Coringa | Warner Bros. afirma que filme não é “um endosso para qualquer tipo de violência no mundo real”
Produção focada no icônico vilão do Batman estreia no Brasil em 3 de outubro.
Desde sua exibição do Festival de Venezade 2019, o novo longa da Warner Bros., “Coringa“, focado no famoso vilão do Batman, vem gerando discussões sobre o seu conteúdo. Existe o temor de que a obra sirva de incetivo para que uma parcela do público idolatre as ações do vilão e o vissem como um herói, replicando seus atos e pensamentos. Portanto, o filme acabaria incentivando a violência no mundo real.
Por meio de comunicado oficial para a imprensa, a Warner Bros. se mostrou solidária com a preocupação que a estreia do filme gerou em diversos locais e no público:
“A violência armada em nossa sociedade é uma questão crítica, e estendemos nossa mais profunda simpatia a todas as vítimas e famílias afetadas por essas tragédias. Nossa empresa tem uma longa história de doações para vítimas de violência, incluindo Aurora, e nas últimas semanas, nossa matriz se juntou a outros líderes empresariais para convidar os formuladores de políticas, a aprovar a legislação bipartidária para lidar com essa epidemia. Ao mesmo tempo, a Warner Bros. acredita que uma das funções da narrativa é provocar conversas difíceis sobre questões complexas. Não se engane: nem o personagem fictício Coringa, nem o filme, é um endosso de qualquer tipo de violência no mundo real. Não é a intenção do filme, dos cineastas ou do estúdio manter esse personagem como um herói.”
Ainda nesta terça-feira (24), foi endossada uma carta à CEO da Warner Media, Ann Sarnoff, por cinco das mais de 300 vítimas do atentado de 20 de julho de 2012, na cidade de Aurora, Colorado, durante a exibição do longa “Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge” em um cinema. Os cinco membros da família, que não estão falando em nome de todas as vítimas, pediram à Warner Bros., “que use sua enorme plataforma e influência para se juntar a nós em nossa luta para construir comunidades mais seguras com menos armas”.
O massacre ocorreu após um homem de 24 anos entrar na sala de cinema com as vítimas, e antes de fazer inúmeros disparos, o homem lançou uma bomba de gás contra a plateia. Ao total, foram mortas doze pessoas e 70 ficaram feridas. Embora tenham surgido relatos na mídia de que o atirador foi inspirado pelo personagem do Coringa, foi provado falso em evidências apresentadas no tribunal pelas próprias palavras do atirador a um psiquiatra. Após o massacre, a Warner Bros. doou US$ 2 milhões de dólares para as vítimas e os sobreviventes do tiroteio em Aurora.
A Warner Bros., junto com o Cinemark em que ocorreu o atentado, decidiram que “Coringa” não estreará no Cinemark Aurora Century Theatre, o local onde ocorreu o massacre.
A sinopse oficial de “Coringa” indica que o filme é uma história original, solo e nunca vista antes nos cinemas. A história trará Arthur Fleck (Joaquin Phoenix), um homem desdenhado pela sociedade, e não será apenas um estudo corajoso de personagem, mas também um conto abrangente.
O elenco conta ainda com Zazie Beetz, Robert De Niro, Frances Conroy, Marc Maron, Shea Whigham, Glenn Fleshler, Bill Camp, Brett Cullen e Dante Pereira-Olson, escalado para viver o jovem Bruce Wayne.
Além de dirigir, Todd Phillips (“Cães de Guerra“) também co-roteiriza a obra, ao lado de Scott Silver, de “Horas Decisivas”.
“Coringa” estreia no Brasil em 3 de outubro.
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