Em meio à onda de escândalos e casos de assédio sexual em Hollywood, o ator Michael Douglas (“Conspiração Terrorista”) fez diferente: antes de uma potencial acusação contra ele tornar-se pública, o ator concedeu uma entrevista ao Deadline, alegando inocência diante da possível futura denúncia.

De acordo com o ator de 73 anos, ele foi contatado pelo jornal The Hollywood Reporter em dezembro para falar sobre uma escritora que trabalhou com ele há mais de 30 anos. A escritora o acusa de ter usado linguagem inapropriada com ela e ter se masturbado em sua frente, além de demiti-la e impedi-la de conseguir outro emprego em Hollywood.

Michael Douglas – que é casado com a atriz Catherine Zeta-Jones (“Red 2: Aposentados e Ainda Mais Perigosos”) – negou veementemente as acusações:

“Quanto à linguagem, ela pode ter ouvido conversas privadas e poderia ter pedido licença. Sobre a demissão, ela esteve envolvida na minha companhia e não conseguiu desenvolver um bom trabalho. Então segui em frente, sem prejudicá-la. E me masturbar na frente dela? É uma grande mentira, fabricada, não há nada de verdade nisso.”

O ator também falou que se orgulha de sua imagem em Hollywood e que apoia o movimento “#MeToo”, criado por mulheres que compartilham suas histórias de agressão e assédio sexual:

“Tenho orgulho de minha reputação neste negócio, isso sem mencionar a longa história de meu pai e tudo o mais. Não tenho esqueletos escondidos no meu armário. Eu apoio o movimento ‘#MeToo’ de todo o coração. Eu sempre apoiei as mulheres ao longo do caminho. Ser acusado sem a chance de se defender em um tribunal. Não ter a informação na sua frente, para ter a oportunidade de argumentar ou se defender. Assim não há o processo devido. A chance de ver a evidência do meu acusador na minha frente. Isso me preocupa.”

Recentemente, outro ator a negar acusações de assédio sexual foi James Franco (“O Artista do Desastre”). Os escândalos em Hollywood tiveram início quando o ex-produtor Harvey Weinstein foi acusado por mais de 70 mulheres de assédio sexual. Desde então, vários nomes foram ligados a casos de abuso, incluindo os diretores Brett Ratner (“Hércules”), Bryan Singer (“X-Men: Apocalipse”), James Toback (“The Private Life of a Modern Woman”), o comediante Louis C. K. (“I Love You, Daddy”), atores como Jeffrey Tambor (da série “Arrested Development”) e T. J. Miller (da série “Silicon Valley”), e ainda astros como Kevin Spacey (“Em Ritmo de Fuga”) e Dustin Hoffman (“Os Meyerowitz: Família Não Se Escolhe”). E mais recentemente, o criador da Marvel Comics, Stan Lee.

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