Caso de assédio na Lionsgate vem a público
A denúncia foi feita internamente em 2017, mas apenas agora os detalhes vieram à tona.
Wayne Levin, que foi conselheiro geral da Lionsgate por 17 anos até que, em 2017, se retirou do cargo, foi denunciado abuso físico, sexual e assédio em local de trabalho, como reportou o Wall Street Journal.
A vítima seria Wendy Jaffe, que fora aluna de Levin na Southwestern Law School e, após formada, foi trabalhar para ele na Lionsgate, onde ficou até 2016. Ela contou ao jornal, em uma série de entrevistas, uma sequência de eventos que se estende por mais de uma década, incluindo contatos sexuais indesejados e abuso de poder.
As acusações foram formalmente encaminhadas, em dezembro de 2016, para a Lionsgate, com a mesma fazendo um acordo no qual pagou 2,5 milhões de dólares para Jaffe. No entanto, a saída de Levin foi divulgada na imprensa como uma renúncia por motivos pessoais e de saúde. Segundo seu advogado, ele já considerava deixar o cargo devido à razões médicas e pessoais antes mesmo das acusações, e alguns antigos colegas confirmaram ao jornal a existência desses problemas de saúde.
Levin não quis falar com o jornal, mas seu advogado mostrou alguns e-mails escritos por Jaffe que, segundo ele, contradizem as alegações da acusadora, incluindo um em que se refere à ele como “um bom homem”. Em sua defesa, Jaffe disse que escreveu essas mensagens como uma tentativa de fazer com que Levin mudasse seu comportamento.
Um porta-voz da empresa emitiu para o Deadline uma declaração em resposta à esse artigo:
“Nós nunca comentamos sobre atitudes pessoais específicas, mas levamos muito a sério as alegações de assédio sexual, investigando-as completa e independentemente e tomamos medidas corretivas apropriadas. Estamos comprometidos com um ambiente seguro, respeitoso e tolerante para todos os nossos funcionários.”
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