Mulheres dirigiram apenas 8 dos 100 maiores filmes de 2017, segundo estudo
Participação feminina continua em crescimento, porém números demonstram que Hollywood ainda é predominantemente branca e masculina.
>Aos poucos, lenta e gradualmente, as mulheres têm ganhado mais espaço na indústria do cinema. Depois de se unirem contra o assédio da industria, de ter crescido o número de roteiros escritos ou protagonizados por mulheres, e das três maiores bilheterias americanas serem de filmes protagonizados por mulheres – o que não acontecia desde a década de 50 – um novo estudo feito pela University of Southern California, concluiu que, das 100 maiores bilheterias de 2017, 8 desses filmes foram dirigidos por mulheres.
Embora ainda seja discrepante a diferença entre diretores e diretoras, as boas notícias são que esses números representam um aumento de 7.3% em comparação a 2016, e que nenhuma das mulheres presentes na lista haviam aparecido antes. Além disso, seis negros e cinco asiáticos quebraram o padrão de homens brancos que a lista apresenta.
Para o The Hollywood Reporter, a responsável pelo estudo, Dra. Stacy L. Smith, afirmou ainda que:
“Como notamos ano passado, a maioria das diretoras são ‘uma e acabou’, quando se trata de dirigir filmes populares, principalmente as mulheres de grupos raciais e étnicos com menos representação. Uma verdadeira mudança significaria ver mulheres trabalhando ao longo de vários anos e que as oportunidades para diretoras aumentassem a cada ano.”
Algumas outras conclusões do estudo são que as diretoras ainda possuem uma carreira muito menos longeva, em comparação aos homens, e que a situação para os negros não apresentou melhora ao longo dos anos (somente uma das oito mulheres é negra), uma vez que o estudo demonstra que eles são costumeiramente chamados para dirigir filmes com temática ou atores predominantemente negros, fator que se torna limitante para eles.
Resta esperar que mulheres como Greta Gerwig (“Lady Bird”, US$ 32.556,00), Patty Jenkins (“Mulher Maravilha”, US$ 412.563,00) e Trish Sie (“A Escolha Perfeita 3”, US$ 75.575,00), dentre outras tantas, passem a se tornar a regra, e não mais a exceção.
O estudo pode ser visto na íntegra aqui (em inglês).
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