Em entrevista ao Collider, o diretor Chad Stahelski (da franquia “John Wick”) afirmou que ainda não foi decidido se o reboot da franquia do guerreiro “Highlander” será um filme ou uma série de TV.

No projeto desde 2016, Stahelski diz que tem grande carinho pelo projeto, e que o formato do reboot ainda não foi definido pois há uma preocupação em como recontar a história e não “matar” o potencial de fazer novas sequências.

“Ainda estou lutando uma briga boa. ‘Highlander’ é uma propriedade interessante. Ela é da Lionsgate e do Neal Moritz [roteirista]. Estamos tentando tocar o projeto. Qualquer um que saiba o mínimo sobre ele também sabe que tem muita coisa para abordar. É um bom projeto, com muito potencial. Estamos só tentando encontrar a melhor forma de não f***r com tudo. Não queremos espremer a história em um filme de 1h45 no qual, quando sua premissa é ‘só poderá haver um’, você já mata todo mundo menos o escolhido, pois as continuações não aconteceriam.  Então estamos procurando um jeito de fazê-lo de forma que teríamos mais tempo para trabalhar esta mitologia e ver alguns dos melhores personagens. Já foram feitas algumas temporadas para TV, e mesmo que a série não seja tão boa para os padrões de hoje, a ideia principal e os personagens trazidos à vida era muito legais. Queremos achar um método que leve tudo à ‘Ressurreição’. Você não termina sua história com uma batalha mano-a-mano em Nova York, corta a cabeça do outro cara e pronto. Queremos fazer algo que seja mais uma série, seja longa ou curta, que nos deixe explorar esta mitologia da melhor forma. Tenho muito amor e respeito pelo projeto, então queremos achar a melhor forma de dar aos fãs o que eles querem”.

O diretor também acredita que levar a produção aos serviços de streaming pode dar mais liberdade para trabalhar os elementos de ação em “Highlander”.

“Nós já passamos da fase do roteiro, já sabemos o que queremos fazer se tratando de um longa-metragem e baseando-se no fato de que talvez tenha mais a contar no futuro. Queremos contar toda a história da Ressurreição, dos Imortais e tudo mais. Mas, no geral, o ambiente tem mudado muito. Olha o que a Netflix vem fazendo com a televisão. Como um diretor de ação, tem dois ou três episódios de “Game of Thrones” que explodem 90% dos recursos. A Netflix tem um sistema totalmente novo de disponibilidade de recursos, que permite os realizadores e diretores expandirem suas produções sem serem massacrados pela cobrança de performar bem na bilheteria de abertura. Então tem algumas coisas que queremos explorar e descobrir o que pode extrair o melhor no nosso caso”.

O projeto vem em desenvolvimento por quase 10 anos, após a Summit Entertainment adquirir os direitos em 2008. Pretende-se realizar uma nova abordagem para a franquia, que originalmente foi lançada em 1986, estrelando Christopher Lambert e Sean Connery e que gerou 4 sequências, bem como uma quantidade de spin-offs para a TV. O filme conta a história de um imortal espadachim escocês que apenas pode ser morto por decapitação, e só pode haver, no mundo, um único sobrevivente de sua espécie.

A direção é de Stahelski e deverá ser produzido por Neal H. Moritz (da série “Preacher”). O roteiro é de Ryan Condal (da série “Colony“). Imagina-se que o diretor já esteja planejando o reboot como uma nova trilogia. Em 2018, ele afirmou que haveriam paralelos com o anti-herói vivido por Keanu Reeves no terceiro filme da franquia “John Wick”.

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