O cineasta francês Luc Besson (“Valerian e a Cidade dos Mil Planetas”), que em maio deste ano foi acusado de assédio sexual por uma atriz que preferiu não se identificar, recebeu novas acusações de agressão e assédio sexual (via Hollywood Reporter).

De acordo com o site investigativo francês Mediapart, muitas mulheres declararam ter sofrido abusos por parte de Luc Besson. Ainda segundo a reportagem, uma diretora de elenco que já trabalhou com Besson relatou que recebeu pedidos de favores sexuais do diretor, além de ser agredida por ele sempre que os dois dividiam o elevador. Ela mencionou ainda que o ambiente de trabalho era muito sexualizado, e que Besson apresentou por muitas vezes “gestos e comportamentos inadequados, que ela considera serem agressões sexuais”. Uma atriz revelou ao site sobre reuniões profissionais com o diretor que aconteceram em quartos de hotel no início dos anos 2000 e atos de violência da parte dele, que teria “se jogado sobre ela”.

Procurado pela agência de notícias francesa, a AFP, o escritório de advocacia que representa Luc Besson, declarou que “nega categoricamente qualquer tipo de comportamento inadequado ou repreensível. O sr. Besson está reservando suas respostas para os investigadores para que sua inocência possa ser mostrada “.

A investigação do Mediapart revelou também que várias mulheres entraram em contato com a atriz e diretora italiana Asia Argento (“Incompreendida”), que é uma das figuras principais do movimento #MeToo, e que também acusou o produtor Harvey Weinstein no Festival de Cannes deste ano.

Em relação à queixa apresentada em maio por uma atriz e modelo de 27 anos, que acusa Luc Besson de tê-la estuprado em um hotel em Paris, os testes toxicológicos deram negativos. A mulher apresentou uma queixa no dia seguinte ao encontro com o diretor. O advogado do cineasta, Thierry Marembert, considerou o caso como “acusações fantasiosas”. Uma fonte ligada à investigação disse que a atriz afirmou que mantinha um relacionamento íntimo com Besson há cerca de dois anos, pois se sentia obrigada por medo de não conseguir trabalhos.

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