correndo na Justiça americana, Allen voltou a trabalhar em parceria com a produtora espanhola MediaPro.

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