A organização norte-americana GLAAD (Aliança Gay e Lésbica Contra a Difamação) divulgou seu relatório anual “Where We Are On TV“, analisando a representatividade LGBTQ nas séries de televisão da temporada 2018-2019 (via Variety). Os resultados obtidos, em comparação com os anos anteriores, são estimulantes, com números recordes de representação.

Na grade de programação aberta atual nos Estados Unidos, os personagens regulares LGBTQ atingiram 8,8% do total, com 75 personagens. Mais 38 se enquadram como recorrentes. Ademais, os personagens LGBTQ na TV aberta estão distribuídos em percentuais iguais entre homens e mulheres, contrastando significativamente com o mesmo período do ano passado, quando a proporção era 55/45 em favor dos homens.

Na TV a cabo, por sua vez, os números indicam que 46% dos personagens regulares ou recorrentes pertencem à comunidade LGBTQ e a grupos raciais com menor representatividade: 208 se enquadram nestas categorias. Nos serviços de streaming, o percentual é de 48%, com 75 regulares e 37 recorrentes.

O relatório também analisou representatividade destes grupos raciais e de pessoas com deficiência, apontando um recorde no percentual de personagens regulares e recorrentes negros, enquanto personagens latinos se mantiveram em 8%, mesmo índice de 2017. Já personagens com deficiência chegam a apenas 2,1%.

A presidente da GLAAD, Sarah Kate Ellis, em um comunicado oficial destacou a importância da representatividade na televisão, e apontou como exemplos de sucesso as séries “Will & Grace“, “Supergirl“, “Empire” e “How To Get Away With Murder” :

“Com políticas anti-LGBTQ sendo debatidas aqui e no exterior, as histórias e personagens na televisão são mais importantes do que nunca para construir entendimento e aceitação das pessoas LGBTQ. Estas séries demonstram que o público está faminto por novas histórias e perspectivas.”

Os resultados completos da pesquisa “Where We Are On TV” estão disponíveis aqui.

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