Sindicato dos Roteiristas dos EUA cogita permitir inteligência artificial como ferramenta de escrita
Proposta permitiria que roteiristas usassem ferramentas como o ChatGPT para ajudar a escrever um roteiro.
(Imagem: Michael Buckner/Variety)
O Sindicato dos Roteiristas dos EUA (WGA) propôs permitir que a inteligência artificial (IA) escreva roteiros, desde que não afete os créditos ou resíduos dos escritores. A informação é da Variety.
A WGA havia indicado anteriormente que iria propor regulamentar o uso de IA no processo de escrita, o que recentemente acabou sendo motivo de preocupação para escritores e roteiristas, que temem perder empregos.
Mas, ao contrário de algumas expectativas, a guilda não está propondo uma proibição total do uso da tecnologia de IA. Em vez disso, a proposta permitiria que um roteirista usasse ferramentas como o ChatGPT para ajudar a escrever um roteiro sem ter que compartilhar o crédito de escrita ou dividir residuais. Ou, um executivo de estúdio poderia entregar ao escritor um roteiro gerado por IA para reescrever ou polir e o escritor ainda seria considerado o primeiro escritor do projeto.
Entrando em efeito, a proposta trataria a IA como uma ferramenta – tal qual aplicativos como Final Draft ou mesmo um lápis – e não como parte envolvida na escrita do roteiro. A intenção é de permitir que roteiristas se beneficiem da tecnologia sem serem arrastados para disputas por crédito com fabricantes de software. A proposta, contudo, não aborda o cenário em que um programa de IA escreve um roteiro por completo por conta própria, sem a ajuda de uma pessoa.
Não está claro se a Aliança de Produtores de Cinema e Televisão (AMPTP), que representa os estúdios, será receptiva à ideia. A proposta do WGA afirma simplesmente que o material gerado por IA não será considerado “material literário” ou “material de origem”.
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