Flávio Migliaccio foi encontrado sem vida na manhã desta segunda-feira (4). O caseiro encontrou o corpo do ator no sítio onde ele morava, localizado em Rio Bonito, no Rio de Janeiro. A causa da morte foi registrada como suicídio pelo 35º Batalhão da Polícia Militar (via G1). Migliaccio tinha 85 anos e deixou uma carta de despedida para a família.

Migliaccio ficou mais conhecido por suas participações em trabalhos da emissora Globo. Seu papel mais marcante foi o xerife da novela “O Primeiro Amor” (1972), do qual resultou o primeiro spin-off da TV brasileira: o seriado infantil “Shazan, Xerife e Cia.” (1972-1974). O sucesso com o público mirim o fez apostar, então, no personagem Tio Maneco, cujo filme “Aventuras com Tio Maneco” (1971) foi vencedor de um prêmio de cinema infantil na Espanha.

Fizeram sucesso também suas interpretações como o pão-duro Moreiras de “Rainha da Sucata” (1990), o feirante Vitinho de “A Próxima Vítima” (1995) e o turco Chalita da série “Tapas & Beijos” (2011-2015).

Além de atuar, Migliaccio também roteirizava, dirigia e produzia. A peça teatral “Pintando de Alegre”, por exemplo, era de sua autoria. No cinema, escreveu e dirigiu os longas “Os Mendigos” (1962) e “Maneco, o Super Tio” (1978).

Seus últimos trabalhos incluem a novela “Órfãos da Terra” (2019) – através do qual foi premiado com o troféu da Associação Paulista de Críticos de Arte como melhor ator em uma produção televisiva – e o longa independente “Jovens Polacas” (2019).

Migliaccio deixa seu filho, o jornalista Marcelo Migliaccio.

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