O ator e diretor Casey Affleck (“O Velho e a Arma“) negou, em entrevista durante o Festival de Berlim, que alguns elementos presentes em “Light of My Life“, longa escrito, dirigido e estrelado por ele, tenha relação com os processos por abuso sexual dos quais é alvo desde 2010 (via IndieWire).

O filme, que é centrado na relação de pai e filha, se passa em uma “sociedade sem mulheres, na qual papéis de gênero devem ser renegociados”. Questionado, Affleck negou que o filme sirva como resposta às acusações que recebeu:

“Não é [uma resposta às acusações]. Eu escrevi e fiz esse filme antes que todas aquelas coisas fizessem parte da conversa. Espero que as pessoas mantenham suas mentes abertas e sejam responsáveis e comedidas em suas reações. E as pessoas podem falar por elas mesmas. Não é algo que eu possa controlar.”

Os processos contra Affleck são de 2010, justamente durante as gravações de seu primeiro filme como diretor, “Eu Ainda Estou Aqui“. “Light of My Life” marcará seu retorno à função, motivo que levantou questionamentos sobre as medidas tomadas para garantir a segurança de todos no set. O produtor Teddy Schwarzman (“O Retorno de Ben“) respondeu:

“Não acho que quaisquer das pessoas nessa equipe sentiram qualquer outra coisa além de uma verdadeira alegria de estar lá.”

O longa é um drama distópico, que se passa após uma pandemia mundial que altera radicalmente o mundo. Não há muitas informações sobre o enredo, somente que ele conta a história de um pai (Affleck) com sua filha (Anna Pniwosky, de “He’s Out There“), que ficam presos em uma floresta. Enquanto o pai luta para proteger a inocência de sua filha, protegendo-a dos novos perigos da sociedade, seu vínculo com ela é testado.

Além de Affleck e Pniwosky, o elenco conta com Elizabeth Moss (da série “The Handmaid’s Tale“), Tom Bower (“Gordon Brown”), Timothy Webber (“O Natal Mágico”) e Hrothgar Mathews (“Jogo Duro”).

“Light of My Life” ainda não tem previsão de estreia no Brasil.

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