Cinema com Rapadura

OPINIÃO   segunda-feira, 28 de março de 2005

Capitão Sky e o Mundo de Amanhã

Utilizando um modelo novo, "Capitão Sky e o Mundo de Amanhã" é visualmente atraente e sua história consegue agradar.

Feito de forma diferente, usando muita computação gráfica, Capitão Sky é uma mistura de filme noir com ficção. Curiosidades à parte, não há uma cena sequer onde não tenha sido usada a tecnologia da computação. Querendo deixar o longa com uma perspectiva nova, distante dos eventuais, o diretor optou por usar um efeito esfumaçante, dando a sensação de um filme antigo, mas ao mesmo tempo moderno e divertido.

Jude Law é Joe "Sky Captain" Sullivan, o único combatente aéreo que tem coragem e destreza tamanhas para desafiar qualquer inimigo. Quando o mundo está em perigo, é a ele que todos recorrem. Quando uma horda de gigantes robôs estão invadindo a terra e grandes cientistas estão desaparecendo, Capitão Sky se vê como o ponto forte nessa batalha contra um misterioso inimigo, que ninguém nunca viu. Com a intromissão da jornalista Polly Perkins (Gwyneth Paltrow) e a ajuda da Capitã Franky Cook (Angelina Jolie), Joe viaja por várias partes do mundo, afim de destruir tais máquinas e encontrar os cientistas desaparecidos com vida.

Diante do desafio de usar esse novo modelo, o diretor Kerry Conran trabalhou de forma excelente. É sempre bom ver algo novo na telona, alguma nova forma de contar a história, uma nova tecnologia, tudo isso cria uma expectativa maior. Expectativa essa que infelizmente se perde em alguns momentos do filme.

O ponto mais interessante da história talvez sejam os casos de Joe e as mulheres envolvidas. Chega a ser engraçado ver o aviador na situação embaraçosa em pleno ar lutando contra os robôs. Em questão de ficção o filme não deixa a desejar. Tem um bom enredo e a tecnologia empregada são totalmente absurdas pros dias de hoje, quanto mais na época em que se passa a história. Ponto interessante e que agrada a muitos.

Entre os atores, eu destaco a atuação de Gwyneth Paltrow, que consegue ser profissional, metida, delicada e precisa ao mesmo tempo. Quanto a Jude Law, ele está devidamente bem. Não há muito o que falar sobre atuações em filmes assim, que não exigem muito dos artistas. Vale ressaltar também a presença de Giovanni Ribisi, que apesar de fazer papéis pequenos, possui uma grande lista de filmes em sua filmografia. Sua presença às vezes passa despercebida, muitos chegam a se questionar, "Em qual filme eu já vi esse cara?", mas o que se percebe é que a cada longa, sua atuação está mais presente. Em Capitão Sky, seu papel como Dex, o mecânico e gênio amigo de Joe, é importantíssimo.

Como disse anteriormente, a expectativa baixa durante alguns momentos. Momentos esses que a grande maioria dos filmes não conseguem passar batidos. Mas nada que desagrade o publico. Os efeitos sonoros e a tecnologia abordada talvez sejam a pitada a mais nessa ficção que deverá agradar mais ao público jovem.

Bruno Sales
@rmontanare

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