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Notícias   sexta-feira, 09 de novembro de 2018

Bob Iger revela novos detalhes sobre o Disney+, aguardado serviço de streaming do estúdio

CEO da Disney também comentou os planos da companhia para o Hulu.

Bob Iger revela novos detalhes sobre o Disney+, aguardado serviço de streaming do estúdio>

Conforme noticiado na tarde da última quinta-feira (08), o aguardado serviço de streaming da Disney, que até o momento era conhecido provisoriamente como Disney Play, enfim teve seu nome oficial revelado, passando a ser chamado de Disney+.

Segundo a Variety, o anúncio foi feito por Bob Iger, CEO da Disney, durante uma reunião com analistas de Wall Street. De acordo com Iger, a companhia está se preparando para lançar o Disney+ no final de 2019, mas uma prévia do serviço deve ser exibida já no mês de abril, durante uma apresentação especial para investidores.

O nome Disney+ demonstra uma tendência por parte da Disney de dar continuidade ao formato que teve início em abril deste ano, com o lançamento do ESPN+, serviço de streaming da gigante de conteúdo esportivo ESPN, que pertence à Disney. O ESPN+ já conta com mais de um milhão de assinantes, e Iger afirma que essa expansão da marca ESPN é um “presságio muito bom” para a estratégia global da Disney para o mercado de streaming como um todo.

Ademais, Iger reforçou que o conteúdo do Disney+ terá como foco as principais marcas da companhia, como Disney, Pixar, Marvel, Star Wars e National Geographic. Esta última passará a ser propriedade da Disney após a devida conclusão da compra da 21st Century Fox.

Ainda de acordo com Iger, o serviço oferecerá um “acesso sem precedentes” à biblioteca de filmes e programas de TV da Disney, que está preparando uma grande variedade de conteúdo original para a plataforma de streaming, incluindo uma série de documentários que vai explorar o trabalho interno da Walt Disney Imagineering, a empresa responsável pela criação e construção dos parques temáticos da Disney. Outra novidade será a recém anunciada série em live-action do personagem Cassian Andor, que será um spin-off do longa “Rogue One: Uma História Star Wars“.

Iger se mostrou bastante confiante no produto, afirmando que a Disney não está poupando investimentos para garantir o sucesso da plataforma. Ele assegurou que a companhia tem um grande plano para introduzir o  Disney+ em um mercado que fica mais competitivo a cada dia que passa:

“Há atividades por toda a nossa companhia em termos de aumento de produção e de investimento para esse aplicativo. Acreditamos estar em ótima forma. Nós temos um plano de jogo em andamento para levar o produto ao mercado.”

Iger também comentou brevemente os planos da Disney para o Hulu, o serviço de streaming sobre o qual a Disney passará a ter 60% de controle após a aquisição da Fox ser finalizada. Segundo o CEO da Disney, a ideia é investir no Hulu e expandir o serviço internacionalmente, do mesmo modo que o Disney+ deve se tornar um serviço global. Além disso, o Hulu continuará sendo voltado para um público mais amplo, ao passo em que o Disney+ terá como foco produções consideradas adequadas para toda a família.

Ainda no que diz respeito ao Hulu, Iger foi questionado acerca da situação das outras acionistas do serviço, a Comcast e a AT&T, mas não mencionou se a Disney pretende adquirir os 40% restantes da plataforma. Entretanto, ele disse que, após a conclusão do acordo com a Fox, executivos da Disney devem promover reuniões com as demais acionistas para discutir os planos de investimentos à longo prazo no Hulu, assegurando que as decisões da companhia levarão em consideração todos os acionistas:

“Tudo aquilo que fizermos com o Hulu será feito com o objetivo de sermos fiscalmente responsáveis perante os demais acionistas, ainda que sejam acionistas minoritários.”

Iger acabou sendo pressionado por alguns analistas sobre como a Disney pretende balancear seus investimentos nos serviços de streaming com seus empreendimentos tradicionais, em especial no que concerne ao conteúdo produzido e distribuído via canais como ABC, Disney Channel e Freeform. Em resposta a tal questionamento, Iger optou por citar a força dos ativos que a Disney está adquirindo da Fox, destacando também a importância da nova equipe de gerenciamento que será responsável por supervisionar o grupo ampliado de redes e estúdios da companhia, especialmente Peter Rice, Dana Walden e John Landgraf, afirmando que o desafio a ser enfrentado pelo novo regime consiste em “criar um negócio televisivo projetado para atender tanto ao presente como ao futuro da entidade combinada“.

Além disso, Iger ressaltou que os investimentos no mercado de streaming não significam que a Disney vá abandonar seus projetos e parcerias na dita TV tradicional. Ele pontuou que essa inovação apenas demonstra que a Disney está atenta ao progresso pelo qual o mundo do entretenimento tem passado nos últimos anos:

“Nós não pretendemos abandonar esses negócios, deixar de priorizá-los ou sacrificá-los. Nós também somos realistas. Nós enxergamos o que está acontecendo no mercado. Nós vemos o crescimento de novas plataformas e o consumo de programas comparado ao consumo de canais.”

streaming Disney+ tem lançamento previsto para o final de 2019.

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João Antônio
@rapadura

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